─ Por... quê?! ─ ele já está com os olhos vermelhos e ficando sem ar, devido aos tentáculos que envolvem o seu pescoço. A sua peixeira ainda está em sua mão direita, mas ele não consegue se mover.
─ Não adianta lutar, relaxa e espera a morte, a morte é só uma passagem para vocês humanos! Em muito breve todos vocês morrerão! ─ Almir abre um sorriso enquanto vê a criatura apertar o corpo dele com os tentáculos.
Nesse momento Maria e Bruno saem correndo de dentro da cabana.
─ Como essa coisa o pegou, se ela estava escondida atrás da porta?! ─ Maria desesperada, vai caminhando lentamente até a criatura com a sua água benzida, pronta para jogar.
─ Ela é muito veloz, subiu pelo teto... ─ ele faz gestos e caras ao falar. ─ ... eu tentei avisa-lo, mas quando consegui abrir a janela que estava emperrada, ele já estava sendo atacado! Eu não pude fazer nada! Só gritar por socorro, mas vocês não escutaram. ─ ele segura forte a madeira.
─ Essa tempestade, está abafando muito o som. ─ Bruno prepara a sua garrafa.
─ Vamos nós três para cima desse demônio! Eu e o Bruno jogamos água benta nela, e você acerta ela com essa madeira! ─ Maria.
─ Ok! ─ ele fecha a cara e vai com fúria para cima do monstro.
A criatura ao vê-los vindo para cima vai tentando fugir, arrastando o corpo do cearense, mas ela parece ter dificuldades de se mover arrastando ele, pois move-se bem lentamente, lembra até o bote de uma anaconda enorme devido ao modo como Almir está imobilizado.
─ Ela quer cair da montanha, ela sabe que assim nós não poderemos ir atrás dela! ─ Bruno ao vê-la seguir reto em direção ao abismo.
─ Demônio, aqui quem te ordena é uma serva de Deus, filha de Deus, no meu sangue corre o sangue dele! Não sou eu quem te ordena, é o próprio criador! Volta para o Inferno! ─ ela joga a água da garrafa certeiro na criatura, mas está tão frio que a água congela e o gelo bate nela e cai no chão, não causando nenhum efeito.
─ Não! Está muito frio, a água congela instantaneamente! ─ Bruno guarda a sua garrafa, e pega um galho de arvore que encontra no chão, ele retira alguns galhos menores e vai junto de Almir tentar matar a criatura antes que ela se jogue da montanha.
─ Toma! ─ Almir acerta uma porrada em cheio na cabeça do cachorro que abre instantaneamente e jorra sangue para tudo que é lado.
─ ARHHHHG! ─ o grito da coisa é sinistro.
─ LARGA ELE! ─ Bruno acerta com todas as forças uma porrada no meio do corpo da coisa, que grita de dor novamente.
─ ARHHHHG! ─ dessa vez ela solta alguns tentáculos, e acerta Almir e o Bruno, os jogando longe.
─ Deixa ele viver! Em nome de Deus pai o todo poderoso! ─ Maria pede a criatura de joelhos, que ao se aproximar do fim da montanha, para e liberta o corpo do cearense, que fica tossindo com a mão esquerda na garganta e a outra ele segura bem firme o seu facão.
─ Isso não é possível! ─ Bruno levantando-se, ele não acredita no que vê.
─ Hun! ─ Almir fica sentado observando a cena, com um sorrisinho sádico na cara.
A criatura então se joga do penhasco.
─ Só Deus opera milagres! ─ Maria olha para o alto e agradece.
Nesse momento dois tentáculos agarram nas pernas do Severino, bem na hora em que ele ia se afastar da beirada. Em questão de segundos, deu para ver todo o seu desespero estampado em seu rosto, enquanto ele caia de bruços e ia sendo puxado. Tudo pareceu ficar em câmera lenta e os dois caem da montanha, desaparecendo na neblina que está com a máxima densidade agora.
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Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO
TerrorUm homem aceita uma vaga para trabalhar como auxiliar de limpeza em um hotel de turismo no interior do Rio de Janeiro. Tudo corre bem, até que uma neblina misteriosa cobre toda a montanha e coisas sinistras começam a acontecer...