Eu te amo seu idiota.

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O fogo aquece, a água limpa, a terra modela vidas e o ar é o combustível para viver. Você não é tão inútil quanto pensa.

A vaca tinha uma mansão, acho que era de uma ponta a outra da rua, não sei se cabia num quarteirão. Sua casa era do tempo colonial, eras e plantas cresciam se enroscando pelas paredes do muro e das lacunas da casa. A casa era de um tom azul claro, na sua frente tinha um grande de jardim com várias flores e árvores. Tinha que subi uma pequena ladeira até chegar a casa em si, o portão da casa estava aberto, se era para acabar com essa tortura, espero que seja rápida.

Ao entra na casa me deparo com a sala de estar, a casa por dentro era toda de madeira, olhei para trás e lá estava ele, descendo a escada do lado direito.

- O que está fazendo aqui? - perguntou Suho olhando para mim.

- Vim apenas entregar as tarefas do dia.

Ele me observava como se fosse uma presa peste a ser comida.

- Sua casa é bonita. - Disse observando o casarão dela. - Pelo menos a casa é bonita.

Realmente só a casa era bem bonita, o lustre que cobria o teto era coberto por diamantes, a casa era mais que arrumada era perfeita.

- Venha comigo! - ordenou Suho.

- Primeiro você não mandar em mim. Segundo não vou deixar meus cadernos com você.

Por uns minutos o Suho não protesto, muito mesmo se importou. Ele subiu as escadas e fui junto com ele. Cheguei ao topo e vire a esquerda, ele estava esperando na frente da porta de seu quarto. Ele abriu a porta e entrou.

O quarto dele era grande, era maior que minha casa alugada, uma cama gigante redonda, um grande guarda roupa, uma tv grande estada na parede, vários vídeos games instalados na parede.

- Senta aí Lay. Vou já escanear e depois escrever. - Suho estava cabisbaixo.

- Você está doente de quer? - A curiosidade matou o gato.

Ele chupou cana, disfarçando.

- Tô com febre.

A sua voz saiu mais alto que um susurro. Eu vi a cama dessarumada, ele deitou nela.

- Fiquei sabendo que você não tem mãe. - Suho me pareceu triste.

- Quem te contou isso? - Como ele sabia disso?

- Uns meninos me contaram. Como foi perder ela? - perguntou Suho me olhando com os olhos fundos.

A pessoa me perguntando foi mais surpreendente do que a própria pergunta.

- Perdi minha mãe para um grande milionário, para falar a verdade eu sinto até hoje. Ela me abandonou, até meu irmão. Eu e meu irmão, não somos filho da mesma mãe.  A dele morreu e a minha foi embora.

Aquela lembrança foi dura de ver, ela me deixando no meio da noite e fugindo com o cara que ela tinha um caso. Ela me prometeu voltar e me buscar.

- Você perdeu a sua mãe? - perguntei para Suho.

Seu olha estava distraído, sabia que não estava doente e aquilo não passou de uma mentira para não ir para aula, sentando naquela cama ele me lançou um olhar de gato de rua.

- Perdi minha mãe quando tinha 15 anos, ela morreu de câncer e meu pai matou ela. - Suho lágrimava, não queria chora ali, não na minha frente.

- Quer falar sobre isso?

- Não. - A resposta foi mais seca do que um deserto.

Então ele tinha uma alma. Ele enxugou o rosto e pegou meu caderno, foi escaneado.

Cretino IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora