Capítulo Quarenta e Três

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Virando Anahí de costas, Alfonso batalhou com o zíper do vestido de festa por um tempo antes de conseguir puxa-lo pelo corpo da empresária. Ela, então, voltou a encara-lo e pousando os dedos em seus ombros, tirou a gravata borboleta em seu pescoço e deslizou os dedos pela frente de sua camisa social, quase fazendo os botões saírem voando na ânsia de expor o peito dele de uma vez. Alfonso a ajudou e sua camisa se encontrou ao vestido vermelho descartado.

Ele parou por um instante para admira-la. Uma calcinha de renda preta cobria sua intimidade, acompanhada de um sutiã do mesmo modelo. Nos pés, ela usava sandálias de salto alto douradas. Seus lábios estavam inchados pelos beijos e seus seios subiam e desciam em uma respiração errática. Estava estonteante. Como sempre. E Alfonso mal podia esperar para estar dentro dela. Virando-a novamente de costas, ele inclinou-se para a frente e beijou com carinho um ponto abaixo do ombro de Anahí. Não satisfeito com o arrepio que percorreu a pele da mulher, ele distribuiu mais beijos por toda a extensão das suas costas, sorrindo ao vê-la se contorcendo. Suas mãos pararam, então, sobre sua cintura, que ele apertou com gosto, antes de desce-las para acariciar sua bunda. Soltando um gemido, ele não pode guardar o que estava pensando:

— Você está maravilhosa nesse fio dental.

— Tive que usar um pra não marcar o vestido. – ela olhou por cima do ombro. — Vai fazer alguma coisa ou só ficar olhando?

— Alguém já disse que você tem uma boca muito atrevida?

— Você. – ela sorriu e roubou um beijo dele. — Várias e várias vezes.

Caindo de joelhos, Alfonso deslizou as mãos pelas pernas de Anahí, satisfeito em vê-la tão ansiosa quanto ele e retirou sua calcinha, mergulhando sua língua na intimidade dela por trás. Ele lambeu de cima a baixo, separando seus grandes lábios, com os dedos, enquanto penetrava sua língua cada vez mais fundo. A empresária respondeu arqueando ainda mais as costas e gemendo alto quando sentiu a língua dele deslizando por toda sua boceta. Se ele continuasse naquele ritmo, ela gozaria antes mesmo dele estar dentro dela.

Virando em seu próprio eixo, Anahí circulou o pescoço de Alfonso com seus braços, aproximando seus corpos até seus narizes se tocarem.

— Eu preciso de você. – ela tocou o rosto dele, arranhando sua bochecha com as unhas compridas. — Dentro de mim.

— Seu desejo é uma ordem!

E em um segundo, Alfonso estava enganchando as pernas dela em sua cintura e encostando-a contra a parede. Ele espalmou uma mão na parede e com a outra guiou seu membro pra dentro dela. Anahí fincou as unhas nas costas largas do jornalista e desceu o quadril contra o dele, iniciando uma cavalgada lenta.

— Por que você não me perdoa? – sussurrou Alfonso, sem fôlego, contra o ouvido de Anahí.

Ela precisou piscar algumas vezes, antes de dizer:

— Eu já te perdoei.

— Reformulando, – ele estocou com força dentro dela. — Por que você não volta pra mim?

— Nós nunca estivemos juntos, Poncho. – ele não pode deixar de detectar uma nota de tristeza na forma como ela disse aquilo, mas ignorando sua própria intuição, continuou no mesmo ritmo de penetração de antes. — Por favor... não pare...

Atendendo o pedido dela, Alfonso a pressionou ainda mais contra a parede, estocando com força, enquanto ela mordia seu ombro e lambia seu pescoço. Era necessária muita força nos braços para continuar naquela posição, então ele a carregou com cuidado, sem sair de dentro dela, até a cama king size com cabeceira de ferro e um grande dossel branco de voil que ia até o chão, como numa tenda. Deitando-a com delicadeza, Alfonso não deu tempo pra que a empresária se recuperasse e escorregou pra dentro de sua intimidade novamente. A posição era mais íntima e ainda que fosse tradicional, não havia nada de chato ou entediante nela. Estar tão próximo a Anahí, olhando em seus imensos olhos azuis que tragavam sua alma, como um maldito maremoto, ter os braços dela o envolvendo por inteiro... aquilo era a vida que ele queria. Era aquilo que ele se referia quando imaginava seu futuro.

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