O fim de julho estava chegando e o casamento estava prestes a acontecer. O verão estava marcando presença, deixando os dias ensolarados e quentes.
Mark e Anne estavam na maior correria, preparando tudo para a melhor festa de suas vidas. A cerimônia seria realizada durante o dia, em uma fazenda nas redondezas de Jeanville e a festa duraria o dia todo.
Na quarta-feira à noite, Mark estava em sua casa com Paul, seu irmão, que havia chegado uns dias antes. Havia preparado a tão conhecida costela de porco e os dois estavam comendo na mesa da sala.
- Paul - começou Mark - eu tenho uma coisa pra você. Espero que goste.
- E o que é? - perguntou Paul, enchendo a boca com um pedaço de carne.
- Bem, dentro de três dias eu vou me casar, como você sabe...
- Mark, sem rodeios. Estou ficando curioso! - disse Paul dando mais uma garfada.
- É... eu comprei uma casa nova. Quero que fique com essa.
Paul parou de mastigar e ficou olhando para Mark com a expressão mista de surpresa e incredulidade.
- O que foi?
- Mark, eu não posso aceitar...
- E porquê não?
- Mark, essa é a sua casa! Ela tem uma história com...
- Uma história que eu não faço questão de lembrar. Nem um pouco.
- Mark...
- Paul, eu não quero ter que vender a casa. Quero que fique com ela. Por favor.
- Ah Mark... Obrigado! Muito obrigado! - disse Paul olhando ao redor, como se nunca tivesse entrado ali - Como posso te retribuir?
- Não é uma troca, Paul, é um presente. Cuide dela. Só isso.
- Eu vou cuidar. - respondeu Paul apertando a mão de Mark - Meu Deus, a mamãe vai ficar maluca quando souber!
***
A fazenda estava enfeitada com fitas de luzes amareladas enroladas nas árvores, como se fosse iluminação de Natal. As luzes não faziam diferença alguma na claridade do dia, mas dava um ar gracioso para o local. Mark estava sentado em uma das diversas poltronas de madeira que estavam espalhadas pelo ambiente e admirava tudo com gratidão. Para ele aquilo era a realização de um sonho e tudo que estava acontecendo era mais do que havia imaginado.
Anne o havia feito retornar a vida e, para ele, ela merecia o casamento mais lindo que ele pudesse dar. As cores e os tipos das flores, das fitas, das toalhas, dos arranjos sobre as mesas, tudo foi escolhido nos mínimos detalhes. O reverendo da igreja local, que já era conhecido de Mark, por causa da gráfica, aceitou de bom grado, fazer a cerimônia fora de sua igreja. Mark, várias vezes, já havia feito panfletos dos eventos da igreja, sem cobrar nada por eles e o velho senhor achou que aquele era o momento de pagar tantos favores.
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Um inverno entre nós (CONCLUÍDO)
Romance• 3° lugar no concurso "REVELAÇÕES DO WATTPAD" na categoria romance. • Menção honrosa no concurso "ESCRITORES DE OURO" na categoria romance. Após ser abandonado pela esposa, Mark passa um longo tempo se lamentando sem conseguir mudar de vida, até qu...