Capítulo Trinta e Dois

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— O que você está fazendo aqui? – perguntou Maite quando ele a soltou.

— Não pude ficar lá em casa... não aguentei. – Christopher tinha as mãos nos bolsos. — Eu precisava te ver.

— Você tá com uma cara estranha. O que houve?

— Minha madrasta e seus comentários preconceituosos e elitistas. – ele suspirou.

— Posso imaginar...

Christopher tirou as mãos dos bolsos e puxou Maite mais pra perto.

— Eu acho que te devo um pedido de desculpas, Mai. – murmurou. — Fui um idiota em deixar você aqui e escolher jantar com eles. Sinto muito.

— É a sua família. É normal que os coloque em primeiro lugar.

Ele balançou a cabeça em negação.

— Se eles não podem me aceitar como sou e não podem aceitar a mulher que eu amo, então, não eles não minha família.

O tempo parou naquele instante, ou pelo menos era o que parecia. Maite se perdeu nos olhos dele por um momento, procurando as palavras certas para respondê-lo, mas o que diria?

Sonhara tanto com um príncipe encantado que chegaria num cavalo branco, como nos contos de fadas que sua mãe lia quando ela era criança, mas jamais imaginou como era realmente estar apaixonada e ser amada em de volta.

— Você me ama?

— Como nunca amei ninguém antes... – ele soltou o ar dos pulmões de uma vez. — Desculpe por dizer desse jeito, de repente, mas não pude guardar pra mim. Diga que me entende.

Ela sorriu.

— Eu entendo... e pode parecer cedo demais, mas eu também te amo. – respondeu Maite.

Sem dizer mais nada, Christopher se ajoelhou aos pés dela e segurou sua mão. Outras mulheres talvez rissem do gesto piegas, mas ela achou lindo.

— Maite Perroni, você aceita ser minha namorada? – ele perguntou, os olhos brilhando. — Sei que deveria fazer o pedido em um lugar bacana, de uma forma mais organizada, mas...

— Eu aceito, eu aceito!

E logo os lábios de ambos se encontravam em um beijo doce e voraz ao mesmo tempo.

Christopher podia não ter a aprovação da família quanto a carreira que escolheu seguir na vida, a universidade que cursou e muito menos a mulher com quem queria passar o resto dos seus dias, mas nada daquilo importava. Não quando ele tinha a ela.

Mais tarde, quando todos tinham ido embora e só restavam os dois lavando as louças, Christopher disse:

— Hey... tem uma coisa muito séria que preciso te dizer.

— O que foi?

— Agora que estamos namorando, não quero que haja segredos entre a gente. – disse, ajeitando uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto da morena. — Eu não posso mais continuar trabalhando na reportagem dentro da #BFF.

Maite cruzou os braços, encostando-se a pia.

— Por quê?

Christopher tinha pensado muito naquilo. Se resolvesse realmente pedir Maite em namoro, se queria que aquele relacionamento desse certo, apesar da contrariedade de sua família, precisaria ir contra seu melhor amigo.

Tinha que ser honesto com ela e a deixar a par do que os dois realmente estavam fazendo dentro da empresa.

— Mai, eu sei que depois do que eu te contar, pode ser que você me odeie e não queira me ver nem pintado de ouro e acredite, eu vou entender...

#BFF  - A fábrica de sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora