─ Quem te amarrou aqui?! ─ perguntou Almir, enquanto desamarrávamos ele.
─ O palhaço, o palhaço! ─ ele ficou se balançando, para a frente e para trás, bem rápido e batendo na cabeça com a mão direita.
─ Isso explica a morte do Felipe, ele não se matou, foi esse palhaço. ─ eu disse enquanto olhava para aquele homem perturbado da cabeça, parecia incapaz de fazer mal a alguém.
─ Miguel, tomou os seus remédios hoje? ─ Severino pergunta.
─ Não, o palhaço não sai da minha cabeça. Ele quer que eu o ajude a matar, matar pessoas! ─ ele faz uma expressão de medo, enquanto vira o rosto de um lado para o outro, como se tentasse dizer não, mesmo enquanto alguém o obriga a dizer que sim.
─ Quem ele quer matar agora? Diga vamos?! ─ Almir, o pega pelo pescoço.
─ Solta ele cara, que isso?! ─ empurrei o negão, ele estava fora de controle.
─ Se ele falar quem é a próxima vitima, talvez possamos chegar a tempo e ainda pegar ele.
─ O Almir tem razão, é a nossa melhor chance de pegar ele! ─ Dricka se mostra determinada a matar o palhaço também.
─ Pessoal, precisamos tentar consertar a luz, mas não podemos sair daqui sozinhos, pode ser uma armadilha. Está tudo bem com vocês? O palhaço fugiu? ─ Julha falando pelo rádio.
─ Ele quase matou o Miguel, o amarrou e quase o matou da mesma forma que matou o Felipe. Ele fugiu e pode estar em qualquer lugar. ─ Severino fala ao rádio, depois ele pega o vidro de remédios, separa um comprimido e dá para o Miguel tomar com um copo de água.
─ Cruzes! Então foi mesmo ele! Eu acho melhor vocês virem aqui, para que junto do João possamos tentar consertar a luz, o que vocês acham? ─ Julha.
─ O Miguel sabe quem pode ser a próxima vitima do palhaço, talvez por isso ele tenha tentado matar ele. Estamos esperando ele nos contar quem é a próxima vitima.
─ É importante recuperar a energia elétrica. Até porque só temos uma lanterna. ─ eu disse olhando bem para o rosto deles.
─ Sim, eu concordo. ─ Severino.
─ Eu acho que devemos pegar o palhaço agora, ou ele foge de vez, e não sabemos quando teremos outra chance! ─ Almir diz com os dentes trincados de ódio.
─ A bruxa! A bruxa! Ele disse que a bruxa sabe demais e tem que morrer! ─ Miguel se levanta ainda pelado, e fica de olhos fechados balançando a cabeça bem rápido, com aquela berinjela balançando de um lado para o outro, verdadeira visão do Inferno! Tive que tampar os olhos da Dricka para ela não ver.
─ Caramba, não sabia que o Miguel era bem-dotado! ─ o Severino não desviou os olhos.
─ Severino você é um pervertido do caralho seu desgraçado! Ainda é um manjador de rola, vê se pode?! ─ Almir não se contem e começa a rir, após falar.
─ Me surpreendeu agora hein Severino?! ─ eu também não me contive e ri muito. ─ Você é gay?! Pousando de machão, desde que cheguei aqui.
─ Na verdade sou Pansexual! Acho que é assim que definem pessoas como eu. ─ diz ele, erguendo os ombros.
─ Gente, a dona Sonia pode estar correndo perigo. ─ a Dricka nos alerta, enquanto puxa o lençol da cama e estica o braço para Miguel, que pega-o e enrola no corpo.
─ E aí, como vai ser? ─ pergunta Almir.
─ Bem, que tal nos dividirmos? Eu e você vamos atrás do palhaço, Severino, Dricka e Miguel se juntam a Julha e o senhor João, de lá vocês vão consertar a luz.
─ Ok. ─ eles respondem.
─ Antes de descer com ele, esperem ele se vestir pelo amor de Deus! Não quero nunca mais ver esta berinjela murcha! ─ todos rimos da minha piadinha, ninguém aguentou, nem mesmo o Miguel.
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Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETO
HorrorUm homem aceita uma vaga para trabalhar como auxiliar de limpeza em um hotel de turismo no interior do Rio de Janeiro. Tudo corre bem, até que uma neblina misteriosa cobre toda a montanha e coisas sinistras começam a acontecer...