Capítulo 47

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       Era domingo de manhã. Aurora já tinha ido ao convento e Benjamim estava pronto para ir treinar pois o campeonato mundial em Miami era daqui a poucas semanas ,  e ele sentia que poderia ganhar esse prêmio.

— Benjamim. — Karl chama assim que ele ousara querer abrir a porta — Podemos conversar? — ele diz assim que Benjamim se vira

— Vou treinar. — ele diz tirando as chaves da moto no bolso

— Bom eu não quero te incomodar... Pode ir. — Benjamim tenta parecer indiferente com as palavras do pai e por pouco ele se virava e ia embora mas decidiu não fazer essa escolha

— Tudo bem podemos conversar — Benjamim diz por fim

— Vamos para o escritório — ele diz começando a caminhar e Benjamim o segui

     — Então. — Benjamim diz sem se sentar e Karl decide também ficar em pé

— Bom... Eu queria falar sobre o facto de eu ter mostrado frieza a enfermeira nos últimos dias.

— Então você admite? — Ben disse  entre dentes

— Sim. — Ben fuzilava o pai com os olhos — Mas foi pra te proteger.

— Me proteger? — Ben ri de uma maneira sarcástica — você me proteger, de que?

— É que eu vi alguns olhares trocados entre você e a enfermeira e então pensei que talvez você estivesse interessado nela... E como eu sei que isso não seria possível eu comecei a trata - la mal e deixar claro que você estava com a Ludmila — faz uma pausa curta —  mas acabei percebendo que estava errado, seria impossível você e a enfermeira estarem apaixonados.

— O nome dela é Aurora. A U R O R A, para de chama - la de enfermeira e outra eu não estou mais com a Ludmila.

— O que? Mas ela é uma moça tão gentil e ainda de boa família, como foi perde - la? Isso seria bom para os negócios.

— Negócios... Negócios... Negócios, são sempre os seus negócios, eu não gostava dela tanto assim e pai devo lhe informar que você errou ao pensar que estava errado quanto a mim e a Aurora.— Karl arregala os olhos — Nós nos amamos sim e estamos juntos.

— O que? Você não tem consciência que isso não está certo? — ele diz alterado — ela é uma FREIRA.

— Não mais.

— Benjamim isso é errado.

— Errado? Como você têm moral de falar a mim o que esta errado ou certo? Você que traiu a minha mãe. — Karl parecia estar chocado — eu tinha 7 anos e vi você no carro, na entrada da nossa casa com aquela ex vizinha senhor Karl, eu VI sua maldita traição a minha mãe.

— Benjamim... Eu... Bom, naquela época sua mãe e eu não estávamos muito bem, Amanda viajava de mais e eu... Bom mas depois eu confessei meu erro a ela, eu pedi perdão. — ele diz um tanto ofegante

— Não é desculpa Karl. Você vive apontando os meus erros e esquece dos seus.

— Benjamim se eu sou duro com você é porque eu aprendi com o meu pai que ser duro é a melhor forma de educar os filhos. Meu pai nunca foi meu amigo e eu tive uma educação de ouro.

— Você nunca sentiu a falta de seu pai? — Ben pergunta e Karl fica mudo como se estivesse lembrando de algo. — Tchau. — Benjamim diz sem vontade e sai do escritório sem que Karl conseguisse dizer nada

           — Você foi incrível Benjamim. — Sirúh disse assim que Benjamim se aproxima a pois 5 voltas pelo terreno.

— Que bom. — Benjamim disse simplesmente — Tenho que te contar algo que aconteceu há poucos dias.

A Freira E A Fera [ Livro Completo ]Onde histórias criam vida. Descubra agora