Emilly 48

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Acordei me sentindo mal parecendo que um caminhão havia passado por cima de mim. Fui me arrastando para o banheiro, tomei um banho rápido e voltei para o quarto. Coloquei uma saia, lápis cinza e uma blusa preta de alça, amarrei meu cabelo em um rabo alto e fiz uma maquiagem, mas elaborada já que chorei demais ontem. Peguei minha bolsa e meu celular. Coloquei minha bolsa no sofá e fui para cozinha onde meu pai já tava tomando seu café.
- bom dia meu anjo dormiu bem.
- bom dia pai. Dormi sim. Falei pegando uma torrada e colocando café na xícara.
- quer carona.
- não precisa pai irei de táxi.
- mas posso te deixar lá meu anjo.
- não precisa, pai fica na contramão para o senhor.
- então já tô indo. Aqui. Sua chave. Falou me dando a chave do apartamento.
- obrigada pai. Ele deu um beijo em minha testa e saiu. Terminei de tomar café peguei minha bolsa e sair de casa encontrando o vizinho do meu pai.
- bom dia. Falou com um sorriso
- bom dia. Forcei um sorriso
Chamei um táxi que demorou quinze minutos para chegar mas vinte minutos para me deixar em frente a empresa. Fui direto para o meu lugar. Coloquei a bolsa embaixo do balcão e liguei o computador.
- bom dia Emy.
- bom dia Deise.
- seu marido mandou você ir à sala dele quando chegasse.
- o que o senhor Albuquerque que comigo. Falei formal
- ele e seu marido. E...
- não Deise na empresa ele e apenas meu chefe e nada mais. Falei séria. - vou ver o que ele quer.
Sai do elevador e fui até a mesa da (biscate).
- senhor Albuquerque mandou me chamar. Falei seca
- só um momento. Ela falou com um sorriso debochado. Só virei os olhos. Ela entrou na sala dele e saiu com a cara fechada. - pode entrar. Respirei fundo quando cheguei em frente a porta, e entrei.
- o senhor queria falar comigo. Falei formalmente.
- onde você tava. Falou soltando fogo pelo nariz.
- você dentro desta empresa e apenas meu chefe e não devo satisfação da minha vida pessoal.
- Emilly, Emilly. Não brinque comigo. Agora diga logo onde você tava. Antes que eu perca o resto da minha paciência. Falou gritando, dei um pulo pelo susto.
- se o senhor vai perder a paciência, problema e seu. Agora se você não tiver nada sobre o trabalho para tratar comigo então com licença. Falei virando para sair.
- não brinque comigo caralho. Falou me puxando pelo braço.
- me solta está me machucando. Falei deixando as lágrimas caírem.
- onde você tava Emilly. Falou soltando meu braço.
- na casa de meu pai. Falei baixo
- quero que volte para casa na hora do almoço.
- não vou voltar. Falei alto
- como.
- não irei voltar para sua casa.
- você não pode fazer isso, ou esqueceu do contrato. Falou trincado os dentes.
- posso sim. Falei com raiva, mas suspirei. - vou ficar um tempo na casa do meu pai, preciso desse tempo longe de você e da sua traição, só tenho dezessete anos e muito coisa para mim.
- te darei seu tempo, mas nem pense em se envolver com ninguém.
- eu já disse que não sou suas putas. Falei gritando. - e se eu quiser, posso me envolver com quem eu quiser no contrato não fala nada de exclusividade.
- nem pense Emilly. Falou me perdendo na parede.
- ou vai fazer o que já não destruiu a minha vida ainda quer mais. Ele me calou com um beijo. Parei o beijo dando um, tapa em sua cara.
- nunca, mas faça isso, você não tem o direito. Falei limpando minha boca e empurrando ele sai daquela sala e fui direto para o elevador. Ao sair do elevador fui direto para o banheiro. Lá permiti que as lágrimas caíssem. Meia hora depois voltei para o meu lugar e trabalhei normal. Já tava me preparando para sair quando Liara entrou segurando a mão de Henrique.
- boa tarde Emilly escolheu o restaurante.
- boa tarde Lia. Eu tinha esquecido do nosso almoço se não se importar tem um aqui perto, simples, mas a comida e uma delícia.
- sabe que eu não tenho essas frescuras né vamos eu tô de carro.
- vamos.
