Vinte e um

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Eu estava no carro com jughead chegando na faculdade quando me lembrei de uma coisa.

-JUGHEAD...  —eu grito sem tirar os olhos da rua. -É ANIVERSÁRIO DO ARCHIE!

-puta que pariu, eu esqueci totalmente.  —ele joga a cabeça no encosto do banco soltando um bando de palavrões.

-será que a Veronica organizou alguma coisa?  —do nada meu telefone toca e a música que estava tocando através do Bluetooth do carro para. -atende pra mim Jughead? Eu estou estacionando.

Ele aperta o botão verde e a voz de Veronica ressoa pelo ambiente.

(Telefone on)

-hey peoples.  —ela diz animada.

-virou bilíngue agora é?  —jughead provoca.

-é o que? Não! Quem me dera.

-Vee você planejou alguma coisa pro Archie hoje?  —perguntei acabando de estacionar.

-é meio óbvio que sim. E é exatamente por isso que estou ligando...

-diga.

-cala a boca Jughead, deixa eu acabar de falar.  —ela bufa.  -nós vamos fazer uma festa surpresa pra ele. Vai estar o time de futebol americano todo, as vixens vão estar lá. Por mais que estejamos meio que de "hiatos" eu convidei elas.

-então nós vamos estar lá!?  — minha voz falava com a dúvida que se instalava em mim. Em caro Jughead, e ele faz que sim com a cabeça.

-tá bom. Vejo vocês na casa dos meninos as sete.  —estava indo desligar quando ela me interrompe.  -eu quero ver vocês dois chegando juntos!  —ela desliga rápido o telefone.

(Telefone off)

-você quer ir comigo a festa do Andrews senhorita Cooper.  —disse engrossando a voz e me fazendo rir.

-eu adoraria senhor Jones.  —tiro a chave do painel, e peço para que jughead pegasse meu telefone e colocasse em minha bolsa.

Saio do carro e me alinho ao seu lado.

-já pode me dar minha bolsa.  —eu a pego de seu ombro.

-ta. Te vejo as duas pra irmos a sua casa?  —perguntou enquanto estávamos chegando na porta da faculdade.

-claro! Você vai comigo?

-aham.  —ele da um beijo em minha testa e eu dou um abraço nele.

-te amo. —eu sussurro tão baixo que ele não escuta direito.

-que?  —pergunta confuso por não ter entendido.

-tchau baby. Te vejo depois.  —saio do abraço, e vou andando até a sala de culinária.

Me sento no fundo desde o começo da semana, e continuo lá junto à Kevin. Ele é maravilhoso, muito engraçado, um gato, e gay, graças a Deus.

-bom dia mon cher. —ele me cumprimentou com um sorriso em seus lábios.

-Kevin já disse que quando você fala em francês eu não entendo!  —ele tem essa mania chata pra caralho, e eu nunca entendo o que ele diz.

-você precisa aprender. Como vai se comunicar com as pessoas quando estiver lá?  —eu tinha o sonho de ir um dia a Paris no inverno. Eu queria ver neve, e queria que fosse em Paris, lá é sempre lindo.

-eu falo em inglês mesmo ué.  —óbvio.

-ingênua.  —ele solta uma risada.

-por que?

-eles odeiam falar em inglês. Tão pouco se fudendo se tu fala inglês ou não.  —ele vira pra frente e se ajeita na cadeira.

-você vai na festa do Archie?  —falo baixo enquanto a professora se organizava.

-claro. Eu não perco uma festa Elizabeth.  —diz como se estivesse na cara isso.

(...)

Saio da sala sabendo fazer ratatouille. Vou para o estacionamento esperar jughead.

Entrei no carro e fiquei no banco do motorista ouvindo música e cantando, quando alguém bateu na janela do carro e apareceu o rosto de Jughead com um sorrisinho, enquanto me observava.

Destravo a porta e ele se senta soltando o ar pesado.

-tá tudo bem com você?  —coloco minha mão em sua perna e ele me olha

-sim, claro. Só um dia chato e complicado.  —ele ta querendo mentir pra mentiroso, mas vou deixar pra lá né. Não é da minha conta!

-ah sim, entendo. To pensando em fazer curso de francês.  —digo tirando minha mão dele.

-é o que? Por que? —ele com certeza está confuso.

-porque como você sabe eu tenho o sonho de ir pra lá. E Kevin disse...

-quem é Kevin? —ele pergunta com ciúmes.

-meu amigo

-aham sei. —ele se vira e olha para fora do carro.

-você tá com ciúme? —digo deixando escapar um sorrisinho.

-claro que não! Você é amiga de quem você quiser. —ele estava começando a ficar "com raiva".

Ponho minha mão direita em seu rosto fazendo ele me olha. -não precisa ficar com ciúmes. Ele é meu amigo.

Ele fica me olhando. -tá bom, eu já entendi. —eu faço carinho com meu polegar em sua bochecha e ele parece se acalmar.

-Jug, ele é gay! —parecia que um peso tinha saído de suas coisas.

Ele veio em minha direção e me beijou. Um beijo desesperado e necessário. Eu retribuo, e quando vejo estava sentada em seu colo enquanto ele segurava minha nuca. Ainda bem que o carro estava parado de frente pra parede.

-não, para... —eu tento sair do beijo mas ele não deixa, e eu não quero. -Jughead sério... —eu lhe dou tres selinho e seguro se rosto com as mãos. -a gente não pode fazer isso aqui tá?

-por que não? Ninguém vai ver a gente. —ele beijo meu pescoço e eu solto um gemido baixinho.

-olha só. Eu quero muito, mas não da pra fazer isso aqui. Alguém vai chegar e ver a gente.

-mas e em casa? —ele para de me beijar e olha nos meus olhos.

-pode ser. —ele me beija de novo, me levanta de seu colo e me coloca no banco do motorista.

-calma aí. —eu parei de girar a chave. -o que a gente é?

É o que? História da Bughead [ACABADA] (em manutenção)Onde histórias criam vida. Descubra agora