Quem é meu Salvador?

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A prisão não é um local que vamos para passear, se você acha que temos vida boa aqui? Se engana, aqui só tem vida boa se você tiver um status lá fora, e eu tinha. Eu era o Rei lá de fora e rei aqui de dentro. Minha ordens eram supremas e não tinha ninguém que poderia ir contra mim.

Só tem uma pessoa que foi contra mim e até hoje é o único que ele manda e eu obedeço. Meu Libertador, que me tirou da cadeia.

Eu poderia muito bem sair daquele lugar a hora em que eu quisesse. Eu tinha guardas que trabalhavam para mim, tinha facções que tinham medo do meu nome, eu era onipotente.

Mais uma coisa que ninguém conseguiu foi me domar, mulheres choviam na minha, por eu ser o bad boy, o garoto que fazia qualquer um enlouquecer na cama. Elas eram sempre bonitas, interesseiras, mais nenhuma nunca passou de uma noite comigo, sempre foi assim, uma noite e nada mais.

Que foi? Eu disse que não seria um romance habitual que vocês veria, o menino rico se apaixonando por um pobre e no final eles viveriam felizes para sempre, sou realista, sou uma pessoa que viu e provou do inferno e a única coisa boa que o mundo me fez foi de levar minha mãe embora, sendo morta na minha frente e trazer Ele.

Quarta-feira, era o dia do banho de sol, eu sempre ficava na quadra levantando peso ou jogando bola, eu gostava de ser artilheiro devido a minha agressividade no ataque, eu passava o carrinho em vários e tirava alguns direto para enfermaria da prisão.

Hoje eu ficaria apenas assistindo o jogo, o time era divididos entre os com camisas e os sem. No chão quente, era uma das nossas diversão que tínhamos. O jogo começou e naquele dia não queria torce para ninguém, estava com minha camisa roxa. Meu calção branco e minhas havaianas azul escura.

- Senhor. – disse um dos guardas. – O Senhor tem uma visita.

Olhei estranho para o guarda, ele era um dos meus contratados. S. Coups era seu nome, um cara baixo, que andava com anéis em metade da mão. Seu olhos escuros, ainda mais com o rosto triangular e sobrancelhas grossas. Ele sempre gostava de me trazer novidades, mais sabia que aquilo era apenas um toque, dizendo que queria esta vivo, caso acontecesse algo.

- Quem é? – perguntei me levantando.

Vejo nos olhos de S. Coups o medo que se formou e um nó na garganta. Ele me divertia as vezes, quando ficava nervoso, virava gago.

- Um Adv.. ADV... ADV...

- Vamos. – gritei.

- Um advogado senhor, disse que foi pago para lhe soltar.  – ele enxugou seu rosto que estava pingando de suor.

- Onde ele esta? – perguntou

- Na sua cela senhor.

Olho feio para S. Coups que faltou implora pro sua vida. Eu tinha me mudado de cela, agora estava ficando numa cela solitária, depois do incidente, me transferiram, para a cela que eu queria. Coloquei tudo que eu queria nela, uma tv de led, um ps4 para jogar, um cama e até mesmo um banheiro descente, a pena que ainda não pude colocar um Split.

A minha cela era coberta de um pano preto, onde ninguém poderia me ver, assim que S. Coups abriu a porta eu vi um rapaz sentando na minha cama, com roupa social. Assim que o vejo, me passou duas coisas na mente, “Serio que essa criança vai me defender?/Como eu ficaria bonito de social”

- Boa tarde, deve ser o meu cliente Jongin. – disse o engomadinho se levantando.

- Me chame de Kai. – respondi seco ao aperta sua mão.

Ele deveria ter seus 23 anos de idade. Seu terno era novo, ele era azul marinho, ele tinha uma pequena pasta ao seu lado preta, com os sapatos pretos que tinham sido engraxados recentemente. Sua camisa branca e a gravata vermelha, descartavam com o suspensório marrom. Aquele menino mais parecia um modelo do que advogado. Eu ri.

Cretino IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora