73 - O EXERCITO

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     O exercito foi enviado para tentar subir o Parque do Itatiaia, mas ninguém consegue se quer aproximar-se do tornado. O vento é muito forte e está estranhamente muito concentrado no seu eixo de rotação, formando uma parede de vento impenetrável, nem os aviões conseguem se aproximar.


     ─ Senhor, ligação do comandante que está na rota da entrada do estado de Minas Gerais. ─ um soldado entrega o celular para ele, que está sentado em uma cadeira de ferro, e sai.

     ─ CUIDADO COM ESTAS COISAS! ─ reclama com dois soldados que largaram uma caixa preta no chão. ─ Alô, comandante Lira falando. ─ ele levanta-se e pisa no resto do cigarro que fumava.

     ─ Aqui é Gabriel Rocha, o comandante das tropas de Minas Gerais, não há como entrar no parque! Vamos acampar aqui, estamos trazendo dois cientistas especialistas em furacões para ver o que eles acham. ─ ele acaba de falar e dá uma tragada bem forte no seu cigarro.

     ─ Estamos esperando um especialista em tempestades, ele está a caminho. Me diz uma coisa Gabriel, você já viu alguma coisa assim em toda a sua vida?! ─ comandante Lira, observando com um binóculo a magnitude do tornado, que vai até aonde as nuvens estão e a partir de lá, vem formando o seu corpo, mais largo na extremidade alta e mais fino na extremidade que toca o solo, porem girando em grandíssima velocidade e exatamente parado, cercando todo o Parque do Itatiaia.

     ─ Nunca vi nada assim antes, isso foge ao padrão natural da coisa, a natureza não criou este tornado! ─ diz Gabriel olhando o tornado, e depois na sequencia ele dá outra tragada forte no cigarro.

     ─ O povo está comentando nas redes sociais que isto é causado pelo projeto Haarp americano. A própria Televisão está cobrindo tudo ao vivo por aqui, está lotado de repórteres! ─ Lira.

     ─ Aqui também meu amigo. Eu não faço a mínima ideia do que pode ter causado isso, mas com certeza os Americanos devem estar enviando alguém para cá nesse momento. ─ Gabriel dá a ultima tragada no cigarro, e depois joga fora a guimba dele.


     Enquanto isso, Marcos e Dricka estão voltando em direção ao pico da montanha, eles estão sendo seguidos pelo palhaço e pelo açougueiro. Nesse momento eles dois aproximam-se da cabana da torre de transmissão.


     ─ Por quê o palhaço e o açougueiro, estão bloqueando a nossa descida?! Isso não é estranho? ─ diz a Dricka, enquanto corre ao meu lado.

     ─ Eu não acho que eles queiram nos fazer mal, poderiam ter nos matado quando nos encontraram, mas ao invés disso, eles só nos assustaram! Como se quisessem que voltássemos para cá!

     ─ Mas por quê? Não há nada aqui encima! ─ Dricka abre os braços enquanto olha para a minha cara.

     ─ Eu não sei! ─ respondi enquanto entravamos na cabana. Eu tratei logo de fechar a porta e coloquei um banco travando a fechadura, corri até a porta de trás que leva direto a torre e fiz a mesma coisa.

     ─ Será que os outros estão bem? ─ pergunto, enquanto fecho a janela e observo as duas criaturas sinistras lá fora, paradas próximo a casa, nos observando.

     ─ Espero que sim, sorte deles que desceram antes desses dois aparecerem! ─ ela senta-se no chão, está exausta da subida correndo.

     ─ O clima não está mais tão frio, ao menos uma coisa boa esse tornado trouxe! ─ acabei de falar e desabo no chão, me deito bem ao lado da Dricka.

     ─ Está louco Marcos, esses dois vão nos matar?! ─ ela levantou-se e foi observar os dois monstros lá fora. ─ Ué? Eles estão indo embora! ─ ao ver o palhaço e o açougueiro virar-se de costas e descer a montanha.

     ─ Graças a Deus, estou cheio de fome e sono! Precisamos descansar um pouco! ─ abro a minha mochila e pego um saco de maças, e logo começo a devorar uma. ─ Quer? ─ estendo o braço com uma na mão para a Dricka.

     ─ Claro! ─ ela senta-se ao meu lado e comemos os deliciosos frutos.


     Depois de comer, eu sai e dei uma olhada envolta da cabana, nem sinal daqueles dois, então volto e peço a Dricka para vigiar por duas horas, depois eu vou fazer o mesmo para ela poder descansar um pouco.     

Terror nas Montanhas do Itatiaia - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora