Livro 1. Série Dark Souls.
Kananda Wright sempre foi atraída pelos bad boys, aqueles que fumavam e possuíam tatuagens espalhadas pelo corpo. Ou talvez, que só se vestissem de preto. Não importava, ela adorava observar os homens. Mesmo que a sua vida...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
TUDO CULPA DELA.
Kananda. A mulher que ousei nutrir sentimentos. Que ajudou a destruir o meu coração.
— Você tem razão — Ashur me apoiou.
Desde que ela chegara em minha vida, eu não era o mesmo. Me tornei um molenga, briguei com meu irmão por causa dela — tudo para chegarmos aqui.
Comigo segurando a cabeça mole de Gabriel em meu colo. Ninguém se atreveria a subir ali, onde o sangue escorria por meus dedos e minhas lágrimas banhavam o rosto dele. Tinha uma vaga sensação de que ainda estavam brigando fora do ringue.
Que se matassem.
Que todos fossem para o inferno.
— Meu irmão — Gabriel não respondeu. — Por favor, não me abandone. Lembra... lembra de quando nos apoiamos um no outro, após a morte de Sirius e nossos pais? Hein? — Um soluço escapou de minha garganta. — Onde você está, merda?
— Morto, Lorenzo. Ele está morto e só sobrou eu. — Ashur garantiu. — Kananda matou ele, sabia? E você matou seus pais e Sirius. Você é um monstro. Como ela.
Eu sabia que Ashur estava falando a verdade sobre a morte deles. Em meu íntimo, sempre soube que era um monstro. Talvez, com a chegada dela, minha percepção tenha mudado um pouco. Talvez, eu pensasse que conseguiria mudar quem era.
Mas não vi que Kananda era parecia demais comigo. Também semeava o mal e violência por onde passava.
O corpo dele já estava esfriando, a pele mais pálida do que de costume. Encostei minha testa em seu pescoço. Nenhum batimento. Nenhuma encenação.
Ele não estava mais ali, entre nós. Estava com nossos pais? Eles foram para o Céu, certo? Se é que Deus existia mesmo. Não duvidava de nada — nem de como minha vida era um tormento, e nem de como o Diabo poderia muito bem ser meu padrinho.
¥¥
— Ainda lembra de nossos pais, Lorenzo? — Ele perguntou. — E Sirius? Minhas lembranças parecem desbotadas... é normal?
