Quinze

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(Jughead on)

Eu estava no banheiro do lado de um quarto que tinha na parte de cima da casa da Cheryl e achei ter ouvido alguém gritando meu nome. Mas ai parou então achei que estava ouvindo coisas.

Mas quando eu estava lavando as mãos ouvi alguém gritar socorro, e esse alguém parecia uma mulher.

Said o banheiro e fui a porta do quarto que tinha ouvido os gritos, quando me aproximei ouvi um barulho que parecia um tapa, eu não sabia o que estava acontecendo, mas parecia que tinha alguém agredindo outro alguém.

Bato na porta e logo os barulhão param. Ninguém responde. Bato de novo e nada, estava quase saído de lá quando escuto alguém.

-SOCORRO. —eu conhecia aquela voz mas não sabia de quem era.

-cala a boca caralho! —eu ouvi sweet pea do outro lado.

Então eu liguei os pontos. Sweet Pea sempre abusava das meninas da faculdade, principalmente quando estavam bebadas. E quem estava bebada, e eu conhecia a voz? Isso mesmo a Betty, eu não sei o que ele tá fazendo com ela lá dentro mas eu não vou deixar nada acontecer.

-APRE A PORTA SWEET PEA. —eu grito ao meio da barulheira e da música alta. Bato forte na porta mas ninguém abre. Tento abrir mas stabs trancada.

-tá tudo bem Jughead m, ela tá aqui porque quer né Betty?

-Betty você tá bem? —eu estava me sentindo culpado. Ela me avisou que qualquer coisa que ela fizesse seria culpa minha, e isso tava pensado na consciência. Ela falou que estava ficando bebada porque eu não fui lá tirar o pai dela da casa, porque eu fui babaca com ela. Mas porra, ela podia ter ficado em casa chorando e comendo sorvete, mas ela resolveu se afogar na bebida. E ela faz isso sempre que está com raiva de alguém.

-me solta caralho. —escuto ela se debatendo, e Sweet Pea batendo nela. -ALGUÉM ME AJUDA.

Empurro a Port com toda a minha força e ela estava quase quebrando. Empurro de novo e ela vai ao chão.

Vejo betty só de calcinha e blusa, chorando tanto que chegava a soluçar. Sweet Pea estava em cima dela se esfregando nela, enquanto ela se debatia. Aquilo fez eu me arrepiar todo, e a culpa bateu em mim tão forte que cheguei a cabalear pra trás, sentindo um nó na garganta e meu estômago revirar.

-sai de cima dela Sweet Pea. —eu o pico pela camisa, e graças a Deus ele estava todo vestido ainda. Betty se encolheu num canto da cama e colocou seu short jeans o mais rápido possível.

Dei um soco no rosto dele e ele tenta dar um no meu mas eu me esquivo e dou outro nele.

Ele me dá um soco na barriga e eu chuto se saco tão forte que ele cai no chão se contorcendo. Eu sei que é golpe baixo de mais mas eu to pouco me fudendo pra isso, ele tentou estuprar a Betty.

O fato de eu ser culpado por ela se embebedar e Sweet Pea conseguir fazer isso com ela, me atinge como um soco no estômago.

Me aproximo da cama, e ela estava todo encolhida num canto chorando e soluçando.

Tava cheio de gente olhando para o Sweet Pea que estava se contorcendo no chão.

-betty... —eu suspirei fundo e senti minha garganta apertar tanto que eu não conseguia falar.

-me tira daqui, porfavor. —aquela cena tava me partindo o coração, ela estava chorando tanto, e por minha causa. Aquela merda não fazia sentido, ela não merecia aquilo nem por um cacete.

-vem. —eu seguro sua mão e ela estava tremendo. Tanto de fazer força para se soltar dele, quanto de medo.

Betty cambaleia quando levanta mas eu a seguro. Ela parecia tão frágil que dava medo de encostar, soluçava tanto que achei que iria ficar sem ar, estava com o rosto vermelho, e os pulsos também.

Aquela casa estava cheia de gente curiosa que perguntava a cada passo que dávamos, o que tinha acontecido. Eu estava ficando de saco cheio, então a levei para o meu carro.

Eu a coloquei no banco do carro com o maior cuidado possível, e sentiu no banco do motorista. Eu não sabia o que falar, eu sabia que era culpa minha, eu sabia que se eu tivesse ido isso não teria acontecido. Ela ficou olhando pra frente, sem falar nada, só tremendo e chorando em silêncio. O carro não estava andando então não tinha desculpa, ela tava so pensando, e eu sabia que tava repassando tudo na sua cabeça, mas eu não podia deixar que ela ficasse pensando nisso o tempo todo. Ela ia piorar se continuasse pensando nisso.

Saio do carro, já que não tinha para onde eu ir, abro a porta do lado dela e ela sai do transe que estava. Não sabia pra onde eu ia levar ela, mas ela se segurou em mim.

-onde tá seu carro? —ela aponta pra frente e eu a pego no colo, a colocando no meu ombro.

-onde eu to indo? —ela diz nervosa, com a voz tão baixa que quase não conseguia ouvir.

-pra casa betty. Eu to te levando pra casa. —eu acho que minha voz tava mais carregada que a dela naquele momento. Ela balança a cabeça em afirmação e agarra minha cintura.

Eu nunca vou me perdoar. Ele podia ter estuprado ela, e seria culpa minha. Se ela batesse o carro enquanto ia pra casa bebada, seria culpa minha. Se ela tivesse bebido tanto ao ponto de entrar em coma alcoólico, ia ser culpa minha. Eu realmente não queria ver a pessoa que eu mais amo nessa vida se dando tão mal assim, ela não merece, nunca mereceu, e eu não vou deixar isso acontecer nunca mais com ela.

É o que? História da Bughead [ACABADA] (em manutenção)Onde histórias criam vida. Descubra agora