─ HAAAAAAAAAA! ─ Suzy grita muito em desespero e agarra o seu marido, enquanto fecha os olhos. Eles estavam andando bem a frente dos outros, quando avistaram algo que os assustou muito.
─ Meu Deus do céu, o que aconteceu por aqui?! VENHAM VER, RAPIDO! ─ Bruno tampando o rosto de sua esposa, enquanto observa o cenário que lembra mais um filme de terror.
Há uma enorme placa verde bem ao lado de Suzy e Bruno, que diz; Posto de Venda Autorizado. Há vários rastros de sangue por toda a parte, são cinco lojas uma próxima da outra, cada uma vende tipos específicos de produtos e uma delas a maior, é um mercadinho bem equipado, com três caixas. Todas as lojas estão abertas, há corpos dentro e fora delas, estão petrificados, a sua coloração é totalmente negra e há um fluido incolor escorrendo do corpo inteiro das vitimas. Eles parecem que tiveram suas vidas arrancadas na unha para fora de seus corpos. Seja lá o que for que causou isso, foi um processo bem doloroso! As expressões de dor ainda estão lá, medo e dor, o cheiro da morte paira no ar, a neblina branca faz a mente de todos viajar e temer, que este mal retorne a qualquer momento.
─ O que foi gente?! ─ eu fui o ultimo a chegar com a Dricka, estávamos mais distantes.
─ Minha nossa! isso não é coisa do palhaço e nem do açougueiro! ─ Dricka se ajoelha diante do corpo de um menino, que morreu com as mãos juntas e de joelhos, com o rosto virado de lado. Pela posição do corpo, parece que veio implorar para que seu pai não fosse morto, pois ele estava logo a frente, caído apontando o seu dedo indicador direito na direção de seu filho, como se pedisse para aquela coisa poupa-lo da morte. ─ Eu o conhecia, era um bom garoto... ─ ela não consegue concluir a frase, o choro vem forte. ─ ... fazia questão de trabalhar duro aqui, diariamente para ajudar o seu pai!
─ Vem cá, calma. ─ a abracei firme.
─ Diz para mim, que ele não merecia isso! ─ limpando as lágrimas dos olhos.
─ Claro que não, você me fez enxergar a verdade!
─ Diz para mim que essa coisa, vai pagar caro pelo que fez!
─ Dri, eu prometo que farei tudo que eu puder para impedi-los! ─ disse olhando bem nos olhos dela, por dentro eu também estou chorando com a acena da morte destas pessoas. Então tomado subitamente por um dos meus impulsos falei... ─ Ouçam, se queremos sobreviver teremos que lutar! Fugir... até quando?! Eu sei até quando, até eles nos acharem e nos matarem.
─ Eu acho que ele está certo, essas coisas vão matar a todos nós. Ainda mais que eles não parecem se cansar, dormir, comer e o principal... morrer! ─ Bruno.
─ Vamos pegar mantimentos, procurar tudo que possa ser usado como arma, podemos descansar no Abrigo Rebolças, o que acham? ─ Almir.
─ Eu acho uma boa. ─ Julha.
─ É perto da torre de comunicação, eu acho excelente! ─ Bruno e Suzy concordam.
─ Nós concordamos também, estamos velhos demais para andar a noite toda, precisamos de algum descanso. ─ Lucas, responde olhando para a sua mulher.
─ Sim, mas se não conseguirmos por qualquer motivo que seja, pedir ajuda pelo rádio, vocês vão me prometer que vamos atrás destas coisas! Fechado? ─ disse olhando para todos os homens.
─ Fechado. ─ todos respondem.
─ Fechado, só que a torre sempre conseguiu emitir o chamado de rádio, não há como não conseguir emitir desta vez. ─ Severino.
─ Severino, esta neblina parece que nos prendeu nas montanhas propositalmente! Talvez ela tenha algum tipo de raciocínio, sei lá! ─ eu disse.
─ Vamos pegar os mantimentos, e qualquer coisa que escolham para usar como arma. ─ Almir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO
HororUm homem aceita uma vaga para trabalhar como auxiliar de limpeza em um hotel de turismo no interior do Rio de Janeiro. Tudo corre bem, até que uma neblina misteriosa cobre toda a montanha e coisas sinistras começam a acontecer...