34 - SE ALGUÉM TEM QUE MORRER, QUE SEJA EU

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     ─ Droga! Mais alguns segundos, e pegaríamos ele. ─ Almir, não se conforma ao ver o elevador descer.

     ─ Se o Marcos se controlasse um pouco, quando visse um rabo de saia... quem sabe?! Mas não, tinha que correr atrás da Dricka e por causa disso, podemos morrer todos agora! ─ ele disse isso me encarando.

     ─ Qual foi Severino?! Qual é o seu problema, você surtou é isso?! ─ empurrei ele bem forte, que se chocou contra a parede do corredor.

     ─ Aí meu pé! ─ ele leva as mãos a sua perna esquerda. ─ Que chances eu terei de escapar dessas coisas assim? ME DIZ CARA?! QUE CHANCE?!

     Olhei para a escada e deu para ver aquela enorme cabeça de porco crescendo, ele subia lentamente as escadas parecia não ter pressa alguma. Na mão esquerda segurava o facão e na direita o seu cutelo voador, demonstrando claramente a sua preferência em relação aos facões.

     ─ Juntem-se aos outros, se é por minha causa que ele se safou eu darei um jeito nisso! ─ enquanto falava fui até o elevador correndo e acionei o botão, o elevador vinha subindo. ─ Eu vou atraí-lo para o 401, se ele vier atrás de mim, fujam com o pessoal pelas escadas! ─ corri para o quarto dos materiais de construção e peguei a pá, única ferramenta que eu poderia utilizar para tentar atacar a criatura.

     Eles correram, juntando-se aos outros moradores que chegavam de seus quartos, cada um com no mínimo uma mochila nas costas, algumas senhoras com uma bolsa de feira cheia de coisas.

     ─ Para quê tudo isso?! ─ Lucas pergunta ao casal de idosos que está exageradamente lotado de bolsas, fora as mochilas enormes cheias nas costas.

     ─ Somos nerds cara, temos varias coleções aqui e não vou deixar nada para trás! ─ respondeu o senhor.

     ─ Mais essa, um casal de nerds?! ─ Lucas franziu a sobrancelha e questionou com desdenho.

     ─ Você tem algum problema com isso? ─ a senhora nerd pergunta, enquanto arruma os óculos fundo de garrafa.

     ─ VEJAM, O AÇOUGUEIRO! ─ dona Luzia grita ao ver a criatura parada no corredor, bem diante do elevador, enquanto Severino, Almir e Julha vinha se aproximando deles.

     ─ Onde está o Marcos?! ─ Dricka perguntou desesperada.

     ─ Ele conseguiu fugir pelo elevador. ─ Severino.

     ─ Ele está bem, temos que nos concentrar em passar por ele assim que der uma brecha! ─ Julha diz, enquanto aponta para o açougueiro.

     ─ Vejam, ele está entrando no 401, é a nossa melhor chance! Vamos! ─ Severino vai mancando na frente, e os outros vão atrás.

     Enquanto eles passavam pelo quarto, notaram a porta fechada e ouviram os barulhos da pá batendo contra as armas do monstro.    

Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora