O QUE ESTOU fazendo da minha vida?
Mordi os lábios ao lembrar da noite cheia de pesadelos e de Cristina, enquanto andava lentamente para a minha sala, apertando a alça da bolsa.
Cristina me encheria o saco somente por tê-la abandonado na festa. E que porcaria de festa. Suspirei alto e impaciente ao lembrar que foi ela que me deixou só, quando pedi que não o fizesse.
Calma, vai ficar tudo bem. Será?
Sorte minha, ou azar provavelmente, que a prova de Citologia era naquele horário e eu já estava mais ou menos atrasada para fazê-la. Pelo menos, chegaria na sala e não teria tempo para suas perguntas "preocupadas".
Eu não queria ser grossa com Cristina, mas sabia que uma parcela de culpa era sua. Se ela não tivesse me abandonado para beber ou esfregar sua vagina em qualquer homem, ou mulher, minha noite teria acabado totalmente diferente.
E para complicar tudo, ainda existia Lorenzo, o homem que inacreditavelmente me levou para seu apartamento, cuidou de mim — contra todas as provas do destino — e me deu um jantar descente.
Eu não sabia como armazenar todas as informações.
Entrei na sala rapidamente, sendo alvo de olhares questionadores dos meus colegas e do professor por estar atrasada. Sentei, e o professor Germânio estendeu a folha para mim, com um pigarro aborrecido. Agradeci em silêncio, envergonhada.
Vi que Cristina não estava ali. Bom. Ela tinha faltado e isso era uma coisa extremamente boa.
Quando bati meus olhos na primeira pergunta, soltei o ar com força e fechei os olhos. Jesus Cristo. A minha sorte era que tinha bastante de múltiplas escolhas, porque chutei todas. No dia da explicação, eu estava na lanchonete estudando para outras provas.
Que provavelmente também iria mal.
Fui a primeira a lhe entregar a prova e saí da sala como um furacão. Afinal, eu só podia torcer para ter acertado alguma coisa.
Preciso estudar mais. Preciso tomar um rumo em minha vida. Mas por ora...Verdade seja dita, minha cabeça estava totalmente focada em Lorenzo Willer.
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Fire | Vol. I
Roman d'amourLivro 1. Série Dark Souls. Kananda Wright sempre foi atraída pelos bad boys, aqueles que fumavam e possuíam tatuagens espalhadas pelo corpo. Ou talvez, que só se vestissem de preto. Não importava, ela adorava observar os homens. Mesmo que a sua vida...