As palavras de Aurora atingiram Benjamim em cheio. Tanto que ele teve que ir dar um fim em sua festa.
Primeiro pediu que o DJ tirasse a música e depois mandou as pessoas embora.
— Pessoal acabou. Minha família precisa descansar. — ele disse e algumas pessoas começam a vaiar e outros simplesmente saem sem dizer nada, demorou algum tempo até todo mundo terminar de recolher seus pertences e ir embora.
Já só restava Sirúh e Ludmila no local tirando Benjamim
— A culpa é daquela freira idiota.— Ludmila disse mais ninguém comenta a respeito — Se ela não tivesse... — ela ameaçava continuar
— Já deu Ludmila. — Ben diz
— Você vai precisar de ajuda para organizar tudo isso. — Sirúh gesticula após uns longos segundos em silêncio.
— Não, amanhã cedo eu ligo para a empresa de limpeza, Filipa não está e Ana não vai dar conta sozinha. — Benjamim disse
— Tem certeza? Você acorda tarde cara? — Sirúh diz e Ben da uma risada rápida. Sirúh sabia que o amigo não estava muito legal mas só não sabia qual era o motivo.
— Eu dou conta. — Benjamim diz — Sirúh você poderia levar a Ludmila pra casa?
— Claro. — Sirúh diz
— OK, então nos vemos amanhã. — ele diz ao ver as horas em seu relógio de pulso
— Boa noite amor. — Ludmila beija e abraça Benjamim e junto com o Sirúh saem do local.
Benjamim senta - se no chão e fica observando o local com cheiro de álcool e cigarro as latas no chão acabam provando que esse vazio aí dentro não podia ser preenchido com festas e prazeres pequenos.
Ele odiava a distância entre os dois, odiava ouvir sua voz de longe odiava não tê - la aqui, odiava respirar sem ela.
Por mais que eles se vissem todos os dias isso não mudava muito. Não mudava nada. Porque eles não se falavam e a distância a cada dia só aumentava.
— Nossa que confusão. — a princípio Benjamim achou que estava sonhando. Que era simplesmente uma projeção perfeita que sua cabeça estava fazendo da voz dela mas logo depois ergueu os olhos para cima e a encontrou e rapidamente se levantou sem dizer nada
— Isso não está certo. — Ben diz do nada e Aurora arregala os olhos
— É, essa confusão toda. — Aurora diz olhando para os lados — Eu vim saber se você por acaso está precisando de ajuda.
— Não é isso. — ele gesticula — É a gente. Essa distância. Eu não suporto mais. — ele se controla pra não gritar — Você gosta disso?
— Não Benjamim mas acho melhor assim. — ela diz simplesmente sem desviar os olhos dele
— Eu odeio essa distância. — ele olha para um canto qualquer e depois volta a olhar para ela — OK. Vamos ser amigos... Como antes.
Aurora sorri ao pensar na ideia de Benjamim. Ela sabia que poderia ser perigoso mas no entanto não era assim tão mal. Até porque Benjamim estava namorando a Ludmila.
— OK mas com uma condição. — ela diz — Não me olhe assim.
— Assim como? — Ben pergunta olhando com intensidade no fundo de seus olhos
— Assim desse jeito. Com intensidade, mistério eu amo seus olhos e por isso não faça mais isso — ela diz sem pensar e depois se arrepende por tê- lo dito. Benjamim ri de uma maneira descontraída jogando a cabeça pra trás
— OK. Eu também tenho minhas regras. — ele diz e Aurora assente — Não ria. — ele diz e Aurora da uma gargalhada
— O que? Como?
— Sim, isso mesmo não ria assim desse jeito o barulho fofo da tua risada me irrita, sério eu odeio sua risada. — Benjamim sorri e Aurora faz o mesmo
— Também não sorria.— ele diz
— Serio Benjamim? — Aurora continuava sorrindo
— Muito serio senhorita. Eu odeio essas covinhas nossa acho que você nasceu com má formação no rosto. — ele diz e Aurora sorri tapando o rosto.
— OK. — ela diz
— Então amigos? — Ben estende a mão pra ela olhando bem no fundo de seus olhos
— Amigos. — Aurora aperta a mão que lhe fora oferecida — Mas você esta quebrando as regras Benjamim. — Aurora diz sorrindo se referindo aos olhos de Benjamim nos seus
— Pois, então estamos quites.
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A Freira E A Fera [ Livro Completo ]
Roman d'amourVocê foi a melhor coisa que me aconteceu, e ninguém, jamais, vai roubar tudo que vivemos. Do seu, Ben!