Capítulo Trinta e Sete

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Era a segunda vez que Maite cruzava o portão da mansão dos Von Uckerman. Quando estivera lá pela primeira vez, tinha sido como amiga de Christopher. Agora, no entanto, ela voltava como sua namorada. Tudo era diferente... exceto por um detalhe essencial: As colunas de inspiração neoclássicas eram tão intimidadoras quanto da primeira vez e o prospecto de encarar o pai e a madrasta de Christopher não ficavam muito atrás.

— Maite! Que surpresa sua presença! – mas por que seria se ela tinha sido convidada? — Quando soubemos que estava namorando nosso menino, ficamos muito contentes e vimos uma oportunidade para celebrar.

— Obrigada pelo convite, senhora Von Uckerman e pelas palavras gentis.

Christopher apertou a mão de Maite e lhe deu um sorriso encorajador. Até o momento, tudo corria perfeitamente bem e a paz reinava, mas ele sabia que a paz sempre estava sob ameaça quando se tratava de Janet Von Uckerman.

— Como vão as coisas na sua agência, minha cara? – a senhora Von Uckerman puxou-a pelo braço, conduzindo-a até a sala de jantar. — Nossa pequena recepção passaria pelo seu crivo?

A jovem decoradora assentiu, olhando as flores ornamentais na mesa e os candelabros dourados segurando velas, dando ao ambiente uma aura ainda mais sofisticada.

— Sem dúvidas. Tudo está muito elegante! – sorriu Maite, vendo o pai de Christopher entrar na sala de jantar.

Charles Von Uckerman era agradável, mas não possuía muita fibra. As más línguas diziam que quem usava as "calças" na relação era Janet, sua esposa, e não ele.

— Ganhou na loteria do amor, meu filho! Sua namorada é uma joia! – Charles deu um tapa nas costas do filho. — E por falar em joia, Candice voltou da Inglaterra e está ansiosa por te ver...

Com isso, ele os guiou até a sala de estar, onde um grupo pequenos de amigos da família se reunia em frente a lareira, que era mais um artigo de decoração do que uma utilidade, já que não costumava esfriar muito naquela região da Califórnia.

— Quem é Candice? – perguntou Maite em voz baixa.

— Uma amiga da família. – respondeu Christopher. — Nós meio que nos casamos no jardim de infância e minha família e a dela levaram isso muito a sério.

— O quê? Se casaram?

— Com um anel de bala por aliança e um urso de pelúcia como juiz de paz, meu amor. – ele riu do ciúmes da namorada. — Não se preocupe. Nem eu, nem ela levamos isso a sério, apesar do desejo de nossas famílias de nos levar ao altar de verdade.

É. Aquilo ajudou muito a deixá-la mais tranquila e a vontade.

— Ucker... será que esse jantar foi mesmo uma boa ideia?

Christopher acariciou os ombros e braços da decoradora e olhando firme em seus olhos, respondeu:

— Você é minha namorada. A mulher que eu amo. Meu pai e Janet vão ter que aceitar isso mais cedo ou mais tarde... quanto antes, melhor.

Maite assentiu com um leve meneio de cabeça. No fundo, ela estava insegura e o sentimento só aumentou com o passar da noite, quando todos estavam à mesa e Candice, encantava a todos com suas estórias sobre a terra da Rainha.

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