Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO

45 - ESTAMOS LENTAMENTE CAINDO UM A UM

     O resto do pessoal chegou. Bruno preparava-se para atirar, mais estava com muito medo de me alvejar, já que a coisa ficava me mexendo de um lado para o outro, suspenso no ar.

     ─ FUJA DRI, ACHE UMA SAÍDA DESSE LUGAR! ─ dei meu ultimo grito, já que imediatamente o monstro começou a sugar a minha energia vital. ─ MEU... ANJO DA GUARDAAAAAAA!

     ─ O que é aquilo, atrás dele?! ─ Sonia pergunta.

     ─ Eu não vejo nada atrás dele! ─ Lucas surpreso.

     ─ Nem eu! ─ Bruno.

     ─ Ela vai matar ele, se não fizermos nada logo! Atira Bruno! ─ Almir desesperado.

     ─ Espera Bruno! ─ Sonia. ─ Meu amor, recita este feitiço em voz alta e com oratória imponente! ─ ela abre seu livro em uma pagina especifica.

     ─ Está escuro demais! ─ Lucas não consegue enxergar direito.

     ─ Opa, problema resolvido. ─ o Severino corre de perto da Maria e acende a lanterna na pagina do livro.

     ─ Om bruxis, responsum vocatio mea,

     Te invocamus clipeum, adducere quod sign, quod angelus lux!

     Eu invoco o teu guardião, sangue de bruxo, irmão de doutrina! ─ Lucas ao terminar a sua oração, desenhou no ar o símbolo do pentagrama na direção do corpo de Marcos, e ao final, desenhou um circulo envolta dele. A imagem se projetou no ar, como um brilho de neon azul por alguns segundos e depois sumiu.

     Imediatamente surge uma figura em forma humanoide, de uns três metros de altura, ela parece ser toda feita de luz. Esta criatura agarra o pescoço da mulher e na mesma hora a energia de Marcos é sugada de volta ao seu corpo.

     ─ Ah, cof, cof, cof! ─ ao recobrar a minha consciência, estava caído de joelhos. ─ O que aconteceu?! O que é essa coisa?! ─ me levantei com medo, e recuei até próximo dos outros.

     ─ Meu filho, porque não me disse que era um bruxo? ─ Sonia.

     ─ Por que eu não sou. Os meus pais eram, inclusive eram lideres de uma seita famosa no passado. ─ respondi.

     ─ Não me admira, que toda está maldição esteja recaindo sobre a humanidade! Só aqui temos pelo ao menos três bruxos, Deus está vendo e ele cobrará caro de vocês por esta traição! ─ Maria fala com o seu veneno de sempre, e todos viram-se para ela nesse momento, enquanto as duas criaturas lutam.

     ─ Não! ─ todos sussurram ao mesmo tempo e perplexos. A Suzy está nas mãos do palhaço, com o seu facão bem na garganta dela.

     ─ Por favor! Eu faço o que você quiser, mas não a mate! ─ Bruno chora copiosamente, enquanto coloca a arma no chão e o palhaço parece que vai ceder também.

     ─ Hó não! ─ Luzia vira o rosto e fecha os olhos, temendo pelo pior.

     ─ Te enganei, direitinho! ─ ele acaba de falar e vai cortando a cabeça dela a sangue frio, bem lentamente, uma cena de terror que só vemos igual pelos extremistas radicais do islã, quando eles matam seus prisioneiros.

     ─ SEU DEMÔNIO! DEUS COMANDA QUE VOCÊ VOLTE PARA O INFERNOOOOO! ─ Maria lança sua água benta com as mãos e acerta na cara do palhaço, que se contorce de dor, com aquele grito horrível dele, hora agudo e hora grave.

     ─ Eles são demônios! Eu vi como ele foi queimado pela água sagrada! ─ Severino cai de joelhos.

      ─ Levanta-se meu filho, siga-me e talvez Deus te salve também. ─ Maria dá uns tapinhas no ombro do cearense.

     ─ Isso não tem nada haver com demônios ou Diabo! ─ Lucas olhando para a cara do Severino.

     ─ Não adianta avisar, ele parece que já foi enfeitiçado por ela. ─ Sonia ao ver ele fazer questão de seguir cada movimento dela, sem piscar.

     ─ DESGRAÇADOOOOOO! ─ Bruno atira sem parar, até acabar o seu único pente de munição, o palhaço chega a se envergar para trás dos tiros que levou no peito, mas logo em seguida se recompõe novamente sorrindo, enquanto as balas vão caindo de seu corpo.

     ─ CAIA DE JOELHOS, DEMÔNIO! DEUS COMANDA VOCÊ! ─ Maria vai para cima do palhaço, jogando a sua água benta, ele recua rápido, queimando e fazendo uma expressão de muita dor.

     ─ NÃO HÁ COMO ESCAPAR! TODOS VÃO MORRER, QUANDO QUISERMOS VOCÊS MORREM! ─ o palhaço fala com a sua voz alterando de grave a aguda, ele volta muito rápido, abaixa-se e pega a cabeça de Suzy pelos cabelos, depois a lambe de baixo para cima com a sua língua enorme. Na face dela ainda está a expressão de dor, depois ele corre de ré muito rapidamente, desaparecendo na neblina.