─ Severino, cadê o pessoal? ─ João pergunta.
─ Sei lá, mas tenho um péssimo pressentimento sobre isso! Vamos velho, me ajude a empurrar este armário, vai cabra mole! ─ Severino, ao avistar o armário corre com muito medo e o empurra, acreditando que algo pode estar chegando pelo corredor da passagem secreta.
João e Severino empurram o armário, a passagem se abre bem dentro do refeitório, era como um salão enorme cheio de mesas e cadeiras de madeira. A sala estava escura, mas havia um pouco de luminosidade que vinha do corredor em frente. Os dois fecham a passagem novamente.
─ Acende a luz, seu João. ─ Severino vai caminhando em direção a cozinha, que fica nos fundos, nota-se um enorme bancada, cheia de bandejas de alumínio, provavelmente para as pessoas se servirem no verão.
─ Mas que cheiro é esse?! ─ o senhor João, tapa o nariz enquanto acende a luz.
Quando ele olha para o canto do refeitório, o açougueiro com cabeça de porco estava lá de quatro, fuçando um latão de lixo que ele virou ao chão. Ele estava agindo igualzinho a um porco, mas logo se levanta ao ver o velho em pé bem diante dele.
─ Severino! Severino! ─ João, vira-se e se prepara para correr.
─ Vrummmm. ─ o açougueiro arremessa o seu cutelo, que crava bem no meio das costas dele.
─ Ahhhhhgh! ─ ele cai imediatamente no chão, após levar sua mão direita as costas, na tentativa de retirar a enorme lamina que lá está cravada.
─ MEU DEUS, SOCORRO! ELE MATOU O JOÃO! PELO AMOR DE DEUS, ALGUEM ME AJUDE! ─ Severino desesperado, ele andou um pouco para a frente e viu o velho agonizando no chão, enquanto o sangue já está formando uma poça enorme, mas logo em seguida ele recua e fica atrás da enorme bancada cheia de bandejas. Ele sabe que se entrar na cozinha, ficará cercado.
─ Ca-be-ça! ─ nesse momento ele chega bem onde está o corpo do velho, e pega o seu facão das costas dele, o corpo foi puxado junto até certa altura e depois caiu.
─ Vulpt. ─ ele ergue a cabeça do João com a sua enorme mão esquerda e com a direita decepa a cabeça, com três cortes em sequencia, cortes muito precisos. Ele ergue a cabeça, mostrando-a para o Severino que se mija nas calças de medo, enquanto chora.
─ O que você quer de mim?! ─ o cearense está se tremendo todo.
De repente ele começa a grunhir como um porco, seus olhos são medonhos pois são todos vermelhos por dentro e escorrem sangue pelas laterais. Ele finca a cabeça do João que está com a boca aberta, em um dos grilhões de ferro que tem no seu cinto, existem mais cinco grilhões pendurados vazios na sua cintura, aparentemente todos espaços para pendurar cabeças.
─ Ai meu Deus do céu! ─ o Severino fica apreensivo, ao ver a cabeça de seu colega de trabalho, com os olhos abertos e a boca também, parecia ainda estar sentido o horror de ver aquela criatura.
─ Ca-be-ça! ─ ele diz pausadamente, e vai andando em direção a enorme bancada.
─ Eu levo o lixo para você, espera eu juntar, eu levo todo ele! Mas por favor, não me mate! ─ Severino junta as mãos e implora por sua vida.
─ Ca-be-çaaaaa! ─ de repente ele começa a virar as mesas que estão no seu caminho, as jogando para o lado, enquanto vai avançando.
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Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO
HorrorUm homem aceita uma vaga para trabalhar como auxiliar de limpeza em um hotel de turismo no interior do Rio de Janeiro. Tudo corre bem, até que uma neblina misteriosa cobre toda a montanha e coisas sinistras começam a acontecer...