Dezoito

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Acordei lá pras oito, já que eu tinha aula. E não tinha mais meu Jughead em lugar nenhum, nem um bilhetinho, nada.

Ele podia estar no banheiro certo? Não. Ele não estava lá. Podia ter descido? Não. Ele também não estava lá. Ele foi embora, e não disse nada. Pelo menos não pra mim.

Tomo meu banho pra ver se tiro aquela sensação de abandono de mim. Visto uma calça jeans e um moletom preto do the neighborhood, coloco meu tênis da converse branco e faço um rabo de cavalo baixo.

Desço as escadas e encontro Veronica na cozinha.

-onde ele tá? —pergunto me aproximando dela.

-quem?

-o Jughead. —meio óbvio não?

-não sei amiga, por que?

-ele não disse nada, e acho que foi embora. —digo já cabisbaixa.

-para betty. Você não vai passar por essa merda de novo!

-Veronica ele não quer mais falar comigo, ele não quer mais olhar na minha cara. Ele acha que tem culpa de alguma coisa que aconteceu ontem Veronica! Mas ele não tem e eu já disse isso pra ele.

-então ele vai voltar. -atabom, vai sim.

-não vai não Vee. Ele vai se distanciar e me ignorar, e vai me fazer esquecer ele. Mas todo mundo aqui sabe que é impossível. —me jogo no banco da mesa e começo a chorar com a mão nos olhos. Porque eu sabia que aquilo ia acontecer, sempre acontece, eu sempre fico doente de novo.

-Betty não... —ela me abraça por trás. -ele vai voltar!

-como você pode ter tanta certeza? Você sabe que ele não volta!

-ele vai tá! Só dá um tempo pra ele, ele precisa raciocinar.

-tem razão. Ele deve voltar certo?

-claro!

-ta. Tem como você pegar pra mim aquela maçã? —eu aponto pro cesto de fruta. -por favor?

-ta. —ela faz cara de derrota e eu do um sorriso.

-muito obrigada. —ela me entrega a maçã. -tenho que ir pra faculdade. Você quer is comigo?

-ah não, eu to esperando o Archie.

-ah então tá. Tchau meu amor. —levanto e dou um beijo em sua bochecha.

Saio de casa e vejo meu carro na frente de casa e me vem na cabeça a memória das coisas que aconteceram ontem. Olho para meus pulsos e vejo os dois roxos quase azuis.

Graças a Deus eu não fico de ressaca nem por um cacete, e eu só agradeço por isso. Falando em dor, lembro de que eu vou ficar menstruada essa semana, provavelmente na quinta.

Entro no carro e dirijo até a faculdade pensando no que iria acontecer na minha vida se Jughead sumisse do nada de novo. Ele sempre foi meu gatilho e acho que sempre vai ser.

Me julgando e me analisando de cima a baixo, meninas e meninos me encaravam. Saio do carro e bato a porta com força, e meu pulso doí por conta da forte que depositei pra fechar a porta.

Reviro os olhos que estavam cheios de raiva. As notícias nessa merda de lugar voam, então eu não esperava menos que isso.

Entro na sala e me sento na frente já que essa emenda de lugar fica aí pela semana toda. TO FUDIDA. Geral vai ficar me olhando enquanto eu ficar sentada aqui.

A cada pessoa que passava pela porta me julgava apenas com um olhar. Eu não sabia o por que mas eu também não sei se quero saber o motivo.

(...)

Depois de não prestar atenção em nada dessa aula. Sei nem o que ela ensinou. Não falei com ninguém, muito, até com Toni que me deu bom dia e eu não queria responder.

Saio da sala e vou de encontro com meu carro, não vejo Jughead pelo estacionamento. Para falar a verdade eu não vi ele em lugar nenhum. Nem Veronica.

(...)

Vou para casa e me jogo na cama. Tento ligar para Jughead mas ele não me atende. Mando mensagem e nenhuma resposta. Eu vou ficar maluca daqui a pouco.


Sinto muito pelo capítulo pequeno, mas eu preciso arrumar mala.
Só pra avisar que amanhã não vai ter capítulo.

É o que? História da Bughead [ACABADA] (em manutenção)Onde histórias criam vida. Descubra agora