SEIS | *RAGE*

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Minutos antes.

KANANDA TINHA FUGIDO.

Se ela permanecesse mais meio segundo na minha frente, só Lúcifer saberia que besteira teria cometido. A raiva ainda inflamava meus sentidos, me fazendo bufar e imaginar minhas mãos ao redor de seu pescoço fino e pálido.

Meu rosto ainda pinicava.

— Ela me bateu — reclamei, voltando minha atenção para Gabriel.

Ele deu de ombros e calmo, acendeu um cigarro — era proibido, claro. Mas como naquela festa, as drogas já tinham sido distribuídas, ninguém pareceu se importar. Ele baforou para perto do meu rosto e sorriu, mexendo a cabeça ao som de Never Let Me Go.

Espantei a fumaça para longe.

Não era, nem de longe, o nosso estilo de música — um rock pesado, de preferência —, mas era melhor que nada. Fiz uma volta de 360 graus, somente para ter certeza de que estava sendo observado por bastante pares de olhos.

Provavelmente esta cena estaria na boca de muita gente amanhã. Que. Beleza.

— Quem mandou ofendê-la? — Gabriel passou a mão debaixo do nariz e começou a flertar com uma garota sentada a dois bancos de nós, piscando e sorrindo para ela também. — E quem disse que tenho namorada, Lorenzo? Enlouqueceu?

Suspirei, irritado e inconformado por ser retrucado por meu irmão mais novo. A verdade é que Gabriel era igual a mim, toda semana uma garota. Mas não sei o que senti quando vi meu irmão apertando a coxa de Kananda e quase engolindo-a com a língua.

Parecia errado. Droga!

Ele não podia tê-la. Ela não pertencia ao nosso mundo. Dava para perceber de longe que Kananda era ingênua, e ficaria traumatizada ao saber o que fazíamos no Perverse.

— Vai me responder quando? — Voltou os olhos para mim.

Fechei ainda mais a cara.

— Eu não sei, okay? Apenas não gosto dela.

Fire | Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora