Uma semana havia se passado após o episódio da festa de Benjamim. Amanda e Karl já estavam de volta a casa.
Benjamim estava treinando e Ludmila o assistia atentamente. Ela estava querendo se fazer presente nos momentos que Benjamim considerava importantes.
— Você foi incrível, Benja. — ela diz sorrindo oferecendo um frasco de água pra ele
— Obrigado Aurora, tenho treinado muito para isso. O que foi? — Ben pergunta ao notar a expressão da namorada mudar como da água pro vinho
— Você me chamou de Aurora Benjamim. — ela diz — E essa já é a segunda vez essa semana. — ela diz irritada
— Não linda. Eu não fiz isso — Ben diz tomando sua água
— Eu não sou surda Benjamim. Nem idiota, você gosta daquela freira idiota sem sal. — Ludmila grita
— Você só sabe gritar Ludmila? Será que você não pode falar sem levantar essa maldita voz. E mais não fale assim dela.
— Está defendendo ela? Você prefere ela a mim? Vai me deixar depois de tudo que fiz por você depois de tudo que passamos juntos? — ela fala amargurada
— Não disse isso, eu não vou deixar você. — ele diz segurando a mão dela — Mas você precisa se acalmar Ludmila. Eu sou seu namorado e não da "freira sem sal". — Benjamim fez aspas na última parte
Ludmila continuava com a expressão amargurada e então Benjamim inclina a cabeça e deposita um beijo rápido em seus lábios.
Depois do treino Ben leva Ludmila pra casa e depois vai para sua casa.
— Eu aposto 10 dólares pra saber seus pensamentos — ele diz assim que encontra Aurora olhando para um canto qualquer da cozinha
— Acho que meus pensamentos valem mais que isso Benjamim. — ela diz e Ben sorri
— Quer me contar o que está pensando?
— Nada de especial. Só achei seu pai um pouco frio comigo desde o dia em que você trouxe a Ludmila para jantar. — ela diz
— Ele foi grosso com você? Te tratou mal ou algo assim? — Benjamim diz alterado
— Não. Ele só foi muito frio, parece que não gosta muito de mim. Será que eu fiz algo de errado?
— Você não princesa mas ele sim. Ele vai me ouvir. — Ben ameaça sair da cozinha e Aurora se levanta rapidamente e o impede de sair
— Você está louco Benjamim? Eu não contei isso pra você brigar com o teu pai. Não fale nada a ele isso é entre nós dois.
— OK. — Benjamim diz rapidamente
— Assim tão rápido? Você não está pensando em fazer nada não é ? — ela diz desconfiada
— Relaxa princesa. Eu não vou fazer nada. Agora pode por favor soltar meu braço. — Ben diz achando aquela aproximação perigosa de mais
— OK. — Aurora se afasta de uma forma rápida
— Vou estudar. — ele diz sorrindo
— Bons estudos. — Aurora diz e assim que Ben sai da cozinha Ana entra.
Benjamim falaria sim com o pai Aurora querendo ou não. A essas horas ele ainda estava trabalhando mas quando chegasse Ben trataria disso.— Mãe a senhora e o papai são sempre assim? — Ben diz após longos minutos em silêncio, eles estavam na copa, lanchando.
— Assim como Benjamim? — ela pergunta e ele se ajeita na cadeira
— Sei lá. Vocês tem tempo de namorar, essas coisas? — Ben diz por fim e Amanda quase engasga com o café
— Mas é claro que sim. A gente só não fica se agarrando no meio da sala como certos jovens. — Ben ri ao lembrar do dia em que Ludmila havia chegado pra jantar e seus pais os encontraram aos beijos
— Pois percebi. — Ben sorri de lado
— Porque quer saber disso?
— Sei lá... Eu só queria saber se vocês estavam felizes. — ele da de ombros e Amanda sorri achando graça a preocupação do filho que em outros tempos não se preocupava com nada que não fosse ele mesmo.
— Quem está mudando sua cabeça filho? — Amanda disse
— O que?
— Você está diferente. — ela diz olhando pra ele
— Ah mudanças são necessárias as vezes — disse se levantando — Nos vemos mamãe.
Assim que ele chegou a entrada da casa Karl estava entrando e então um sorriso se forma no canto dos lábios de Benjamim.
— Boa noite. — o homem diz
— Boa noite. Podemos conversar?
— Estou cansado Benjamim.
— Eu não sou seus empregados pai. Sou seu filho e não vou esperar. — ele diz duro.
— OK. vamos ao escritório. — ele diz caminhando até o local e Benjamim o segui
— Prontos. — o homem se senta na poltrona — você quer dinheiro?
Ben ri sem vontade pois dinheiro tinha de sobre graças aos seus pais. E se fosse para pedir algo ao homem a sua frente com certeza seria atenção, eu sei soa clichê, mas isso Benjamim já cansou de esperar dele.
— Não, vou direito ao assunto. Qual é o seu problema com a Aurora?
O homem outrora calmo se mexe desconfortavelmente na poltrona
— Do que você está falando?
— Não pense que eu não vi a frieza com que você trata ela. Fale de uma vez, ela é perfeita de mais pra ter feito algo de errado pra o senhor, então se não foi ela é porque foi você. O que você fez pai?
— Olha como você fala comigo garoto e mais eu não tenho porque te dar satisfações de como trata os meus empregados. — ele diz com mais intensidade a palavra empregados
— Ela não é sua empregada. — Ben bufa
— Minhas suspeitas estão confirmadas. Você está apaixonado por ela — Benjamim não diz nada — por isso a defende tanto, aqueles olhares pra cima dela, com tanta mulher no mundo foi olhar justamente pra ela?! Sua namorada é linda de boa família foi logo olhar para uma freira.
— Não vou pedir que seja gentil — Ben ignora totalmente o discurso de Karl — isso não peço por que definitivamente esse não é o seu forte mas se eu notar que você fez alguma coisa de mal a ela você vai se ver comigo.— Ben diz
— Você me trata como se eu fosse um criminoso... Como se fossemos inimigos.
Ben da uma risada abaixando - se — Não se faça de vítima papai. Esse papel não lhe fica bem. — Ben diz se posicionando e Karl o olha com raiva
— Com licença. — ele diz saindo do escritório.
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A Freira E A Fera [ Livro Completo ]
RomanceVocê foi a melhor coisa que me aconteceu, e ninguém, jamais, vai roubar tudo que vivemos. Do seu, Ben!