Capítulo Quinze

453 37 26
                                    

Assim que Alfonso e Christopher saíram, Maite foi falar com Anahí. Ela estava preocupada, pois ouvira os gritos enquanto fechava um acordo com um fornecedor.

— O que aconteceu, Annie? Só não vim antes, porque estava no telefone. – Maite disse. — Mas ouvi a gritaria... Alfonso estava aqui?

— Estava sim. – ela respondeu, ainda sobressaltada, passando a mão pelo cabelo.

Maite assentiu com a cabeça.

— Ele veio... falar comigo?

— Não, Mai. – ela foi obrigada a falar.

— Oh.

Anahí se aproximou da amiga. Ela sabia que aquele era o momento pra ser dizer "Eu avisei!", mas não parecia correto.

— Você sabe como esse tipo de homem é. – foi o que disse.

Maite deu de ombros, em um gesto indiferente, mesmo que sua amiga soubesse muito bem que não era assim que ela se sentia.

— Não vou dizer que não doeu... quer dizer, o que ele fez. – Maite começou. — Mas não estava completamente errado.

— Como pode dizer isso? – Anahí tentava entender.

— Eu realmente criei expectativas, amiga. – explicou, virando os olhos. — Alfonso podia ter o tato de não ir com outra mulher naquela festa, é verdade... mas nós realmente não estávamos oficialmente juntos.

— Acha mesmo isso?

— Acho. – assentiu. — E acho mais... mesmo que eu esteja com meu orgulho de mulher ferido, posso ver que ele não era a pessoa certa pra mim e nem eu a pessoa certa pra ele. Foi um equívoco.

Anahí sorriu, agora mais tranquila em ver que a amiga estava levando as coisas numa boa. Uma decepção amorosa nunca era fácil de ser superada e ela sabia disso como ninguém.

— Se você diz que está tudo bem.

— Se quer saber, eu me sinto mal por ele.

— Ah, não! Não vamos bancar as boas samaritanas agora! – Anahí virou os olhos. Reserve a Maite a chance de ver o bem mesmo onde ele era inexistente. — Não há nenhuma qualidade redentora naquele playboy metido a engraçadinho!

— Será? Pode ser... – ela pensava por um instante. — Eu só acho que todos temos razões pra agir como agimos e Alfonso não tem um histórico amoroso muito bom. Essas coisas mudam as pessoas.

— Ninguém sabe o quanto essas coisas mudam as pessoas tão bem quanto eu, só não acho que isso seja razão pra tratar as mulheres como ele trata.

Maite riu. Anahí e Alfonso tinham mais em comum do que podia parecer a primeira vista, mas ela jamais diria aquilo a amiga, nem sob tortura.

— Acho que esse jeito dele é uma forma de compensar o que fizeram... toda a dor do passado. Assim como você fechou seu coração ao amor depois de Derrick. Ele criou essa aversão a casamentos e compromissos sérios. – Anahí continuava cética.

— Não queira comparar!

— Longe de mim! – Maite negou com a cabeça. — Só acho que Poncho talvez precise de uma chance pra mudar esse ceticismo todo com relacionamentos e com casamento.

#BFF  - A fábrica de sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora