Capítulo Trinta e Três

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— Já contratamos os músicos para a festa, Zoe... mas falta checar a disponibilidade de uma cantora lírica, amiga minha... ela é ótima, mora em Santa Mônica, mas disse que adoraria participar de um de nossos eventos. – Anahí repassava alguns detalhes para Zoraida em seu escritório.

— Pode ser...

O quê? Aquela resposta, acompanhada de um suspiro longo, só podia significar uma coisa: Desinteresse.

Pode ser? – perguntou Anahí, levantando os olhos da prancheta que segurava, para encarar a amiga.

Zoraida deu de ombros.

— Eu confio no seu bom gosto, Annie...

— Também preciso acertar os arranjos de flores e a distribuição dos convidados... – ela listava em voz alta, enquanto batia o salto alto no chão. — Você nos enviou a pré-lista de convidados por e-mail? Precisamos dela para pensar na arte dos convites!

— Preciso mandar ainda – resmungou Zoe.

Zoe...

— Sim? – ela arregalou os olhos, como se fosse uma aluna pega colando na prova.

— Tem algo de errado com você...

Comigo? Não! – ela negou veementemente.

Anahí virou os olhos e se sentou ao lado dela no sofá, dizendo:

— Claro que tem! Você não está nem um pouco empolgada com o seu próprio casamento! Eu vinha notando isso há um certo tempo, mas agora ficou evidente. Eu sou sua cerimonialista, mas antes disso, sou sua amiga. Prefiro perder um evento a deixar uma amiga cometer um erro do qual pode se arrepender para o resto da vida... Zoe, você quer mesmo se casar?

Zoe piscou algumas vezes, tentando esconder ou resguardar suas emoções, mas como Anahí tinha dito, era evidente que ela escondia algo e que nem tudo era um mar de rosas em seu noivado de conto de fadas.

— Annie... não é bem assim, eu só estou cansada. – pontuou, bocejando. — Eu amo Mark... nossa relação é perfeita!

Anahí balançou a cabeça em negação.

— Nenhuma relação é perfeita. Relacionamentos exigem esforço de ambos os lados... eu sei disso mais do que ninguém.

— A minha é! E eu vou casar com Mark e nós vamos ser felizes e é assim que vai ser! É assim que tem que ser...

Era claro para Anahí que Zoraida tentava convencer mais a si mesma do que a ela. Ela estava tão enredada naquele relacionamento que mal conseguia entender como alguém de fora podia observar defeitos em seu noivo. A ilusão fazia muitos se agarrarem a relações fadados ao fracasso, muitas vezes apenas pelo medo de ficar sozinho.

— Eu espero que você tenha razão. – retorquiu Anahí, ainda apreensiva.

Zoraida se levantou como uma mola, extremamente ofendida, quase bufando de raiva e respondeu:

— Eu tenho. E se você quiser continuar sendo minha cerimonialista, sugiro que faça seu trabalho e não se meta mais na minha vida!

Quando Anahí se deu conta do que havia se passado, Zoraida já estava longe dali. Restava a administradora da #BFF, olhar as paredes embasbacada pela reação da amiga, sempre tão contida e pacata.

A pulga atrás de sua orelha tinha acabado de procriar e se antes, ela achava que tinha alguma coisa errada com o tal de Mark... agora ela tinha era certeza!

 agora ela tinha era certeza!

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