Seis

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(P.O.V Jughead)

Eu estava dormindo até que senti alguma coisa se mexendo embaixo de mim.

Abri meus olhos e vi Betty deitada ao meu lado com as mãos meio que me abraçando, ainda dormindo. Eu estava de bruscos, com a minha cabeça deitada em seu peito e com o braço direito em sua cintura.

Ainda não estava de manhã, com certeza não, estava bem escuro lá fora devia ser umas quatro da manhã.

Tento sair de cima de Elizabeth, mas ela só me aperta mais então eu desisto de me mexer. Tava quentinho e bom ali, eu é que não não vou me desfazer desse conforto maravilhoso, e dessa mulher me abraçando como se eu fosse a coisa mais preciosa desse mundo.

(...)

Acordei com a luz do sol batendo nos meus olhos. Demoro um pouco parar abrir os olhos por conta da claridade e vejo que estou no mesmo lugar e na mesma posição, deitado em Betty, mas dessa vez não estava mais me abraçando,  tinha alguma coisa errada com ela.

Eu estava sentindo ela como se estivesse soluçando, e então senti alguma coisa molada caindo em meu cabelo, provavelmente estava chorando e eu não sabia o por que é nem o que fazer.

Me virei devagar até conseguir olhar para a mesma, e betty estava  com os olhos fechados e com o nariz e vermelho.

-você tá bem?  —pergunto tentando manter a calma e ainda deitado nela.

-volta a dormir!  —ela abre os olhos e força um sorriso, me encara tentando segurar as lágrimas que insistiam em cair.

-o que aconteceu pra você estar tão mal assim?  —me sento em suas pernas para ficarmos cara a cara, e enxugo seus olhos com os polegares.

-eu to bem!  —ela diz com um tom de voz mais triste que eu já vi na vida.

-não é hora de fingir estar bem Betty! Me diz o que aconteceu?  —eu estava começando a ficar preocupado, não parava de sair lágrimas de seus olhos mesmo ela tentando se conter.

-meu pai ligou...  —ela tentou respirar fundo mas sua respiração estava sendo interrompida pelos soluços. -bebado, e disse de novo que eu sou o motivo de ele querer se matar todo santo dia, pelo fato de eu ter nascido, e que ele só não faz porque ama a Polly. Eu não aguento mais isso Jughead, eu não aguento mais ele me ligando do nada e dizendo isso pra mim!  —ele ainda lutava contra as lágrimas que exigiam sair de seus olhos.

-eu já te falei pra desligar na cara do Hal quando ele te ligar Elizabeth, que merda. Por que você não me escuta? 

Eu conheço Betty desde que tínhamos dez anos, e desde o quarto ano e gente é meio que "amigo", meio, bem meio, a gente se implica e se odeia um pouco. Mas quando um de nós precisa de ajuda, nós nos ajudamos. E esse é um caso que eu ajudo Betty a muito tempo. Só eu sei sobre o pai dela, então só eu posso ajudá-la.

-porque ele é meu pai Jughead, eu querendo ou não, ele é meu pai. E eu tenho que atender quando ele me ligar, vai que aconteceu alguma coisa com a minha mãe ou com a Polly e ele está me ligando para a visar? Eu não sei, porque eu atendo ele tá!?  —ela disse todas aquelas palavras o mais rápido que conseguiu, quase cuspindo elas.

O Hal sempre foi um babaca com a ela é nunca quis que a Alice a tivesse, mas a cada ano que passa ele liga mais pra ela e fala as mesmas merdas até a fazer chorar e ficar num estado deplorável.
A betty nunca fez nada pra ele, mas ele sempre faz isso com ela. Hal não tem um motivo concreto, pra falar a verdade, ele não tem motivo nenhum. Literalmente nenhum, mas ele continua azucrinado ela, e a chateando sempre.

Ela se senta na cama com a cabeça encostada da cabeceira e desaba.

Eu chego mais pra perto dela ainda sentado em suas pernas.

-vem aqui!  —abro os braços e ela encosta o rosto em meu peito, fechando os braços em minha cintura, eu abraço betty e a aperto contra meu peito, e a mesma solta o ar pesado, relaxando os ombros e chorando.  -vai ficar tudo bem. Tá!  —beijo sua cabeça, e continuamos ali até ela parar de chorar.

(...)

-você precisa tomar um banho Elizabeth!  —reclamo enquanto ela se levanta da cama e vai pegar uma roupa.

-não preciso não! Você precisa! Já sentiu o cheiro do seu sovaco? Tá horrível.  —ela joga sua roupa que havia separado em mim e se vira para pegar seu short.

-é o que? Eu não to fedendo.  —ela me olha com desprezo.

-se cheira então nojentinho. —eu levando meu braço e sinto o cheiro embaixo do meu braço. Faço uma careta, porque estava realmente horrível, e ela ri da minha careta.

-tá! Talvez eu esteja fedendo um pouco.  —me levanto e vou até meu closet para pegar uma roupa. -você não quer colocar suas roupas na parte vazia do meu closet não?

-não! Eu vou embora daqui a pouco, eles não podem demorar mais de uma semana para tirar os insetos né? 

-eu não duvidaria se eles demorassem quase um mês pra tirar os bichos de lá.  —digo ainda de rei do meu closet.

-O QUE? UM MÊS? VICE ACHA QUE ELES VÃO DEMORAR ISSO TUDO?  —ela aparece na porta do closet com cara de assustada

-eu não duvidaria.  —digo e rio da sua expressão.

-whatever. Vai tomar banho que eu quero tomar também!

-já to indo senhora limpinha, já to indo.  —digo debochando de sua cara.

-você sentiu seu cheiro. Tá horrível.  —ela me fita e sai, se sentando em minha cama.

-ok. Já deu de me esculachar por conta do meu cheiro. Já to indo tomar banho.  —saio do closet e vou de encontro ao meu banheiro para tomar meu banho. Eu estou realmente fedendo!

É o que? História da Bughead [ACABADA] (em manutenção)Onde histórias criam vida. Descubra agora