Capítulo 21

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       O tempo passou tão rápido que até Aurora acabou se admirando quando percebeu que já fazia um mês que trabalhava cuidando de dona Márcia.

As coisas estavam ótimas na casa, Benjamim parecia estar bem com seus pais apesar deles não aprovarem seu hobby.

    Naquele manhã Aurora estava caminhando com dona Márcia pelo jardim quando viram uma mulher na entrada da casa. Como Ana e Filipa haviam ido as compras e normalmente Ben não abria a porta Aurora junto de dona Márcia caminharam até a mulher que aparentava  ter 20 anos ou um pouquinho mais, ela estava com o dedo na campainha

— Olá? — Aurora disse e ela automaticamente se vira para encara - lá. Ela era bonita e isso dava para perceber

— Oi — a loira disse sorrindo e nesse momento ouviram o barulho da porta. Era Benjamim, assim que a loira o viu envolveu seus braços em seu pescoço  e  beijou suavemente seus lábios.

Não era a mulher que Benjamim havia trazido no outro dia Aurora percebeu logo pois a do outro dia era morena e essa era loira. Muito loira.

— Por favor Ludmila... Olha a minha avó. — Ben sussurra no ouvido dela mas Aurora estava perto de mais e acabou ouvindo

— Ah, desculpa. — ela disse olhando atrás — Como vai dona Márcia?

— Bem e deixa - me acrescentar que você é uma sem vergonha. No meus tempos não era assim. —  Aurora olhou para dona Márcia com os olhos arregalados e inevitavelmente um sorriso se formou no canto de sua boca. A garota por sua vez bufou

—  Ora bem senhora, no seu tempo, esse é o meu tempo. — ela rebateu

— Devia ter vergonha. — dona Márcia insistiu

— Vovó por favor. — Ben interfere — Nós vamos estudar. — diz puxando a loira para dentro mais antes da uma olhada para Aurora que simplesmente os fitava.

— Você concorda comigo não é amor? — Dona Márcia pergunta para Aurora

— Sim claro. — ela responde sorrindo para a mulher que ainda continuava indignada.

Assim que elas iam entrar ouvem uma voz atrás delas.

— Bom dia. — era Fernanda com um sorriso nos lábios

— Você de novo querida? — dona Márcia diz olhando para Fernanda

— É. — ela diz olhando para Aurora que faz um sinal com a cabeça para que a mulher prosseguisse —... Bom eu gosto muito da senhora.

— E por que? — Márcia diz

— Se você me deixar entrar talvez eu responda a sua pergunta. — ela disee  sorrindo.

      E lá estavam elas dona Márcia, Fernanda e Aurora. Nos últimos dias dona Márcia não voltou a tocar no assunto de seu amado falecido marido.

— Como a senhora está? — Fernanda disse. Estava sendo difícil para ela chamar sua mãe de senhora ou dona.

— Bem. Agora podes me dizer por que você gosta tanto de mim? Visto que nem somos da mesma família?— ela disse olhando bem nos olhos da filha que estava lutando para não chorar

— bom... A senhora é uma pessoa muito boa e simpática por isso eu acho difícil não ama - la.— disse e Márcia por uns segundos sorriu e voltou sua atenção para Aurora que por sua vez estava emocionada com essa pequena conversa.

— Telinha eu quero descansar. Poderiam me deixar sozinha?

— Está bem dona Márcia mas antes precisa tomar os novos remédios que o doutor receitou.

— Ta, da - me logo. — diz ela com inquietação

— Calma dona Márcia. — Aurora diz tirando os remédios do lugar

— Eu estou calma só que essa jovem me lembra alguém. — Fernanda sentiu um pontinho de esperança por ouvir tal coisa.

    Assim que Aurora deu os remédios a dona Márcia ela e Fernanda saíram do quarto a deixando descansar.

   Enquanto elas caminhavam para fora de casa Fernanda perguntou como a mãe estava e Aurora por sua vez contou tudo a ela que se alegrou por ouvir que ultimamente dona Márcia tem se esquecido pouco.

— Ela nesta semana me chamou de Aurora umas duas vezes — ela diz sorrindo e Fernanda sorri de volta

— Que bom. — elas já estavam na porta principal — Obrigada por tudo Aurora. — a mulher diz abraçando Aurora

— Não precisa agradecer. É o meu trabalho. — Assim que se despediram Aurora volta pra dentro e encontra Ben e a tal Ludmila na sala

— Foi muito bom estudar com você. — ela diz passando a mão no peitoral definido dele

— OK. A gente se vê amanhã — Benjamim disse  assim que avista Aurora caminhando até a cozinha.

      Assim que Aurora abri a porta da cozinha leva a mão até a boca assim que vê Ana e o motorista se beijando. Ela sai rapidamente da cozinha toda envergonhada antes que ambos a vissem  e então da de cara com Benjamim

— O que foi? Você está vermelha? — ele diz e Aurora sem pensar duas vezes disse

— A Ana e o George por acaso são um casal? — ela pergunta por fim

— Ah. Já imagino o que você deve ter visto. Eu estou sempre a avisar para aqueles dois não namorarem na cozinha. — Ben diz

— Eles são um casal? — torna a dizer

— Sim. — Ben diz sem dar muita importância a isso

— Oh. — Aurora não consegui esconder a admiração

— Aurora hoje posso te levar a um lugar? — Aurora não diz nada simplesmente arregala os olhos

— Vamos de carro, eu quero que me conheça melhor. Também quero te conhecer mais. — ele acrescenta

— Ahm. Eu não posso Ben, eu cuido da sua avó, lembra?— ela disse — E mais não é certo.

— É pecado uma freira sair?

— Depende.

— Fica calma não vou te levar a nenhum lugar indecente. — disse e Aurora por impulso ajeitou o vel e segurou o crucifixo , mesmo usando outro uniforme ela nunca tirava o vel e o crucifixo nem preciso repetir, esse sim não podia ser tirado. Apenas no momento do banho.

— pode ser mas ainda tenho que cuidar da dona Márcia. — ela acrescenta

— Eu sei tontinha, vamos quando ela estiver dormindo e mais vou pedir para a Filipa ficar de olho nela,  prometo que não vamos demorar nada. — ele diz fazendo seus olhos de cachorro abandonado

— Ben isso é jogo baixo, você sabe que eu não resisto a esses olhos — ela confessa e Ben se surpreende a tal revelação. Aquilo era inédito para ele. Aurora não resistia a seus olhos.

— Bom já que não resiste eu vou usa - los sempre. — Ben diz e Aurora da uma gargalhada, Ben amava aquele som. — É um sim?

— É um sim. — ela diz por fim.

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A Freira E A Fera [ Livro Completo ]Onde histórias criam vida. Descubra agora