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- Layla, o que achas agora? - Sorri e voltei a responder o mesmo que das outras vezes.

- Estás linda de qualquer maneira, Amy. - Ela suspirou como se não tivesse ajudado.

Olhei pela janela da mansão que arrendaram. Alguns acharam um pouco exagerado, mas eu justifiquei com o facto de ser um evento único. Tem que ser memorável. E quem não gosta de se casar numa grande mansão com um enorme jardim em volta. Eu adoro a ideia. E claro que ninguém foi contra a minha opinião. Afinal, eu organizei o casamento.

Enquanto eu me arranjava no quarto com Amy, do outro lado do quarto, Yuna guardava a porta. Para evitar o problema que ia ocorrendo da outra vez, quiz certificar-me que nem há hipóteses de acontecer. E que boa ideia que tive ou iriamos sendo interrompidas.

- Malta! O que vos têm dito neste ultimo mês?! - Chris encostou a porta atrás deles e aproximou-se de Yuna.

- Anda lá, Yuna. Sabes como é querer ver o teu parceiro antes da cerimónia oficial.

- Não, irmãozinho, não sei. Se não te lembras como foi o meu casamento, não faças referência a isso. - Ele cruzou os braços e barafustou em múrmuros.

- Se fosse eu, também queria ver a minha noiva. Deixa-nos logo entrar, mãe.

O olhar frio que ela lhe lançou só foi visto uma vez na vida de Terry, quando ele lhe contou que seria pai. Felizmente, a falsa futura mãe estava a enganá-lo e queria apenas o dinheiro da sua família. De certa forma, isso foi bom para o Terry. Não só ele aprendeu a ter responsabilidade nas suas futuras relações como aprendeu como o mundo pode ser à volta dele. E quando digo responsabilidade nas suas relações, ele começou a usar sempre preservativo. De resto está igual. Um mulherengo total como o tio.

- É melhor afastares-te, Terry. Para tua própria segurança. - Chris começou a afastá-lo de Yuna que voltou a sua atenção para os dois homens à frente dela.

- E que tal facilitarem o meu dia? Vão-se embora e esperam pela cerimónia pois não vão ver a noiva antes disso.

- Desiste, Christopher. A Yuna consegue ser muito convincente e também têm uma maior razão para não nos deixarem ver.

- Isso é apenas superstição. Até parece que ver a noiva vai dar azar. O casamento vai correr bem quer vejamos quer não.

- Ainda bem que concordas. Agora podem ir embora sabendo que de nada adiante insistirem com uma ideia idiota que não vai vos trazer nada de especial.

- Christopher. Vamos logo. Ainda temos que nos arranjar. Já viste o estado do teu fato? A Layla vai obrigar-nos a repetir a cerimónia se te vê assim vestido. - Peter começou a empurrar de leve Chris em direção à saída.

- Lá isso ele tem razão. Devias de ouvi-lo com mais atenção, Chris.

- Cala-te, Yuna! Não preciso dos teus comentários!

E logo depois os três saem do quarto e deixam Yuna sozinha. Ela respira fundo e bate na porta com um determinado ritmo. Poucos segundos depois, eu abro a porta e sorrio ao ver Yuna sozinha.

- Sabia que criar uma passe não era exagero.

- Acabou por ser um pouco desnecessário, mas quem quer apontar defeitos num dia como este. Adiante, como estão as senhoras?

- Eu estou praticamente pronta. A Amy é que insiste que o cabelo dela podia estar melhor. Já nem ouve a opinião da cabeleireira. - Olhámos para a mulher encostada num canto que encolheu os ombros.

- Estou a ver. Até tu ficavas em pânico nesta situação. - Quis reclamar com ela, mas ela tinha razão no que dizia. - Amy, estás linda. Não importa o que o espelho te mostra. Na minha opinião, a da fundadora e editora de uma revista de moda de sucesso, na opinião da tua amiga Layla e na da cabeleireira mais especialista que nós as três juntas, estás maravilhosa.

Criada de um MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora