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~~ Christopher ~~

- Senta-te, Christopher. - Sentei-me ao lado dela e fiquei há espera que ela dissesse algo. - Com que então tu és o namorado da minha filha.

- Sim, senhora Collins. - Ela olha séria para mim.

- Fala-me um pouco de ti, Christopher.

- O meu nome é Christopher Morrison, fiz recentemente 27 anos. Sou o CEO de uma empresa de cosmética, Mika e passo vários dias fora de casa devido ao trabalho. Vivo com a minha irmã mais velha, fundadora e editora de uma revista de moda, e com o meu sobrinho de 13 anos. Temos vida de ricos com criadas ao nosso dispor, mas não temos hábito de abusar da nossa riqueza.

- Agradeço a informação detalhada. Conhecendo a minha filha e sabendo a dificuldade que os meus filhos enfrentam, como é que vocês os dois se conheceram.

Esta pergunta era óbvia, mas pelo mesmo motivo assustadora. Estou a falar com a mãe da Layla. Não importa como veja, o começo da nossa relação é sempre mau, ainda pior aos olhos de um parente.

- Eu não tenho intenções de lhe mentir. Por isso vou contar-lhe a verdade. - Respiro antes de começar a guerra. - A Layla procurava emprego e, na altura, havia um cargo como criada disponível. A minha irmã tratou da sua contratação, mas ela ficou encarregue a mim. Basicamente, ela era a minha criada pessoal.

O olhar dela era previsível. Se eu estivesse no lugar dela, já teria mostrado o que sentia quanto a isso. Ou seja, ele ia parar ao hospital. Felizmente, ela deixou-me continuar sem grandes confusões.

- Eu era um idiota e, como um miúdo rico mimado, aproveitei-me dela. Foi praticamente um mês de provocações e ela aturou-me esse tempo todo pelo dinheiro que lhe oferecia ao final do mês. - Consegui ver as mãos dela a serrarem cada vez com mais força. - Meses depois, quando olho para trás, era provável que já aí ela controlava-me o suficiente para me deixar louco por ela.

Esperei que ela se acalmasse. Respiro de alívio ao ver as mãos a relaxarem e ela mesmo a voltar a olhar para mim.

- Continua que eu ainda estou a ouvir.

- Depois de um mal entendimento, fugi dali e só voltei três meses depois, na véspera de natal. Quando voltei levei companhia, a minha ex-namorada. Já é um caso complicado por si mesmo. Espero que não se importe que não lhe fale nos meus casos anteriores.

- Eu já estou admirada pela honestidade e os detalhes que me estás a contar agora. Não vai ser um relacionamento anterior que não correu bem que me vai chamar à atenção. Isso é para discutir com a minha filha, não comigo.

- Então já está tratado. De volta ao assunto. Quando a vi outra vez, o meu costume hábito com ela voltou. A noite foi o tempo todo assim. Quando tentava afastar-me dela, ela aparecia e irritava-me cada vez mais por conseguir-me capturar com tanta facilidade sem se aperceber. Foi por isso que usei a minha ex. Usei-a para afastar a Layla de mim.

- Ao que parece não resultou. - Ri de leve.

- Não, resultou, por pouco tempo. Ela ainda trabalhava para mim e não foram precisos muitos dias para me aperceber do quão ela me afetava. Quando viagem por causa de negócios, consegui resolver uns problemas que tínhamos e pensei que tinha estabelecido uma relação forte o suficiente para conseguir estar ao pé dela sem dar em louco. Mas como pode prever, não foi o caso.

- Deixa-me ver se percebi tudo até agora. Tu foste um completo idiota pervertido que se aproveitou da minha filha para o teu próprio proveito egoísta. Tanto querias afastar-te dela como ficar perto dela o que te dava em louco. Até usaste pessoas próximas a ti para satisfazer os teus requerimentos.

Criada de um MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora