— VOCÊ ESTÁ NAMORANDO aquele rapaz? — Foi a pergunta que me recebeu em casa.
O que? Terminei de entrar e fechei a porta pelo frio cortante.
Encarei minha avó, que estava com um pano no ombro direito e com um garfo, enquanto mexia a comida. Mereço. Pelo cheiro, era macarrão com salsicha — sua refeição preferida. E a minha também. Por mais que gostasse de todas elas.
O que ela perguntou mesmo?
Só o que faltava agora era lidar com suas preocupações desnecessárias sobre relacionamentos que nunca iriam acontecer. Já tinha problemas de mais dentro de mim. Como Patrick Queen. Os irmãos Willer. Scott. O Perverse Killers.
E o Ruthless.
Ela só podia estar falando de Gabriel. E ainda esperava uma resposta. Resfoleguei algo parecido com uma risada.
— Não.
Fui para meu quarto, que ficava ao lado da porta pela qual entrei, e deixei a bolsa em cima da cama.
— Vou dormir fora, hoje. — Gritei.
Ela era um pouco surda, por isso precisava aumentar o tom de voz de vez enquanto.
Tomei aquela decisão, pois não queria que o fantasma de Patrick viesse me ver ou simplesmente que eu imaginasse que ele estava dividindo o quarto comigo. Era por isso que não assistia filmes de terror sozinha ou acompanhada.
Meu estômago deu mais uma cambalhota quando lembrei daquela imagem horrível. Do sangue. Do meu pseudônimo escrito em um dos degraus. Trinquei os dentes para impedir que o café voltasse.
Scott teve mesmo coragem de fazer aquilo? Mas... por mim? Por que? Por que faria algo tão terrível e cruel com uma pessoa? Por que não o entregou à polícia?
— Na casa de quem? — Veio a resposta.
Na casa de quem? Precisei de um momento para atinar sobre o que estava perguntando. Já tinha esquecido que informei que dormiria fora. Minha cabeça estava zonza, longe de estar normal. Patrick não saía dos meus pensamentos.
— Na casa de Cristina.
E de quem mais seria? Liguei a internet, esperei que alguma notificação aparecesse. Foi com desapontamento que notei que nada viria. Nenhuma mensagem de Lorenzo perguntando se eu estava bem. É por que ele não se importa. Pare de ser idiota.
Mandei uma mensagem para ela.
— Vai estar em casa hoje?
Eu nunca dormi na casa de alguém. Mas ela sempre ofereceu um quarto para mim. Para assistirmos a um filme, fofocar, fazer coisas de garota que nunca fiz. Por justamente não ter interesse e nem amigas.
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Fire | Vol. I
Любовные романыLivro 1. Série Dark Souls. Kananda Wright sempre foi atraída pelos bad boys, aqueles que fumavam e possuíam tatuagens espalhadas pelo corpo. Ou talvez, que só se vestissem de preto. Não importava, ela adorava observar os homens. Mesmo que a sua vida...