─ Tock, tock, tock. ─ Dricka batendo na porta antiga de ferro.
─ Almir? Abre a porta cara, aquela coisa está aqui fora! ─ falei baixo bem próximo da porta, mas não obtive resposta.
─ Sabe o que é pior?
─ Não Dri, o que é pior?
─ Marcos, eles disseram que iam para o refeitório depois, lembra? Por falar nisso, cadê o Miguel?!
─ É verdade, eles vão para lá. O Miguel sumiu mesmo, não o vi com o Severino e não estava na passagem secreta ou o teríamos visto! Agora precisamos atrair o açougueiro para longe deles dois, depois procuramos pelo Miguel! ─ caminhávamos de volta ao refeitório quando ele apareceu em pé, esticou o seu braço esquerdo na parede e retirou o seu cutelo, em seguida o ergueu até altura da cabeça.
─ Isso não é bom, nada bom! ─ ela foi chegando para trás, e eu me posicionei a frente dela, olhei envolta e havia apenas uma lixeira de ferro laranja na parede pendurada, a retirei e fiquei preparado.
─ Dri, quando eu disser corre, você corre em zigue-zague ok?! ─ olhei para ela rapidamente e voltei meus olhos no cabeça de porco, preocupado com o cutelo voador.
─ Para onde eu corro?! ─ ela está desesperada.
─ Sobe de elevador para o quarto andar, tenta se esconder no primeiro quarto a esquerda, a porta fica sempre aberta. Se algo acontecer e precisar sair rápido de lá, tenta chegar no seu quarto! ─ falei baixo só para ela escutar.
─ Mas e o palhaço?! ─ Dricka, está com muito medo de subir.
─ Ele gosta de ficar no segundo andar, no quarto do Miguel, o porque não descobrimos ainda! ─ falei no mesmo tom.
─ Me deseje sorte! ─ após falar, ela puxou o meu rosto e me deu um selinho de três segundos.
─ AGORA, VAI! ─ só deu tempo de dizer, e se mover para a minha direita com a lixeira ao alto, pois o cutelo veio voando a toda velocidade.
─ PLAFT! ─ eu consegui bater de lado (e por muito pouco não errei) com a lixeira de ferro, no cabo do cutelo que alterou a sua trajetória, o fazendo bater na parede e cair no canto do chão. ─ Caramba! Se eu erro, a Dri podia estar morta agora! ─ pensei, enquanto me abaixei e peguei a enorme faca do açougueiro.
Nesse momento, eu pensei que ele viria novamente atrás de sua faca, mas para a minha surpresa ele parou e começou a grunhir sem parar, depois com a mão esquerda ergue a cabeça de porco e deu para ver que ele não precisa de cabeça para ficar vivo, ele é igual ao palhaço. Depois de retirar a cabeça do porco de seu pescoço, ela perdeu a vida e ele a colocou presa no seu cinto, pegou a cabeça do senhor João e a colocou em seu pescoço. Enquanto retirava e colocava as cabeças, ficavam uns tentáculos negros saindo de dentro do pescoço dele, parece que estes tentáculos que se conectam a cabeça, a mantendo presa ao corpo. O mais sinistro é ver as expressões do João naquele corpo imenso e forte. Antes da cabeça ser conectada o rosto dele já se movia, mas parecia estar apavorado e ao se conectar ao corpo, parece que ficou com a feição raivosa e demoníaca!
─ Hun! ─ ouvi o som como de um leve gemido masculino, vindo da recepção.
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Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO
HorrorUm homem aceita uma vaga para trabalhar como auxiliar de limpeza em um hotel de turismo no interior do Rio de Janeiro. Tudo corre bem, até que uma neblina misteriosa cobre toda a montanha e coisas sinistras começam a acontecer...