Capitulo 4

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Não dei ouvidos a ele e saí lá em passos rapídos, desci o morro correndo tentando segurar as lagrimas que já queriam cair, de longe vi todos ainda sentados no portão conversando, passei por lá igual uma bala e entrei, não queria papo com ninguém. Agradeci pela minha mãe não ter chegado em casa ainda, entrei no quarto e me joguei na cama me derramando de chorar. Logo alguém entra no quarto e eu vejo que é a Duda e a May.

Duda: Amiga, o que aconteceu? -deitou do meu lado-
- Meu pai, Eduarda... Ele tava fazendo algo de errado hj, eu sinto. -sentei na cama limpando algumas lagrimas-
May: Como assim, o que aconteceu hj?
- Nós fomos na boca pq eu queria falar com meu pai... -contei tudo-
May: Ai Helô, seu pai ama sua mãe cara tira isso da sua cabecinha -me abraçou de lado-
- Não dá, não dá, não dá. Nem pra desmeti as perguntas que eu fiz ele desmentiu gente -chorei- Aposto que tem piranha na jogada!
Duda: Olha vc tá de cabeça quente, vamos nos arrumar, sair e relaxar a mente -secou minhas lagrimas-  Quando vc tiver tranquila vcs conversam melhor e vc vai ver que não é nada disso. -assenti-
- Eu amo vcs -abracei elas-
May: Agora acho melho vc ir falar com seus irmãos pq eles estão preocupados. -sorri-

Fui até o banheiro, lavei meu rosto, fiz um coque no cabelo e sai deixando elas conversando, desci as escadas e vi o Gustavo, a Paula e o Henrique no sofá conversando.

Paula: Vou lá, galera. -beijou o Gustavo- Até mais tarde! -saiu-
Henrique: Desenvolve vai, o que aconteceu?
Gustavo: Algum mlk tá brincando ctg?
Henrique: Só falar que a gente dá uma lição dele!

Eles sempre foram irmãos muito protetores, Henrique não pode ver um k.o que já quer arrumar.

- Olha a minha cara de quem chora por macho, galera -ri- Fiquem despreocupados eu...
Gustavo: Despreocupados é o caralho, vc entrou em casa chorando e não foi de felicidade.. Fala logo, rapá?!
- Te como ser amanhã não? Quero esquecer um pouco esse assunto e quero que a Duda tenha um final de semana maraviglod, então por favor...
Henrique: Jae então, amanhã quero saber de tudo. E se tu quiser jogar ela pra mim faço oq tu quiser -rimos-
Gustavo: Se liga pô, ela tava rendendo pra mim -se gabou-
- Até tua namorada chegar né -eu e Henrique rimos- Mas é sério vcs não vão ficar com ela!
Henrique: Ah coe Helô, pq?
- Pq não, já disse. -levantei bufando- Amo vcs dois, tá?!

Abracei eles e os dois ficara me fazendo cócegas e me zoando de chorona, consegui me soltar e subi, entrei no quarto e fiquei escolhendo roupa pra ir no baile com as meninas mas acabei ficando sem ânimo quando voltei a pensar no meu pai.

May: Eu sei o que vai te melhorar -me olhou animada-
Duda: Comida???? -riram-
May: Pode ser também! -levantou- Vem cmg!

Elas me puxaram pra fora do quarto, descemos as escadas, passamos pelos meus pais que estavam no sofá e minha mãe nos parou.

Bia: Estão indo aonde?
May: É.. Vamos dar um rolê mas daqui a pouco estamos de volta.

Meu pai me olhou, eu abaixei a cabeça e saí na frente, assim que saio na rua o carro do Fj para do meu lado.

May: Entra no carro. -me empurrou-

Entramos no carro e o Fj ficou sem entender nada, muito menos eu.

May: Próxima parada: praia.
- Ah Mayra, pelo amor não precisa disso, daqui a pouco a gente tem que sair.
May: Cala a sua boca, quem manda sou eu. Vai logo, Fj.

Ele acelerou o carro descendo o morro seguindo a estrada pela praia, me acomodei no banco e fiquei olhando pela janela até chegarmos. As meninas me tiraram do carro e falaram algo com o Fj, fiquei olhando o mar e aquelas ondas se chocarem com a areia até receber uma bolada na cara e cair no chão.
Minha mente parece ter apagado por um momento.

May: Vc tá bem?
Duda: Amiga fala cmg!! -me sacudiu levemente-
Fj: Coloca ela no carro e vamos pro hospital.
- Calma gente, -levantei devagar-  eu tô bem.

Eu estava tonta, morrendo de dor de cabeça e tenho certeza que a marca da bola estava todinha na minha cara, mal conseguia abrir o olho.

Xx: Pô rapaziada, foi mal -chegou ofegante- eu não fiz por querer tlgd..
- Rlx, a culpa não foi sua -falei ainda de olho fechado-
Xx: Não, nossa... seu rosto tá muito vermelho. Leleco, trás uma água aqui pra novinha. -gritou-
- Ai não grita..

Abri o olho devagar me acostumando com a claridade, olhei pra cara do menino e gente... QUE BELDADE!!! Tá perdoado se me der beijo kkkkkk
Ele era moreno, corpinho naturalmente malhado, olhos castanhos, cabelo baixo e barba rala por fazer. As gotas de suor que estavam nele iam descendo pelo seu rosto e abdômen o deixando extremamente sexy, gosto disso.
O tal amigo dele trouxe uma água e ele veio me entregar.

- Não precisa.
Xx: Confia pô, não tem nada na água não, tá lacrada ó -me amostrou-
May: Pega essa porra logo e bebe!

Obedeci, bebi um pouco de água e joguei o resto no meu rosto que ainda ardia um pouco.

Xx: Foi mal mesmo, não tive a intenção, qualquer coisa que precisar só me chamar. -sorriu-

Ai gente, que sorriso apaixonante, branquinho e iluminado. Será que esse garoto não tem um defeito?!

Fj: Ela não vai precisar de nada não, pode ir. -falou sério-
May: Para com isso, Fj. Qual seu nome?
Xx: Ah desculpa, meu nome é Thiago.

A piranha da Mayra começou a puxar assunto com ele mas ele logo cortou e voltou pros amigos.

May: Nossa, como ele é gatinho né -acompanhou ele com o olhar-
Fj: Sou mais eu. -rimos- Tô indo nessa  ainda vão ficar?! -assentimos- Jae, fica na atividade qualquer coisa liga.

Ele entrou no carro, deu a partida e seguiu em direção ao morro.

- Tá, já vim pra cá, tomei uma bolada... O que mais vc quer de mim?
May: Para de reclamar vai -me empurrou-

Ela começou a me empurrar pra beira do mar, conversando e rindo, sentir aquela brisa era maravilhoso, tudo que eu precisava e a Mayra sabia disso. Chegamos na beira do mar, a onda quebrou fazendo aquele barulho que eu amo e tocou meu pés trazendo a paz que eu precisava, aquilo me relaxava de uma tal maneira que ninguém fazia ideia.

Duda: Tá melhor? -me abraçou-
- Eu amo vcs -ri sem tirar a atenção do mar-

Um tempo depois sentamos na areia e ficamos conversando sobre coisas totalmente aleatórias, a Duda e a May estavam mais entrosadas do que eu que não conseguia tirar o olho do tal gostoso chamado Thiago.

- Ele é um gato né... -elas me olharam-
Duda: O porteiro lá da escola? -riram-
- Que? Do que vcs tão falando?!
May: Do que vc tá falando garota? Ela tava me contando do dia que vcs mataram aula. -rimos-

Elas continuaram conversando e eu observando o tal Thiago e os amigos jogarem altinha, ele tem um corpo lindo e o rosto então nem se fala, algo nele me chamou atenção sabe?! Sei lá.
Quando eu dou conta de mim ele tá olhando na minha direção com um sorriso no rosto, viro pro outro lado morta de vergonha e provavelmente mais vermelha do que um pimentão.

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Eita, parece que vamos ter um novo personagem na jogada...

Do Asfalto ao Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora