A Freira E A Fera [ Livro Completo ]

Capítulo 8

   

   Celeste  ficou sem saber o que dizer. E Delfina ficou pressionando ela

— Eu não fiz nada a não ser ajudar. Onde já se viu uma freira ir trabalhar em casa de outras pessoas? Ela será corrompida. Novas coisas corrompem bons costumes.

Celeste se defendeu e Delfina revirou o olho

— Isso não te livra da sua culpa irmã a madre superiora permitiu que Aurora trabalhasse e não será você a mudar isso. Ligue imediatamente para esse número e peça perdão e explica tudo irmã. Ou a madre superiora vai saber.

— Eu não vou fazer isso. Vocês deviam é me agradecer.

— Celeste agora.– Delfina gritou

Celeste muito contrariada segurou o telefone e ligou.

— Olá, outra vez. Só queria dizer que... – Ela temeu continuar e Delfina na sua frente a impulsionou a falar — Dizer que... Não foi a Aurora que atendeu o telefone naquela hora. Foi uma brincadeira.

— Há foi? E eu poderia falar com a Aurora?

— Sim. Só um momento.

Celeste tirou o telefone do ouvido e fitou Delfina com raiva.

— Querem falar com ela.

— Vou chama - la e é melhor que não faça mais nenhuma gracinha irmã.

Delfina saiu dali e Celeste revirou os olhos irritada com a situação.

— Olá. - Aurora falou assim que tomou posse do telefone.

— Aurora, você quer trabalhar ou não? Eu não sei o que aconteceu mais eu sou uma mulher séria não suporto brincadeiras e mais agora tenho dúvidas quanto ao te contratar.

Aurora que já sabia do que estava acontecendo graças a Delfina olhou para Celeste, mais não com raiva.

E antes de responder respirou fundo

— Senhora ninguém quer brincar consigo. Eu lamento o comportamento da minha irmã.

Celeste revirou os olhos. Outra vez.

— Comece amanhã, você já sabe, sua folga será aos domingos.

— Muito obrigada dona Amanda.

— OK. Amanhã de manhã o motorista virá pega - la.

— Mais uma vez muito obrigada senhora.

Amanda desligou e Aurora pulou de felicidade e foi abraçar Delfina.

Celeste não falou nada simplesmente saiu da sala.

— Dell, isso fica só entre nós. –Falou Aurora — Não quero que a irmã Celeste fique mal vista.

Delfina simplesmente sorriu e abraçou mais uma vez Aurora.

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As meninas ouviram batidas na porta e mandaram Lúzia entrar

— Oi Aurora, me contaram que você vai embora amanhã.  – falou triste

— É, Lú eu preciso cuidar da minha mãe e esse trabalho é minha oportunidade de o fazer. — falou Aurora

— Vamos sentir saudades amiga — falou Luzia — Muitas saudades.

— É, vamos mesmo — Aisha se pronunciou dessa vez.

      Aurora estava tão atarefada com a mudança que acabou não contando para a amiga que dona Márcia a chamou  pelo seu nome.