querer

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Emma subiu para seu apartamento e ele seguiu rumo à casa de Bryan.

Pegou um táxi. A viagem duraria cerca de vinte minutos e ele não trouxera seus fones de ouvido. Decidiu conversar com o motorista.

O nome dele era Jared, tinha 50 anos e três filhas. Era casado com uma mulher chamada Morgana.

O que mais chamou a atenção de Mason naquele homem, é que ele era muito autêntico e desbocado. Não tinha medo de ser quem era.

Jared disse que tinha uma namorada chamada Lolita e antes que Mason manifestasse alguma opinião, ele já foi dizendo que não precisava ouvir sermão. Talvez já tivesse ouvido umas boas e boas de garotas bêbadas com corações partidos por pessoas como ele.

Mason riu. Perguntou por que ele faria isso. Jared deu de ombros e respondeu que nunca amou ninguém desse jeito romântico. Disse que não amava Morgana. Nem Lolita. Nem Andréa. Andréa era a terceira, que ele encontrava nos finais de semana pra transar. Disse com essas palavras.

— E nunca teve alguma mulher que mexesse com a sua cabeça?

Mason não sabe bem por que perguntou isso. Talvez fosse o que todo mundo quisesse saber quando ouvia algo assim. Talvez ele só estivesse curioso. Ou talvez ele se visse em Jared e quisesse ter esperanças de que não seria um alguém vazio a vida toda, como ele.

Nah! Só estava curioso.

— Mulher sempre mexe com a nossa cabeça. Não disse qual.

Mason riu alto.

Chegou a casa de Bryan e berrou seu nome no portão.

Bryan era o mais louco e sem noção de seus amigos. Cheirava pó. Estava o tempo todo bêbado — não que Mason também não estivesse com álcool na corrente sanguínea o tempo todo também. Quebrava coisas por diversão. Tinha jeito com as garotas. Não pode-se nem chamar de jeito. Elas simplesmente se atiravam nele.

A última vez que encontrara Bryan fora há três meses. Eles tinham ido a um show de rock. Mason foi pela música. Bryan pela droga e pelas garotas.

Várias naquela noite para Bryan. Algumas para Mason. Uma delas para os dois — não ao mesmo tempo, vale ressaltar.

Mas uma das garotas de Bryan morava perto dele e voltou com ele pra casa. Mason lembrava bem dela porque era uma doida. Tão louca como Bryan. Era ruiva, não sabia se natural ou não. Tinha o cabelo liso como o de uma índia brasileira. Era magra e tinha o corpo cheio de tatuagens. Bryan gostava desse tipo.

Mason se espantou quando ela abriu o portão pra ele.

— Mason, não é? — ela disse o encarando.

— É. Você é a doida. — ela riu — Cadê o Bryan?

— Tomando banho. Já vem.

Ela balançou a cabeça em direção à casa, o convidando para entrar. Mason entrou logo atrás dela.

Tudo parecia ligeiramente diferente. A casa estava mais limpa. A janela estava aberta — coisa que nunca acontecia porque Bryan gostava de deixar o cheiro da erva rondando ali dentro. E a cama estava bagunçada.

Bryan tem um tipo de TOC estranho com sua cama, de algum jeito era sempre impecável. Quando o questionavam do porquê, ele dizia que era ali que a mente dele se desligava e que esse era um momento a ser valorizado.

— Quer beber alguma coisa? — ela perguntou mostrando duas garrafas. Uma de Whisky e outra de Vodca.

Eles estavam juntos? Pensou, enquanto pegava o Whisky.

Uma História Sobre RecomeçosOnde histórias criam vida. Descubra agora