TRINTA E OITO | * SHIT *

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PRATICAMENTE ENGOLI O hambúrguer

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PRATICAMENTE ENGOLI O hambúrguer. Para a minha satisfação, ele possuía duas rodelas de carnes, cinco fatias de queijo cheddar, junto com uma folha de alface e outras duas rodelas de tomate. Enchi a boca e mastiguei rapidamente.

Era vergonhoso. Mas eu estava com muita fome, afinal, também não jantei ontem. Apenas álcool e cigarros. E uma rodada de sexo gloriosa onde perdi a virgindade e não tive medo de Lorenzo.

Era muito para digerir com o estômago vazio.

Lorenzo deu uma mordida mínima no seu e logo empurrou o prato para o lado, tomando o suco de uva que escolheu. Pensei que pediria um refrigerante, mas acho que ele estava cuidando dos seus ossos hoje. Mas as garrafas que ingerimos ontem... Bem, que os nossos fígados dessem conta.

— Não vai comer? — Perguntei, apontando para o seu prato. — Não me diga que você é o tipo de pessoa que come pouco na frente dos outros para disfarçar.

Ele sorriu.

— Claro que não. Só... não estou com muita fome. Não estou acostumado a comer pela manhã — empurrou o prato em minha direção. — Mas fique à vontade.

Com certeza, vou ficar. Remexi a cabeçae peguei seu hambúrguer, lançando olhadelas para o lado, vendo se ninguémestava me observando. Não. Todos pareciam estar prestando atenção em suasmesas. Estávamos na lanchoneteBrazil Deli Market. Uma lanchonete que provavelmente nãoteria dinheiro para pagar todas as gostosuras que gostaria de comer. Mas fizquestão de dividir a conta com Lorenzo. Foi algo que Sara me ensinou. Nãodepender de ninguém, além de não ficar devendo a ninguém.

Ele me avaliou com olhos aguçados, enquanto saboreava o delicioso lanche.

— Está tão bom quanto você aparenta estar?

Senti minhas bochechas enrubescendo. Elevei o decote do vestido, tentando me ajeitar.

— Você é que está perdendo, porque está bem bom — falei, depois de engolir. Fale agora. Não perca a coragem. Apaguei o sorriso do rosto. — Quero pedir uma coisa.

Enzo elevou as sobrancelhas, deixando que os olhos claros pousassem nos meus.

— Peça.

Hesitei, brincando com o canudo da latinha de refrigerante de limão, antes de jogar as palavras trancadas em minha garganta entre nós dois, como uma torrente.

— Prometa que não contará nada sobre nós ao seu irmão. — Sua expressão endureceu, mostrando que ele estava longe de gostar daquilo. Coloquei minhas mãos em cima das suas. Frio contra quente. — Deixe-me explicar. Eu posso passar por vagabunda, porque você não acredita que eu não fiquei com ele. Depois que fiz sexo com você e...

Ele talhou.

— Amor.

Em um primeiro momento, achei que estivesse me chamando de amor. Quase disse Já chegamos a esse nível?, mas não impedi a pergunta que saiu por meus lábios.

Fire | Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora