#BFF - A fábrica de sonhos

Capítulo Quatorze

* Na imagem: Como seria a #BFF, com esse estilo típico da cidade de Santa Bárbara. Esse da foto é um Resort, mas vamos fingir que não é, haha

— Tem certeza que quer fazer isso, cara? – Christopher perguntou assim que seus pés tocaram o chão, quando saíram de seu carro. — Eu até achei sua pauta original, mesmo que um pouco pessimista. Mas precisa ser aqui?

Alfonso olhou para o relógio em seu pulso e para Christopher, antes de responder:

— Nunca tive tanta certeza. – piscou. — Além de entregar a pauta dos sonhos para O Expectador, vou ter a oportunidade de dar o troco naquela megera!

— E impressionar Katherine Wood, a dama de ferro da WWSB. – Christopher brincou, pegando seu equipamento de filmagem e seu Ipad no banco de trás da BMW, presente de seu pai por ter conseguido um lugar na emissora. — Confesso que parece um bom plano.

— Porque é um bom plano! Eu que criei!

— Só não estou seguro de que vamos conseguir entrar na agência. – ele disse, observando o casarão imponente a sua frente. — Se Anahí é tão feroz como a fez parecer, aposto que seremos colocados pra fora aos gritos.

— Eu não contaria com isso! Ela é sim uma leoa, mas também gosta de se passar por uma dama e não vai querer manchar o nome da sua querida agência. – Alfonso ironizou. — Eu pensei em tudo.

— Tomara que não seja mais um dos seus planos mal-sucedidos, parceiro.

Os dois não perderam mais tempo e acabaram entrando na agência, por fim. Na recepção, uma simpática moça os recebeu e pediu que ficassem a vontade, pois chamaria alguém para conversar melhor com eles.

— É muito bacana aqui dentro, né? Bem acolhedor e agradável. – Christopher comentou, sentado no sofá e olhando as paredes ornadas com quadros, os vasos de plantas espalhados pela sala e pela recepção: eram cactos, suculentas, orquídeas. Também observou as lamparinas penduradas na parede, deixando tudo com um ar ainda mais antigo e romântico.

— Você veio aqui pra me ajudar com a reportagem, não pra apreciar a decoração. – o jornalista deu uma cotovelada no amigo que tossiu em resposta, indicando que alguém tinha chegado.

Ela estava ainda mais bonita do que ele se lembrava e Alfonso não resistiu em admirar o que via: Anahí usava uma calça jeans branca colada e uma blusa de alcinha preta, nos pés ela calçava uma sandália plataforma que a fazia ganhar alguns centímetros de altura, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto e ela mal usava maquiagem. Despojada e simples e mesmo assim, com pose de rainha. Ele precisou pensar um pouco em como iria falar com ela.

— Eu te dou cinco minutos pra me explicar o que faz aqui antes de eu te jogar pra fora da minha agência. – ela falou altiva, colocando a mão na cintura.

— Portilla. – Alfonso disse, um sorriso bailando em seus lábios, mas ela continuou séria. — Esse é Christopher Von Uckerman, ele trabalha comigo na WWSB.

— Prazer, Senhor Uckerman. – ela exibiu um sorriso amigável na direção do jornalista. — Me desculpe pela hostilidade, mas o que eu tenho a ver com isso?

— Prazer, Anahí. Posso chamá-la assim, certo? – ele tomou a mão dela na sua e a beijou. Christopher sempre fora muito galanteador. A educação tradicional que recebera se encarregara disso. — Peço desculpas pelo constrangimento e também, espero que não me julgue por ser amigo de um troglodita!

Anahí riu com vontade e Alfonso franziu a testa em confusão. Aquilo estava mesmo acontecendo? Aquela mulher tinha mesmo se divertido à suas custas novamente e com o seu melhor amigo. Ele precisava intervir, antes que as coisas saíssem do controle.