Emilly 50

17.8K 1.1K 24
                                    

Tava aguardado Liara em um restaurante italiano um pouco longe do trabalho. Ela tinha mandado mensagem me chamando para almoçamos juntas, tentei recusar, mas não deu muito certo.
- boa tarde Emy. Falou me cumprimentando com dois beijos.
_Oi! Lia cadê Rique.
- deixei com a babá. Te chamei aqui para sabe sobre você e o Thiago.
- já tem uma semana que não o vejo e nem tenho notícias dele Frederico disse que ele está bem que não preciso me preocupar, mas se ele tá bem porque não está trabalhando.
- por, mas que eu esteja com raiva das atitudes dele. Suspirou. - bom ele precisa desse tempo ele vai voltar e quando voltar, espero que mude para melhor.
- eu não entendo. O que aconteceu no passado dele para ele agir de tão forma.
- não sou eu que tenho que te dizer isso no momento certo você vai saber.
- todos vocês falam isso.
- Emilly quero saber se você sente alguma coisa por ele. Engasguei com sua pergunta.
- como.
- sei que ele gosta de você do jeito errado dele, mas você sente alguma coisa por ele.
- eu... Eu não sei. Sinto uma dor no peito quando o vejo com outras.
- você gosta dele e isso.
- não sei Liara a única coisa que sei é que dói pensar ficar sem ele quando eu deveria odiá-lo pelo que me fez, mas não consigo. Isso me aborrece. Eu queria que ele me olhasse de uma forma diferente.
- que forma
- que ele só olhasse para mim. Falei corando de vergonha.
- podemos mudar isso. Que dia você vai, está de folga.
- sexta-feira.
- então sexta de manhã te busco na casa de seu pai.
- ta.
Depois do almoço voltei para empresa.
- Emilly você pode enviar para mim o relatório da reunião com o senhor Hurai.
- claro Ângelo já enviarei. Falei sentando em minha mesa.
- obrigada.
Ele voltou para sua sala. Tava enviando.
- o que faz aqui. Meu coração disparou ao ouvir a voz que sentir falta.
- trabalhando ué. Falei com um sorriso que logo se desfez ao ver sua cara.
- que eu saiba você foi contratada para ser secretária ainda, mas de Ângelo.
- se o que te incomoda é eu ser secretária dele. Fique tranquilo e só seis meses depois voltarei a minha função. Falei com raiva.
- amanhã você voltará a recepção não quero você trabalhando com Ângelo.
- você não pode fazer isso. Falei com os dentes, trincado.
- posso, sou o dono.
- você e sua mania de pensar somente em você, e mas ninguém. Não entendi que isso e bom para mim.
- sem discussão Emilly. Falou serrando os dentes.
- Thiago. Ângelo falou surpreso.
- o que minha mulher faz como sua secretária. Perguntou seco
- é... A minha secretária está de licença.
- não interessa arrume outra.
- não ficarei como secretária de Ângelo até a secretária dele voltar.
- não me desafie Emilly.
- não tô desafiando ninguém só não vou permitir que você me prejudique devido a ciúmes, besta.
- ciúmes de você. Perguntou debochado. Aquilo me doeu
- chega Thiago. Depois vocês ver isso.
- Ângelo está certo. Agora com licença estou trabalhando. Falei respirando fundo. - senhor Albuquerque deseja falar com senhor Ângelo. Falei formalmente. Ele simplesmente foi embora, fiquei encarando ele entrar no elevador.
- você tá bem Emilly.
- tô só preciso de um momento.
- certo qualquer coisa me chame.
- obrigado.
O trabalho seguiu normalmente depois daquele episódio eu e Ângelo descemos juntos chegando na recepção, Thiago tava saindo com Alexia, tentei não me incomodar, mas não deu certo.

_Oi Deise. A Rafa já foi embora.
- sim Emy vamos juntas até o ponto de táxi só vou pegar minha bolsa.
- dou carona a vocês.
- não precisa Ângelo
- mas quero só vou buscar o carro. Falou saindo.
- como você está.
- to bem.
- vamos.
Ângelo me deixou em frente ao prédio do meu pai e foi levar Deise.
Tomei um banho e coloquei uma camisola, vinho de seda com detalhes em renda amarrei meu cabelo em um coque e fui para a cozinha atrás de alguma coisa para comer já que meu pai do trabalho iria ver minha mãe e como não tava com vontade de cozinhar, aliás, ultimamente não tenho coragem de fazer nada tô sempre indisposta. Peguei um pacotão de Ruffles e um guaraná. Antártica em lata e fui para a sala. Tava na metade do pacote quando a campainha tocou.
- justo agora. Levanto e abro a porta. - o que você quer a Alexia não está te esperando não.
- Precisamos conversar.
- não tenho nada para conversar com você.
- estou com Alexia por que ela me chantageou.
- claro um homem do seu porte aceitando chantagem.
- você não entende.
- entender o que? Que você e um covarde e não tem coragem disso tenho certeza. Falei gritando e fechando a porta
- ele tem a cópia do contrato. Falou suspirando. - e disse que ela divulga na mídia. Para poupar você e sua família. Aceitei a chantagem dele até encontrar uma maneira de contornar essa situação
- perae você pensa que vou acreditar que e por mim e minha família. A pelo amor né Thiago nos dois sabemos que por você exclusivamente você. Porque como ficaria sua imagem né o que os seus clientes pensariam de um homem que usa uma dívida para obrigar uma mulher a se casar com ele. Até nisso você egoísta. Falei deixando as lágrimas caírem.
- você tem razão. Sou tudo isso que vocês falam eu só penso em mim. Será que vale a pena pensar nos outros. Quando pensei em alguém, quando deixei de pensar em mim para pensar em outra pessoa. Fui destruído em vários pedaços me transformou no que sou hoje por que dá pior forma possível aprendi a lição se eu não pensar em mim ninguém vai pensar.
- sua irmã pensa em você, seus pais pensam em você seus amigos pensam em você, só você que não ver isso até penso em você, mas como você disse será que vale a pena pensarmos em você.
- você não sabe o que passei.
- então me conte. Ele arregalou os olhos, surpreso com o que eu disse.
- não posso. Falou quase em um sussurro.
- e, porque não.
- não dá está bom. Falou gritando.
- certo. Então. Quando quiser m contar me procure. Falei engolindo o choro
- Emilly. Falou tentando me tocar.
- quando você resolver sua situação com a sua secretária, conversamos, mas enquanto isso não me procure e nem atrapalhe minha vida. Falei abrindo a porta e deixando passagem para ele sair. Ele me olhou e saiu com a cabeça baixa. Fechei a porta e deixei que as lágrimas pudessem cair eu não entendo por que tem que ser assim porque não podemos simplesmente nos entender. Guardei o resto da Ruffles no armário e joguei a lata de refrigerante no lixo e fui para o quarto. Me encolhi em posição fetal e deixei a tristeza sair.

Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora