Era tarde de domingo e Ludmila acabou chamando Benjamim para ficar com ela em casa. Seus pais e irmão haviam ido para a festa de aniversário de uma avó dela e Benjamim claro topou.— Porque você não foi para a festa? — Benjamim disse andando pelo quarto dela
— Acho esse tipo de festa chata de mais. — Benjamim sorri imaginando o quanto Ludmila se parecia com ele em alguns aspectos. — Anda.— ela bate na cama o impulsionando a sentar e ele faz isso
— Quer tomar qualquer coisa? A gente tem suco de laranja. — ela diz e Benjamim a interrompe com um beijo inesperado — Bom... Então deixamos o suco pra lá.— ela diz entre os beijos
— Aurora. — Benjamim sussurra no intervalo de um dos beijos
— O que você disse? — Ludmila que estava na cama levanta bruscamente — Você voltou a fazer o mesmo. — disse cruzando os braços na frente do corpo
— O que foi dessa vez? — Ben também levanta para olha - la
— você voltou a me chamar pelo nome dela. Aurora. — disse com raiva então Benjamim tentou toca - la mas ela se afastou enfurecida
— Eu não sei, Ludmila você deve estar ouvindo vozes.
— Agora eu sou a paranóica? — ela grita — você confunde meu nome com o dela e eu sou a paranóica? Benjamim eu me chamo Ludmila, L U D M I L A — ela soletra — Ludmila não têm nada haver com esse nome idiota... Coloque isso na sua cabeça.
Benjamim sente seu celular vibrar então o tira do bolso e por um tempo fica com os olhos vidrados no celular.
— Me da isso. — Ludmila puxa o celular da mão de Benjamim e fica chocada ao se deparar com aquela mensagem
Ben desculpa te incomodar mas eu estou precisando muito de você... Se você poder, só se puder estou te esperando no local onde a gente estava sentado naquele dia na feira até as 18h. Aurora.
P. S. Princesa
17h21min— Ludmila me devolve. — Benjamim diz e ela quase joga o celular na cara dele mas Benjamim segura a tempo e o enfia no bolso
— Depois diz que não têm nada. Que são os melhores amigos — ela diz andando pelo quarto fazendo gestos
— Não é o que você esta pensando. — ele diz — a Aurora não é assim.
— Benjamim eu estou cansada. Se você sair por essa porta acabou, me esquece.
— Não faça isso linda. — Ben diz
— A escolha é sua. — ela diz engolindo a vontade de chorar. — Se você sair significa que você esta escolhendo ela ao invés de mim. — diz limpando as lágrimas teimosas
— Não faça isso linda. Ela é minha amiga eu não posso deixa - lá depois de ter lido essa mensagem.
— Está fazendo a sua escolha?
— Não faça isso Ludmila.
— Você esta me provando que ela é mais importante do que eu, sai daqui me esquece, Benjamim.
— Você tem certeza? — Ben diz — Porque se sim, eu não volto nunca mais pra você.
— Vai pra o inferno Benjamim. — ela grita passando por ele e em seguida abre a porta — Vai pra droga do inferno, você sempre preferiu ela... Sempre até o nome dela é melhor que o meu pra você. Então pra que insistir? Pra que Benjamim?
— Eu estava me esforçando e quero me esforçar mas você também não está ajudando muito. Eu não obriguei você a ficar comigo. Desde o princípio eu fui sincero com você quando disse que estava apaixonado por outra pessoa mas ainda assim você aceitou tentar.
— Não da mais Benjamim e quer saber você vai se arrepender por me trocar por ela, já esta mais que claro você esta apaixonado pela sua melhor amiga freira e só não vê quem não quer.
Benjamim por um tempo fica sem palavras
— Eu sinto muito. — disse simplesmente
— E eu digo que vai se ferrar Benjamim. Vai se ferrar pra bem longe de mim. Espero que você sofra muito. — ela diz com raiva e Benjamim começa a caminhar lentamente até sair do quarto e então se vira para Ludmila
— vai, sua vadia freira está te esperando.
— Cala sua boca ou melhor pense em quem você é antes de falar da Aurora.
Ludmila olha amargurada para Ben e antes que ele dissesse mais alguma coisa ela atira a porta com todas as suas forças.
Benjamim estava conduzindo em alta velocidade. Ele imaginou que Aurora estivesse falando da calçada onde eles estavam sentados vendo os carros e as pessoas passarem.
Assim que ele chegou no local percebeu que Aurora não estava mais lá. Ele constatou as horas e percebeu que eram 18h06min
Suspirando pesadamente lembrou - se de ligar pra ela mas Aurora não atendeu, ele ligou 5 vezes e ela não respondeu.
Na última tentativa Benjamim ouviu alguns barulhos fortes. Pareciam tiros mas eram fogos de artifício um sorriso se formou em seus lábios ao pensar que possivelmente Aurora estivesse vendo o fogo de artificio. Até porque Aurora era apaixonada por pequenas coisas e com certeza ver fogos de artifício era sua cara.
Ben correu até um lado da feira mais calmo e sem muitas barracas pois lá com certeza dava para ver melhor o fogo de artifício. Assim que ele chegou avistou uma garota com longos fios castanhos, que usava seu hábito perfeitamente arrumado, ela só não usava o vel e também tinha uma pasta de lado, e naquele momento um sorriso se formou em seus lábios.
— Será que você poderia perdoar seu amiguinho por ter chegado um pouquinho tarde? — Ben diz e Aurora automaticamente sorri.
— Eu perdôo ele só se me abraçar. Eu estou precisando muito. — naquele mesmo momento Ben abriu os braços a impulsionando a abraça - lo e assim foi. E mais fogos de artifício foram lançados.
________❤
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Freira E A Fera [ Livro Completo ]
RomanceVocê foi a melhor coisa que me aconteceu, e ninguém, jamais, vai roubar tudo que vivemos. Do seu, Ben!