Assim que Alfonso e Christopher saíram, Maite foi falar com Anahí. Ela estava preocupada, pois ouvira os gritos enquanto fechava um acordo com um fornecedor.
— O que aconteceu, Annie? Só não vim antes, porque estava no telefone. – Maite disse. — Mas ouvi a gritaria... Alfonso estava aqui?
— Estava sim. – ela respondeu, ainda sobressaltada, passando a mão pelo cabelo.
Maite assentiu com a cabeça.
— Ele veio... falar comigo?
— Não, Mai. – ela foi obrigada a falar.
— Oh.
Anahí se aproximou da amiga. Ela sabia que aquele era o momento pra ser dizer "Eu avisei!", mas não parecia correto.
— Você sabe como esse tipo de homem é. – foi o que disse.
Maite deu de ombros, em um gesto indiferente, mesmo que sua amiga soubesse muito bem que não era assim que ela se sentia.
— Não vou dizer que não doeu... quer dizer, o que ele fez. – Maite começou. — Mas não estava completamente errado.
— Como pode dizer isso? – Anahí tentava entender.
— Eu realmente criei expectativas, amiga. – explicou, virando os olhos. — Alfonso podia ter o tato de não ir com outra mulher naquela festa, é verdade... mas nós realmente não estávamos oficialmente juntos.
— Acha mesmo isso?
— Acho. – assentiu. — E acho mais... mesmo que eu esteja com meu orgulho de mulher ferido, posso ver que ele não era a pessoa certa pra mim e nem eu a pessoa certa pra ele. Foi um equívoco.
Anahí sorriu, agora mais tranquila em ver que a amiga estava levando as coisas numa boa. Uma decepção amorosa nunca era fácil de ser superada e ela sabia disso como ninguém.
— Se você diz que está tudo bem.
— Se quer saber, eu me sinto mal por ele.
— Ah, não! Não vamos bancar as boas samaritanas agora! – Anahí virou os olhos. Reserve a Maite a chance de ver o bem mesmo onde ele era inexistente. — Não há nenhuma qualidade redentora naquele playboy metido a engraçadinho!
— Será? Pode ser... – ela pensava por um instante. — Eu só acho que todos temos razões pra agir como agimos e Alfonso não tem um histórico amoroso muito bom. Essas coisas mudam as pessoas.
— Ninguém sabe o quanto essas coisas mudam as pessoas tão bem quanto eu, só não acho que isso seja razão pra tratar as mulheres como ele trata.
Maite riu. Anahí e Alfonso tinham mais em comum do que podia parecer a primeira vista, mas ela jamais diria aquilo a amiga, nem sob tortura.
— Acho que esse jeito dele é uma forma de compensar o que fizeram... toda a dor do passado. Assim como você fechou seu coração ao amor depois de Derrick. Ele criou essa aversão a casamentos e compromissos sérios. – Anahí continuava cética.
— Não queira comparar!
— Longe de mim! – Maite negou com a cabeça. — Só acho que Poncho talvez precise de uma chance pra mudar esse ceticismo todo com relacionamentos e com casamento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
#BFF - A fábrica de sonhos
FanfictionSubir ao altar era o sonho delas e esse desejo tornou-se também seu negócio. Anahí, Maite e Dulce fizeram faculdade juntas e sonhavam com o príncipe encantado e o dia em que diriam "sim!", unindo seus potenciais decidiram abrir a #BFF, Agência de E...