Fomos conversando, na verdade Henrique dizendo como e sua escola, e seus amiguinhos. Chegamos no restaurante sentamos em uma mesa perto das janelas e perto do playground que tem dentro do restaurante, assim Henrique podia brincar enquanto a comida não chega.
- posso brincar mamãe. Perguntou com os olhinhos do gato de botas.
- pode filho. Ele foi correndo e Liara ficou o observando. - então Emy o que aconteceu.
- seu irmão e um idiota. Falei séria
- disso sei. Falou rindo, acompanhei. - mas o que ele fez.
- bom vou te falar a verdade.
- então.
Contei a ela tudo menos as partes íntimas né que ninguém precisa saber disso ela ficou me olhando de boca aberta e sem reação a minha sorte e que a comida chegou na hora certa. Ela chamou Henrique que veio correndo. Almoçamos em silêncio em vez em quando Henrique falava alguma coisa relacionada a comida e aos brinquedos.
- Liara fale alguma coisa. Por favor. Falei assim que terminarmos de comer.
- eu tô digerindo isso e muita...
- informação.
- não isso e desumano. Vamos voltar a empresa preciso conversar com meu irmão. Falou deixando o dinheiro na porta conta e saímos entramos no carro em silêncio até Henrique percebeu o clima tenso que ele ficou quieto o caminho todo. Ela estacionou o carro e frete a empresa. Tava indo para o balcão.
- vai aonde. Perguntou Liara atrás de mim
- trabalhar. Falei erguendo a sobrancelha.
- nada disso você vai agora comigo lá.
- Liara eu...
- vamos logo Emilly. Falou séria.
Ela saiu do elevador e já foi entrando na sala do Thiago sem esperar a biscate anunciar segurei na mão de Henrique e sentei com ele.
- espera aqui comigo, viu anjo.
- mas quero ver o titio
- daqui a pouco você ver ele tá bom a mamãe agora foi ter uma conversa de adultos com ele e isso e muito chato.
- venha aqui agora Emilly. Thiago falou da porta da sua sala. - Alexia cuide de Henrique. Anda logo Emilly. Dei um pulo e entrei em sua sala com as mãos suando o coração a, mil por horas.
- porque foi falar para a Liara do contrato Emilly. Falou gritando.
- cala a boca, Thiago. Isso que você fez não tem explicação isso e desumano.
- não se meta Liara. Falou rude
- não se meta o caralho. Isso tudo e por causa do maldito passado, será que você nunca vai esquecer.
- não tem nada a ver. Falou, mas nervoso do que tava. Eu só ficava olhando de um para o outro.
- como não Thiago. Você mudou tanto que deixou para trás a dignidade a compaixão. Eu segui mas você não. Você pensa que só doeu em você, você pensa que só você sofreu. Não Thiago sofri doeu em mim do mesmo jeito que doeu em você.
- cala a boca Liara. Falou batendo na mesa
- ou o que. Já que você ainda está preso no passado deixe essa menina ser feliz será que você não percebe que ela não tem nada a ver com o que aconteceu será que você não ver o mal que está causando a ela pelo menos tenha um pouco de amor ao próximo e deixa de pensar só um pouco em você. Falou gritando.
- some da minha frente Liara. Eu não quero saber sua opinião Emilly e minha mulher e vai continuar sendo. Não irei anular contrato nenhum. Falou agora me encarando.
- tenho vergonha do que você se tornou. Falou chorando e saiu da sala batendo a porta com toda a força.
- para que abriu a porra da boca Emilly por sua culpa, briguei com a minha irmã. Falou gritando.
- por minha culpa mesmo não. A culpa e toda sua você que só pensa em você mesmo e como a sua irmã disse um, cara sem compaixão você não merece o amor de ninguém, idiota olha como você tratou sua irmã. Eu não sei o que aconteceu no seu passado e não e da minha conta só que você deveria deixar isso para trás ou pelo menos não estragar a vida das pessoas em suas, volta devido a um passado de merda. Falei gritando e deixando minha raiva ir junto. - e outra coisa você pensa que não precisa de ninguém só que a vida vai te mostrar o contrário. Falei saindo da sua sala e voltando para recepção. Vinte minutos depois ele sai com uma cara de poucos amigos.
Já e seis e meia, e Thiago não voltou, liguei para a casa dele e disseram que ele não teve lá. As arrumei minhas coisas desliguei o computador e fui esperar o Uber que chamei do lado de fora tentava ligar para ele, mas só dava caixa de mensagem.




Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora