QUATORZE | * FIGHT *

3.1K 353 27
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

EU CERTAMENTE TINHA a língua maior que o corpo. Por que fui contar algo tão íntimo?

Eu era tão intensa. Para mim, existia pouca diferença entre o certo e o errado. Pensei que seria relativamente simples, Lorenzo entender que não era nada demais sair pelas ruas a noite e pichar, destruir casas e tudo mais. Afinal, ele tinha um clube de lutas ilegais.

Mas não, Lorenzo estava esquisito.

Provavelmente, agora ele tinha comprovação de que faltava alguns parafusos aqui dentro.

Saí do carro assim que Lorenzo estacionou, quase pulando para fora do ar carregado de tensão — desde que supostamente me confessei — dentro do carro. Ele ficou em silêncio enquanto desceu do seu lado da rua e fechou a porta da caminhonete.

Dá tempo de voltar para casa? Ai, por que eu fazia essas coisas? Por que agia primeiro e pensava nas consequências depois?

Olhei para o clube cheio de homens de coletes de couro, alguns com spikes e supostamente o emblema do Perverse nas costas, bandanas nos cabelos e tatuagens espalhadas pelo corpo. Eles bebiam ali fora e um rock pesado tocava lá dentro. Não reconheci qual era.

Sorriam uns para ou outros e trocavam dinheiro entre si.

Apostas? Onde vim me meter? Quis agarrar Lorenzo, com um pouco de receio no estômago. Li a fachada, em cima da porta, com um crânio com asas cravejado de facas e sangue completando o visual. Perverse Killers. É, dava medo de passar por perto, imagine entrar lá dentro.

De repente, comecei a me sentir nervosa.

Quis estar na minha cama, alheia ao que acontecia aqui. Pois imaginei que como era tarde, ninguém estaria ali. Mas parece que à 01:00h da manhã era horário de pico.

Fiquei de frente para ele, propensa a perguntar qualquer coisa a Lorenzo, para não ser alvo dos olhares cobiçadores dos homens ali de fora, quando avistei-o colocando o seu próprio colete preto, com o emblema do clube e um revólver na cintura.

Meu. Deus.

Mordi os lábios e olhei-o enquanto se ajeitava no reflexo do vidro de sua caminhonete. Death (eu lembrei da regra) estava vestido totalmente de preto e parecia ameaçador. As tatuagens se destacavam sob a luz das lâmpadas ali de fora.

Fire | Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora