Emily 7

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Cheguei da escola, fiz o almoço e arrumei a casa que não era grande, na verdade, só e três cômodos, e uma sala um quarto e uma cozinha, só que meu pai preferiu usar a cozinha como seu quarto e as coisas da cozinha dividir com a sala, já que a pia fica na frente da casa. Ao lado direito mora, uma senhora e três cômodos igual a esse e em cima mora o proprietário. Fui para meu quarto. Peguei um vestido.
Como não temos dinheiro para comprar roupas caras. Então a maioria da minha roupa era de um lojinha de vinte que tinha perto de onde moravamos. Não me sentia mal com isso sempre pensei que a vida da minha mãe valia mais que qualquer roupa de marca. Fui ao banheiro que fica entre a sala é a cozinha. Tomei um banho lavei o cabelo. Almocei só porque meu pai tava economizando o dinheiro do transporte então ele tava levando marmita. Quando foi umas três horas fui estudar um pouco porque tá! Em período de provas. Fiquei estudando até umas cinco horas quando bateram na porta. Quando abri a porta dei de cara com o desalmado do senhor Albuquerque.
- o que você tá! Fazendo aqui? Como entrou porque tem que abrir o portão e eu não abri o portão nenhum para você.
- o dono abriu para mim. E não vai me deixar entrar. Falou com um sorriso no rosto.
- não você não é bem-vindo aqui é meu pai não está em casa então se quiser falar com ele vá até o seu galpão.
- não vir falar, com seu pai. Vir falar com você. Falou invadindo a casa, caminhou até o sofá e sentou como se fosse dono da casa, pegou um dos meus caderno olhou algumas páginas e fechou o caderno, colocando onde estava.
- você não pode entrar na casa dos outros assim é não tenho nada para tratar com você. Falei pegando meus cadernos e livros e guardando no meu quarto. Voltei para sala é ele continuava sentando impecável, não é porque odeio ele que não vou reparar em sua beleza, porque o que ele tem de gostoso tem de arrogância.
- posso fazer o que eu quiser. Ou você não percebeu ainda. Falou piscando para mim.
- o que você veio tratar comigo, fale logo, porque não tenho tempo para perder com gente que nem você. Falei trincando os dentes.
- gente que nem eu? Como é gente que nem eu? Falou rindo.
- gente desalmada arrogante. A nem vem, fale logo o que você quer. Disse cruzando os braços e fechando a cara.
- vim aqui dizer que minha irmã está vindo amanhã para te levar para comprar o seu vestido.
- você pirou o que tenho a ver com sua irmã e não preciso de vestido nenhum e nem vou comprar vestido nenhum. Tá! Maluco vai procurar um médico. Ele levantou e veio caminhando para perto de mim e cada passo que ele dava, eu dava um para trás, até que não tinha mais para onde eu ir até que ele chegou olhando nos meus olhos.
- você não sabe o quanto você tem a ver com ela. Sobre o vestido toda noiva precisa de um.
- do que você ta falando? Não tô entendendo nada.
- o que estou falando e que você vai casar comigo neste sábado e minha irmã ira te levar amanhã para comprar o vestido. Agora entendeu.
- eu não vou casar com você, sou menor de idade e mesmo se não fosse nunca me casaria com você. Falei gritando.
- a você vai casar comigo sim é vai, casar neste sábado sabe porquê? Porque você é o pagamento pela dívida do seu pai. Se tiver alguma dúvida aqui o contrato. Seu pai assinou está manhã.falou me entregando o contrato com um sorriso no rosto. - aqui a cláusula.
- você é doente eu não vou casar com você seu psicopata. Falei rasgando o contrato. - nunca ouviu. Falei gritando.
- esse é só uma cópia querida, o que pensou que eu ia trazer o original é? Não é a toa que sou um dos homens mais rico do mundo.
- você é doente. Vou procurar um advogado. Falei deixando as lágrimas caírem.
- pode ir, não vai dar em nada. Fizemos tudo conforme a lei.
- some da minha frente. Falei já chorando. Quando meu pai entra em casa.
- senhor Albuquerque? O que tá! Acontecendo aqui? Filha porque você tá! Chorando? Alguém pode me explicar.
- posso explicar. Sua filha vai casar comigo sábado.
- como? Falou meu pai sem entender.
- o senhor assinou o contrato em que dizia que eu iria me casar com sua filha para quitar sua dívida.
- não isso não é verdade li o contrato. Falou meu pai me abraçando.
- julgo que o senhor não leu todo confira aí. Falou se setando no sofá novamente. Meu pai pegou o contrato em sua bolsa e começou a ler.
- cláusula seis parágrafo três.
- isso não é verdade. Eu não... Filha me perdoe eu... Falou chorando. - eu tinha que ter lido todo. Me perdoe minha filha.
