─ O que está fazendo cara?! ─ Bruno chega na hora em que Almir erguia o braço com a madeira, como se fosse destruir o equipamento de radio.
─ Eu acho que estou tendo alucinações, eu juro que vi alguma coisa por cima desta bancada! ─ colocando as mãos na cabeça e sentando-se em um banco que puxou debaixo da bancada. ─ Ahhhhhrg! ─ ele de repente parece que sente muita dor.
─ O que foi cara?! O que está sentindo?! ─ Bruno pega na mão dele e observa bem o seu comportamento estranho.
─ O que está acontecendo com ele? ─ Maria chega na hora, e já vai erguendo a sua camisa. ─ Nossa, olha isso!
Quando eles olham os ferimentos de Almir, veem o seu corpo todo deformado, semelhante a uma espécie cicatriz de queimadura.
─ Ahhh o que aquela coisa fez comigo?! ─ ele fica desesperado ao ver o seu corpo todo deformado, seus peitos nem possuem os bicos, seu umbigo parece contorcido por dentro de sua barriga. ─ Me ajudem!
─ Primeiro pedir socorro, é nossa única chance! Você compreende? Se conseguirmos enviar um sinal de radio, em menos de uma hora eles chegam aqui! ─ Bruno diz olhando para os dois, enquanto vai rodando a manivela de um dos lampiões o carregando de energia.
─ Faça o que tem que fazer, mais faça logo! ─ Almir está muito assustado.
─ Ok. ─ ele carrega os dois lampiões elétricos, depois os coneta a um pedaço de fio e abre o painel atrás, onde ficam os fios do equipamento.
Depois de alguns minutos...
─ Agora foi, vamos testar! ─ Bruno muito excitado ao ligar um fio em um dos lampiões. ─ Ah não! ─ ele fica decepcionado ao olhar o LED do equipamento e perceber que ele não acendeu.
─ Não me diga que todo este esforço foi por nada! Você garantiu para nós que você conseguia enviar um sinal, mesmo sem a energia elétrica! ─ Maria leva as duas mãos a cabeça e fica caminhando de um lado para o outro.
─ Calma, eu vou consertar. Deve haver algum problema na fiação, provavelmente um rompimento. ─ ele abre o painel atrás e olha minuciosamente os fios que vem da torre. ─ Aqui no painel está tudo ok, o problema deve ser na torre. ─ ele abre as gavetas e procura alguma coisa.
─ Não me diga que você... ─ Maria.
─ Eu tenho que subir a torre, se houver algum rompimento talvez eu possa consertar, só assim conseguirei enviar o pedido de socorro! ─ ele continua revirando as gavetas. ─ Achei, eu sabia que haviam luvas por aqui. ─ ele pega um par de luvas de borracha bem grossa que havia na gaveta e a usa, depois pega um pacote com outro par e joga para a Maria.
─ Não acho uma boa ideia subir a torre da antena! ─ Almir parece muito preocupado.
─ Não é questão a se discutir, só haverá pedido de socorro se eu conseguir consertar o fio.
─ Bruno... cuidado! ─ Maria ao vê-lo terminar de pegar as coisas necessárias para o conserto, pedaços de fio, fita, uma corda, uma lanterna e etc...
─ Fica de olho nele. Eu toquei a mão dele, parecia de gelo! Mantenha distancia, se notar qualquer coisa estranha nele, fuja! ─ Bruno cochicha para ela, bem próximo do seu ouvido enquanto a abraça.
─ Eu vou com você. ─ Almir levantando-se.
─ Não sei se é uma boa ideia, você está muito ferido. Sente-se. ─ Maria tenta desconversar.
─ Ele sabe que precisará de ajuda com este tempo, nós dois podemos consertar muito mais rápido o fio, eu posso segurá-lo enquanto ele faz o reparo. ─ Almir vai caminhando em direção a porta.
─ Ele tem razão. ─ nesse momento Bruno se aproxima dela novamente. ─ Assim é mais seguro para você, confia em mim, eu vou tentar ficar a salvo com isso. ─ ele mostra o pedaço de corda com um gancho bem grande.
Bruno fez um suporte para o seu corpo com a corda, ele a cruzou nos peitos e ficou tipo um X passando por cima de seus ombros e por baixo de seus braços, depois amarrou outro pedaço grande de corda nesse X e o gancho. Ele deixou o gancho pendurado no seu cinto.
─ Você sobe por esta parte da torre e eu subo por esta. ─ ele aponta para o lado direito da quina da torre por onde sobe o fio, enquanto ele sobe pela parte do lado esquerdo. ─ Assim que acharmos o rompimento, você junta o fio e eu o conserto, fechado?
─ Fechado. ─ Almir sorriu e imediatamente começou a subir.
─ Por que tanta pressa? Por que quer ir na frente?! ─ pensa ele enquanto sobe o mais rápido que pode atrás dele.
Almir passa pelo fio rompido e continua subindo rápido...
─ Este fio não se rompeu... ele foi cortado! ─ olhando o cabo como se tivesse sido mordido por alguém, dá para ver a marca de dente no plástico duro que isola o fio. ─ E não sei o porque, mais me parece tão claro que foi ele! ─ olhando para cima, ele nota alguma coisa na base da antena.
─ Já cansou velhinho? ─ Almir zomba de Bruno.
─ O que é essa coisa?! ─ quase chegando ao topo. Ele está parado esperando ele lá.
─ Veja você mesmo.
─ Fu...ja! ─ Almir está preso em uma espécie de gosma vermelha, suas duas pernas foram comidas pelo monstro, dá para ver as pontas dos ossos saindo de seu fêmur, não existe mais nada da li para baixo de sua pernas.
─ Meu Deus! ─ o coração de Bruno dispara. ─ Se você é o Almir, quem é ele?! ─ apontando e se cagando de medo para a copia perfeita de Almir.
A copia de Almir começa a se tremer todo de boca aberta, ele baba para tudo que é lado.
─ Ahhh! ─ Bruno quase cai, ele imediatamente prende o gancho de segurança que ele havia deixado pronto.
─ Tirando a sua perna, como você está Almir?! ─ ele corre e limpa a gosma vermelha da boca do seu amigo, depois pergunta para ver se ele ainda está consciente, se tem esperança ainda de salvá-lo.
─ Tem alguma coisa dentro de mim cara, me mate antes que esse desgraçado nasça! Me mate, prometa que vai me matar! ─ ele implora para morrer chorando.
─ Ele é meu! ─ a copia de Almir, abre a metade do seu corpo, da cintura para cima, de dentro do corpo, mais da parte da barriga os tentáculos saltam para fora e tentam pegar Bruno que se joga para trás, caindo da torre.
─ HEI CARA, NÃO ME DEIXE AQUI PELO AMOR DE DEUS! ME MATE! ME MATE! ─ Almir completamente imóvel, com lagrimas nos olhos.
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Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO
HorrorUm homem aceita uma vaga para trabalhar como auxiliar de limpeza em um hotel de turismo no interior do Rio de Janeiro. Tudo corre bem, até que uma neblina misteriosa cobre toda a montanha e coisas sinistras começam a acontecer...