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Eu não quis admiti-lo, mas vê-lo à minha frente após tanto tempo era demasiado para mim. A minha respiração estava acelerada, não conseguia pensar em nada além daquele sorriso dele e nem um único movimento ou palavra saiu de mim. Estava tão distraída que nem reparei na mulher perfumada ao seu lado.

- Tio. - Oiço Terry atrás de mim, mas os meus olhos continuaram sobre aquele sorriso.

- Tiveste saudades minhas foi? - Ele riu ao agarrá-lo e levantá-lo no ar. - Eu disse que voltava.

- Sim, disseste. - Yuna aparece atrás de nós e a expressão dele muda completamente. - Bem vindo de volta, Chris. - Ela sorriu e esticou os braços. Não demorou muito para Chris ir ter com ela e abraçá-la. - Vê se não demoras tanto sem deixar nenhuma notícia para a próxima, sim? - Ela sussurrou.

- Peço desculpa, mana. - Separaram-se pouco depois e Chris chama a mulher que ainda estava na entrada. - Como recompensa, bom, mais ou menos. - Riu forçado ao ver o olhar da mulher. - Adiante, na minha viagem encontrei-me com esta linda e maravilhosa dama. - Yuna olha com estranheza para a mulher ao seu lado e só depois de a observar bem é que se apercebe.

- Daphne? - A mulher sorri e Yuna vai ter com ela a rir. - Há tanto tempo que não te vejo, amiga.

- Realmente separámo-nos muito cedo. E tudo por causa deste palerma. - As duas olham para Chris e ele esfrega o cabelo embaraçado.

- Tens toda a razão quanto a isso. Não te vejo desde que vocês se separaram. Ainda te lembras como é a casa?

- Lembro-me de maioria mas não me importava de uma visita guiada outra vez. - Yuna sorri e guia até às escadas. - Tenho a impressão que vou andar por cá mais vezes. - Daphne sorri e pisca o olho a Chris. Ele sorri e acena enquanto as duas sobem as escadas a conversarem.

- Estou tramado... - Ele suspira até que se assusta ao ver-me ao lado dele a olhar para o topo das escadas. - Então, também tiveste saudades minhas?

- Algumas. - Estava demasiado distraída para aperceber-me do que estava a dizer ou a quem estava a responder. Quando me apercebo, já era tarde demais. - Oh não... - Receio que a normalidade de antes não tarde a voltar pelo sorriso dele. - Não é o que tu estás a pensar. Apenas senti a tua falta quando a Yuna ia dar os seus sermões.

- Claro, claro. - Arrepio-me ao sentir os seus dedos a subir pelas minhas costas. - Foi apenas isso que tiveste saudades. - Ele sussurra ao meu ouvido. Talvez fosse dos meses que não oiço a sua voz, mas parecia bem sensual ao meu ouvido. - Vais-me dizer que não pensas-te naqueles dias e noites. Vais-me dizer que não sonhaste comigo. Vais? - Eu respiro fundo e viro-me para ele.

- Seja bem vindo de volta, mestre. - Faço uma leve vénia e ele sorri e abaixa-se e sussurra mais uma vez ao meu ouvido.

- Vou levar isso como um sim, sabes disso, certo? - Ele continua a sorrir e eu coro de leve ainda mais ao ver o sorriso simples mas encantador no seu rosto.

- Então o que trouxeste para mim? - Ambos tínhamos-nos esquecido da presença de Terry o que tornou aquele momento um pouco embaraçoso. - Então?

- Ah pois. Eu não me lembro ao certo mas acho que deixei no Audi. - Só vejo o Terry a correr para a rua, suponho para a garagem. - Bom, aquilo foi um pouco embaraçoso.

- Não me apontes o dedo.  Viro-me de costas e ajeito o meu uniforme. - Tu é que abriste a boca e mencionaste momentos privados. - Sinto as suas mãos de volta à minha cintura. Eu suspiro e volto para ele. - Eu não julgo muito depois de três meses sem contacto, mas para sua informação, mestre, não estamos sozinhos. - Eu começo a mexer no seu fato fingindo que estou apenas a ajeitá-lo podendo escutar algumas vozes ao fundo.

Criada de um MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora