Olá meus queridos!
Esse vai ser um capítulo pequenininho. Eu precisava contar essa parte da história, mas ela não pode ser muito desenvolvida ainda.Espero que gostem!😉
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Durante os dias que se passaram eu fiz, repetidamente, o que havia feito no primeiro dia. Desligava o computador das câmeras e me espreitava sorrateiramente até o escritório de meu pai, tentando verificar o cadastro de clientes. Era um serviço extremamente difícil e tedioso, ainda mais que o meu pai era teimosamente resistente às novas tecnologias e arquivava tudo em papel, nas centenas de pastas em enormes armários metálicos com gavetas. Provavelmente, o computador que ocupava quase a metade de sua mesa, não servia para muita coisa senão fazer pequenas perquisas nos buscadores ou ler notícias que não saiam nos tradicionais jornais de papel.
Eu tinha que agir com caltela e muita discrição e meu pai, em hipótese alguma poderia descobrir o que eu estava fazendo. Eu já havia decidido qual seria a minha resposta ao namorado de Anne e, para ele, o prejuízo seria imenso.
As gavetas eram pesadas e barulhentas, mas os quartos não ficavam próximos ao escritório e o som não seria ouvido por meus pais, mas mesmo assim, eu parava a cada minuto para verificar se não ouvia ruídos do lado de fora do cômodo.
Depois de muito procurar eu tive sucesso. A pasta da "IMPRESS GRÁFICA" surgiu a minha frente e eu tirei-a da gaveta como se fosse um valioso tesouro tirado de um antigo baú. Esse nome havia populado minha mente durante os dias que se passaram e encontrá-lo ali era, sem dúvida, um acontecimento absolutamente prazeroso. Na primeira página eu vi o nome do sujeito: Mark. Como se fosse num flash, eu me recordei de Anne pedindo para ele parar de me bater. Era Mark. Eu tinha certeza.
Agora eu já sabia seu nome, onde morava e onde trabalhava. Meu plano poderia entrar em cena.
***
Até o final de semana antes do Natal, consegui rastrear as entregas que a gráfica de Mark realizava pela transportadora de meu pai, mas depois, a gráfica entrou em recesso. Eu esperaria até depois do réveillon, afinal, eu teria que fazer alguns contatos importantes. O que eu queria fazer não poderia mostrar meu rosto, então eu iria terceirizar o serviço.
Na manhã seguinte ao dia de Natal, levantei-me cedo e peguei o celular no criado-mudo que estava à cabeceira da minha cama e disquei um número conhecido.
- Jake, o que você está querendo tão cedo, cara? - atendeu uma voz arrastada com um "quê" de arrogância.
- Tenho um serviço pra você, Tony.
- Eu não trabalho pra você, brother.
- Eu sei, foi mal, mas eu preciso que você consiga dois caras pra fazer um trabalhinho extra.
- E o que eu ganho com isso?
- Dinheiro, é claro.
- Eu quero saber quanto, brother.
- Eu pago bem - respondi sério - Só preciso que tudo seja feito do jeito certo e com descrição.
- E o que você quer?
Por um instante eu hesitei, mas teria que prosseguir com minha ideia. Eu estava em êxtase.
- Preciso que uma das vans da empresa de meu pai seja interceptada - respondi de supetão.
- Como é que é? Você vai roubar de seu pai, mano? - indagou Tony surpreso - Você já não tem grana o suficiente?
- Não, não é isso, cara. Eu quero que uma mercadoria de um certo cliente seja retirada e jogada fora. É uma história longa. O que eu posso dizer agora é que tem um cara querendo me fazer de bobo e eu não vou deixar barato.
- Seu pai é um homem de peso na cidade, brother. Ele vai colocar a polícia para investigar e se chegarem até mim eu não vou guardar segredo pra você.
- Ele não vai descobrir, Tony. Os caras só precisam fazer o que eu mandar.
- Ok. A escolha é sua.
***
Depois de combinar o serviço com Tony, eu desliguei o telefone, fui para o meu banheiro, enchi a banheira de água e sabão, tirei o pijama e entrei na água quente.
Meus planos para Mark iriam dar certo e se atingissem Anne seriam só consequências do acaso. Não que eu me importasse com ela, afinal, ela pouco se importava comigo.
Meu contato mais importante já estava feito e só teria que esperar o dia certo para que meu plano fosse posto em prática. Essa era uma oportunidade única e eu não deixaria passar de forma alguma. Mark havia mexido com a pessoa errada e ele teria a devida recompensa.
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Vou responder todos.Abraços...
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Um inverno entre nós (CONCLUÍDO)
Romance• 3° lugar no concurso "REVELAÇÕES DO WATTPAD" na categoria romance. • Menção honrosa no concurso "ESCRITORES DE OURO" na categoria romance. Após ser abandonado pela esposa, Mark passa um longo tempo se lamentando sem conseguir mudar de vida, até qu...