Diciotto

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A princípio, fiquei um pouco constrangida com a quase intimação de Marina para ir à sua casa, mas aos poucos fui relaxando, afinal, terminar o que começamos no dia do sarau é exatamente o que quero. Enquanto ela dirige, como quem não quer nada, às vezes acabo reparando no seu corpo e como ela fica linda de calça jeans.

— O que você olha tanto? — Ela me perguntou com um sorrisinho no canto da boca, mas sem tirar os olhos do trânsito.

— Nada. — Digo simplesmente, mas minha vontade é de dizer o quão gostosa ela fica usando jeans.

— Nada? — Para no semáforo e me encara. Balanço a cabeça de forma negativa e Marina não insiste mais no assunto.

Conforme seguimos o caminho, reparo que sua casa fica no bairro da Mooca. Da primeira e última vez em que estive aqui não pude reparar nesse detalhe, pois já era noite e o bairro me era desconhecido. Ela vai entrando pelas ruas até parar em frente a sua casa com um portão pequeno e muro cerca de apenas trinta centímetros mais alto que eu. Da última vez em que estive aqui, percebi que a sua casa possuía dois andares e era feita de alvenaria, mas possuía algumas paredes de um vidro escuro e outras de madeira, mas agora, com a claridade do dia, vejo que há ainda um pequeno jardim na frente e canteiros de rosas — brancas e vermelhas — no corredor lateral do terreno.

Após admirar a casa por um tempo, volto meu olhar à mulher ao meu lado. Tomo seus lábios num beijo urgente, desejando terminar o que começamos noutro dia. Enquanto provo do seu beijo, minhas mãos alisam e apertam uma de suas pernas. Hoje nada poderá nos atrapalhar. Como Marina mesma disse: Temos duas horas até o fim do período de aula. Ou melhor, tínhamos, já que gastamos pelo menos vinte minutos para chegar a sua casa.

— Você fica muito gostosa usando jeans! — Digo próximo a sua orelha e logo mordo o lóbulo.

— Ehh? — diz entre uns gemidos. Vira meu rosto e leva os lábios próximos aos meus — E você deve ser ainda mais gostosa sem o seu jeans. — Ao ouvi-la dizer isso, meu corpo todo se arrepia.

— O que a gente ainda está fazendo nesse carro? — Pergunto já abrindo a porta e saindo. Logo em seguida Marina faz o mesmo. Há algumas pessoas na rua, por esse motivo tentamos controlar o nosso ânimo. Traz um molho nas mãos, separa uma chave e logo abre o portão. Entramos no quintal, seguimos para a varanda e logo adentramos o imóvel. Ao fechar a porta, Marina me empurra contra a mesma, colando nossos corpos e lábios. Quando o ar se faz necessário, nossas bocas se desgrudam.

— Desculpa te sequestrar, mas eu não estava mais aguentando. — Me diz ofegante.

— Eu não estou reclamando. — Deixo seu rosto entre minhas mãos e alcanço seus lábios novamente. Marina segura firme em minha cintura. Com uma das pernas, ela pressiona o meu sexo e gemo sem disfarçar. Percebendo a minha excitação, Marina aumenta os movimentos em meu sexo — Não temos mais duas horas...

— Não pode chegar em casa atrasada só um pouquinho? — Sussurra em meu ouvido.

— Só um pouquinho — Digo baixinho.

Puxa meu cabelo pela nuca, deixando meu pescoço exposto. Ataca essa região, mas antes solta um risinho, provavelmente porque viu as marcas que havia deixado um dia antes. Enquanto beija meu pescoço, me direciona por um corredor até chegarmos em um quarto que suponho ser o seu. Temos pressa para chegar até a cama, mas essa pressa faz com que tropecemos no tapete e caiamos no móvel, eu sob o corpo de Marina. Aos risos, ficamos uma ao lado da outra nos olhando.

— Se eu estiver indo muito rápido — Coloca uma mecha de cabelo que caia em meu rosto atrás da orelha — você pode me falar.

— Vou repetir o que falei agora a pouco: Eu não estou reclamando.

Amar é Preciso | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora