Capítulo 34

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     Uma semana havia se passado após o episódio da festa de Benjamim. Amanda e Karl já estavam de volta a casa.

       Benjamim estava treinando e Ludmila o assistia atentamente. Ela estava querendo se fazer presente nos momentos que Benjamim considerava importantes.

— Você foi incrível, Benja. — ela diz sorrindo oferecendo um frasco de água pra ele

— Obrigado Aurora, tenho treinado muito para isso. O que foi? — Ben pergunta ao notar a expressão da namorada mudar como da água pro vinho

— Você me chamou de Aurora Benjamim. — ela diz — E essa já é a segunda  vez essa semana. — ela diz irritada

— Não linda. Eu não fiz isso — Ben diz tomando sua água

— Eu não sou surda Benjamim. Nem idiota, você gosta daquela freira idiota sem sal. — Ludmila grita

— Você só sabe gritar Ludmila? Será que você não pode falar sem levantar essa maldita voz.  E mais não fale assim dela.

— Está defendendo ela? Você prefere ela a mim? Vai me deixar depois de tudo que fiz por você depois de tudo que passamos juntos? — ela fala amargurada

— Não disse isso, eu não vou deixar você. — ele diz segurando a mão dela — Mas você precisa se acalmar Ludmila. Eu sou seu namorado e não da "freira sem sal". — Benjamim fez aspas na última parte

Ludmila continuava com a expressão amargurada e então Benjamim inclina a cabeça e deposita um beijo rápido em seus lábios.

       Depois do treino Ben leva Ludmila pra casa e depois vai para sua casa.

— Eu aposto 10 dólares pra saber seus pensamentos — ele diz assim que encontra Aurora olhando para um canto qualquer da cozinha

— Acho que meus pensamentos valem mais que isso Benjamim. — ela diz e Ben sorri

— Quer me contar o que está pensando?

— Nada de especial. Só achei seu pai um pouco frio comigo desde o dia em que você trouxe a Ludmila para jantar. — ela diz

— Ele foi grosso com você? Te tratou mal ou algo assim? — Benjamim diz alterado

— Não. Ele só foi muito frio, parece que não gosta muito de mim. Será que eu fiz algo de errado?

— Você não princesa mas ele sim.  Ele vai me ouvir. — Ben ameaça sair da cozinha e Aurora se levanta rapidamente e o impede de sair

— Você está louco Benjamim? Eu não contei isso pra você brigar com o teu pai. Não fale nada a ele isso é entre nós dois.

— OK. — Benjamim diz rapidamente

— Assim tão rápido? Você não está pensando em fazer nada não é ? — ela diz desconfiada

— Relaxa princesa. Eu não vou fazer nada. Agora pode por favor soltar meu braço. — Ben diz achando aquela aproximação perigosa de mais

— OK. — Aurora se afasta de uma forma rápida

— Vou estudar. — ele diz sorrindo

— Bons estudos. — Aurora diz e assim que Ben sai da cozinha Ana entra.

    
     Benjamim falaria sim com o pai Aurora querendo ou não. A essas horas ele ainda estava trabalhando mas quando chegasse Ben trataria disso.

       — Mãe a senhora e o papai são sempre assim? — Ben diz após longos minutos em silêncio, eles estavam na copa, lanchando.

— Assim como Benjamim? — ela pergunta e ele se ajeita na cadeira

— Sei lá. Vocês tem tempo de namorar, essas coisas? — Ben diz por fim e Amanda quase engasga com o café

— Mas é claro que sim. A gente só não fica se agarrando no meio da sala como certos jovens. — Ben ri ao lembrar do dia em que Ludmila havia chegado pra jantar e seus pais os encontraram aos beijos

— Pois percebi. — Ben sorri de lado

—  Porque quer saber disso?

— Sei lá... Eu só queria saber se vocês estavam felizes. — ele da de ombros e Amanda sorri achando graça a preocupação do filho que em outros tempos não se preocupava com nada que não fosse ele mesmo.

— Quem está mudando sua cabeça filho? — Amanda disse

— O que?

— Você está diferente. — ela diz olhando pra ele

— Ah mudanças são necessárias as vezes — disse se levantando — Nos vemos mamãe.

     Assim que ele chegou a entrada da casa Karl estava entrando e então um sorriso se forma no canto dos lábios de Benjamim.

— Boa noite. — o homem diz

— Boa noite. Podemos conversar?

— Estou cansado Benjamim.

— Eu não sou seus empregados pai. Sou seu filho e não vou esperar. — ele diz duro.

— OK. vamos ao escritório. — ele diz caminhando até o local e Benjamim o segui

       — Prontos. — o homem se senta na poltrona — você quer dinheiro?

Ben ri sem vontade pois dinheiro tinha de sobre graças aos seus pais. E se fosse para pedir algo ao homem a sua frente com certeza seria atenção, eu sei soa clichê, mas isso Benjamim já cansou de esperar dele.

— Não, vou direito ao assunto. Qual é o seu problema com a Aurora?

O homem outrora calmo se mexe desconfortavelmente na poltrona

— Do que você está falando?

— Não pense que eu não vi a frieza com que você trata ela. Fale de uma vez, ela é perfeita de mais pra ter feito algo de errado pra o senhor, então se não foi ela é porque foi você. O que você fez pai?

— Olha como você fala comigo garoto e mais eu não tenho porque te dar satisfações de como trata os meus empregados. — ele diz com mais intensidade a palavra empregados

— Ela não é sua empregada. — Ben bufa

— Minhas suspeitas estão confirmadas. Você está apaixonado por ela — Benjamim não diz nada — por isso a defende tanto, aqueles olhares pra cima dela, com tanta mulher no mundo foi olhar justamente pra ela?! Sua namorada é linda de boa família foi logo olhar para uma freira.

— Não vou pedir que seja gentil — Ben ignora totalmente o discurso de Karl — isso não peço por que definitivamente esse não é o seu forte mas se eu notar que você fez alguma coisa de mal a ela você vai se ver comigo.— Ben diz

— Você me trata como se eu fosse um criminoso... Como se fossemos inimigos.

Ben da uma risada abaixando - se — Não se faça de vítima papai. Esse papel não lhe fica bem. — Ben diz se posicionando e Karl o olha com raiva

— Com licença. — ele diz saindo do escritório.

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A Freira E A Fera [ Livro Completo ]Onde histórias criam vida. Descubra agora