- sei pai, vamos procurar um advogado ele vai nos ajudar eu não vou me casar eu não quero. Falei o abraçando.
- vocês podem arrumar o melhor advogado que todos vão dizer a mesma coisa. Bom o casamento é sábado e amanhã a tarde minha irmã virá aqui te buscar para comprar seu vestido.
- eu não vou casar com você. Falei o interrompendo.
- julgo que você não leu a última cláusula né, mas irei te dizer, se acaso você não casar comigo seu pai perderá o emprego e sua mãe será expulsa de qualquer hospital e desligará todos os aparelhos que a mantém viva. Seu pai terá que me pagar quarenta milhões de reais. Então querida e bom você ir amanhã comprar o vestido e comparecer sábado. Falou caminhando até a porta. - a também tem uma cláusula que diz que vocês não podem falar nada a ninguém. Boa tarde. Falou saindo.
Quando aquele homem saiu cair no chão e comecei a chorar, meu pai se ajoelhou me abraçou.
- me perdoe minha filha. Falou chorando. Eu não conseguia dizer nada. Fiquei nessa posição por um tempo.
- pai vamos em um advogado por favor. Falei suplicando.
- vamos agora filha. Falou pegando suas chaves.
No ônibus todos ficavam me olhando por causa da cara de choro, fui o caminho até o centro olhando pela janela. Paramos em frente a um prédio. Fomos à recepção e uma mulher loira.
- bom tarde. O que deseja.
- boa tarde quero falar com um advogado.
- advogado público ou contratado.
- o público. Falo com urgência.
- só um momento. Ela pesquisa alguma coisa no computador. - terceiro andar sala cinco.
- obrigado. Disse meu pai. Entramos no elevador e meu apertou o número três. - ele vai encontrar alguma falha no contrato minha filha. Só balancei a cabeça e sinal de confirmação. Quando saímos do elevador seguimos em um corredor cheio de salas. A sala cinco era no lado esquerdo do corredor, batemos na porta e uma mulher mandou entrar.
- boa tarde em que posso ajudar. Falou apontando às duas cadeiras em sua frente.
- queria que desse uma olhada nesse contrato para saber se tem como recorrer. Meu pai falou entregando o contrato a advogada. Que leu o contrato com atenção.
- bom aqui tá! Tudo certo eles fizeram tudo conforme a lei, lamento. Só que se vocês quiserem recorrer tem como. Sabendo que o resultado pode ser positivo, mas também pode ser negativo.
- e quanto tempo levaria. Perguntou meu pai.
- isso é coisa de anos porque vocês sabem como é o nosso país né.
- então eu não tenho escolha. Falei deixando as lágrimas caírem.
- sinto muito.
- obrigada pela sua atenção. Falei me levantando meu pai pegou o contrato guardou apertou a mão dela é saímos da sala esperamos o elevador em silêncio e assim foi o caminho até em casa meu pai de cabeça baixa e eu chorando. Cheguei em casa peguei uma roupa de dormir e fui tomar banho terminei e fui para o quarto chorar mais um pouco.
Acordei uma hora com alguém tocando a campainha. Fui até a porta gritei avisando que já ia. Fui ao banheiro escovei os dentes. Coloquei um vestido preto tubinho e fui amarrado meu cabelo em um coque. Quando abri o portão Tinha uma mulher linda. Ela é branca com cabelos lisos e castanhos olhos azul e um batom marrom na boca.
- boa tarde. Falo
- boa tarde e aqui que mora Emily Gortmany. Perguntou com um sorriso no rosto.
- sou eu...
- Oi! Cunhadinha meu irmão não te avisou que eu vinha não. Falou me abraçando.
- a desculpe eu tinha esquecido. Falei tentando esconder minha tristeza.
- porque essa cara de quem tava chorando.
- e ansiedade e acabo ficando emotiva demais. A me desculpe entre. Falei tentando mudar de assunto, dando passagem para ela passar.
- sei como é isso. Vamos comprar seu vestido.
- só um momento vou pegar meu celular. Falei indo ao meu quarto. Peguei uma bolsa pequena coloquei meu celular é mais umas coisas que não pode faltar na bolsa de uma mulher, coloquei uma sapatilha.
- vamos. Falei é um sussurro.
- vamos.
Fomos em seu carro até uma galeria onde vendia os vestidos, mas caro da cidade.
- como você imagina seu vestido. Perguntou entrando na galeria.
- nunca pensei nisso.
- ai dificulta um pouco... Boa tarde queremos ver o vestido para ela. Falou apontando para mim.
- vamos tirar suas medidas. Falou a vendedora. Ela pegou uma fita métrica foi tirando minhas medidas e anotando em um papel. Depois saiu com vinte minutos depois ela volta com uma arara cheia de vestidos de noiva. Fomos olhar achei um que amei.
- gostou. Perguntou




Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora