Montanha Russa

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Depois que recebo toda a porrada de minha mãe, meu estômago começou a se contrair, um reflexo subiu pelo meu corpo e quando sai não era vômito normal. Era sangue.

Bola e mais bolas de sangue se formavam no chão. Suho ligou desesperado para a emergência, tudo girou em minha volta e Caio no chão.

Acordo todo cheios de fios, com dores em parte que desconhecidas de meu corpo, meu estômago queimava como se estivesse tomado litros de álcool puro.

Só tive tempo de vira e vomitar mau uma bola grande de sangue. O que estava acontecendo comigo?

O enfermeiro entra dentro da sala onde estava. Eu não conhecia aquele hospital. As salas eram climatizadas, estava sozinho, em cima de uma maca e olhava lá para fora onde minha sala dava para um grande corredor.

A luz da noite não entrava devido as persianas que estavam fechadas.

Achei estranho que não tinham ninguém me vigiando, ou se tinha, deveria ter saído para ir no banheiro.

Sinto mais uma pintada no estômago. Eu volto a ter enjoos.

- Está acordado. - disse uma voz grave.

Olhei para a porta. Lá estava um homem com seus 27 anos, cabelos castanhos e olhos da mesma cor a barba por fazer, usava um conjunto verde claro horrível, com um sapato branco que não caia bem com o look de enfermeiro.

- Onde estou? - pergunto desnorteado.

- Está na UTI do Santa Júlia. - disse o enfermeiro, olhando a bola de sangue no chão.

- UTI o que houve?

Tento sair da maca, só que mais um enjoo me faz querer derepente ver como estava o chão. Se não fosse por ele tinha comprovado se o chão estava bem.

- Calma. Você não está legal para sair daí andando. - admitiu.

Sua mãos eram quentes, ele me pós de volta na maca. Olhei em volta atrás de pessoas que conhecia na esperança de entrarem naquela sala, uma falha tentativa.

- Seus amigos estão lá na recepção. - disse ele lendo minha mente.

- Eles não podem me ver?

- Acho melhor não. - observou. - O médico ainda tem que vim lhe falar o que tem e lhe avaliar.

- Preciso ver eles.

- Calma, daqui a pouco ele está vindo.

- Você sabe o que tenho, se não. Não estaria aqui.

Ele me observou. Seus olhos se estreitaram até a minha ficha médica. Rapidamente pegou e depois me lançou um garoto de pena, como se eu fosse um cachorro abandonado, que foi pego pela carochinha e depois...

Afujentei aqueles pensamentos. Estava bem, poderia ser estresse.

- Vou chamar o médico.

- Espera. O que eu tenho.

Ele apenas me olha e faz um sinal da cruz e começa a reza um pai nosso silêncio. Como se já tivesse visto várias pessoas indo para o além.

O médico não foi tão sutil quanto pensava. Ele chegou e viu meu estado, era um chinês que falar português muito bem.

- Como vai o estômago senhor Yixing? - perguntou o médico lendo minha ficha.

- Doendo demais. O que foi?

Ele suspira e senta na maca.

- Você não pode inserir certos tipos de alimentos não é mesmo?

Cretino IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora