Capítulo 40

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Mas me mantive forte. Alguns policias conversavam com as atendentes, outros faziam uma espécie de ronda pelo lugar e o resto parecia ter sumido. Estariam no quarto do Lucas, talvez. Só dessa hipótese ter surgido na minha cabeça eu já ficava sem ar.
Corri pra frente do elevador e apertei o botão freneticamente mas ele parecia nunca chegar.

Xx: Precisa de ajuda, senhora?! -um pm se aproximou-
- Se precisasse eu pediria. -falei ríspida e ele se calou-

Finalmente o elevador chegou, mas a tortura foi esperar a chegada até o andar do quarto do Lucas, eu só queria chegar lá e saber que tá tudo bem com ele. Saí do elevador correndo e avistei de longe dois homens armados da porta do quarto do L7 senti já meus olhos embaçarem com as lágrimas, em passos rápidos eu já estava na porta forçando minha entrada, quando uma homem alto e de cabelos grisalhos saiu. Meirelles.

- O que tá acontecendo? -encerei ele-
Meirelles: Acabou a moleza! -riu- Ele vai voltar pra onde nunca deveria ter saído.

Aquilo só poderia ser um pesadelo!! Eu não queria acreditar que aquilo tava acontecendo de novo, não comigo. Senti minha garganta fechar e o pé da minha barriga começar a doer um pouco.

- Não, por favor! -choraminguei-

Ele pareceu não se importar, saiu me esbarrando seguido de mais alguns policiais.

Meirelles: Ninguém entra, a não ser o médico, até segunda ordem! -falou e atravessou o corredor-

Minha cabeça só sabia negar a situação, eu buscava o ar mais meu peito ardia.

Enfer: Senta aqui, Beatriz. -uma das enfermeiras me acudiu-

Eu estava desabando em lágrimas, não conseguia fazer mais nada.

Enfer: Vc quer ligar pra alguém? Algum parente? -passou a não no meu ombro-
- VT!! -ela me olhou sem entender-

Poupei explicações, joguei a bolsa pro lado e peguei meu celular discando o número do VT, aquela espera parecia eterna.

Vt: Dá o papo, loirão. -atendeu-
- A polícia descobriu ele, Vt. -chorei-
Vt: QUE? -falou mais alto-
- Meirelles tá aqui, falou que ele vai voltar para aquele lugar. -falei entre soluços- Pelo amor de deus, me ajuda.
Vt: Reune o pessoal, PL. Agarram ele! -deu uma pausa-

Eu solucava baixinho sendo obsevada por aquele policiais asquerosos que faziam questão do rir do meu desespero.

Vt: Vai pra casa!
- Eu não po... -ele me interrompeu-
Vt: Vai pra casa e espera eu te ligar! Eles não vai te deixar ficar com ele, podem fazer alguma covardia ctg e eu não vou me controlar. Vai com cuidado, qualquer coisa me liga correndo que eu desco metendo bala neles. -funguei- Escutou?
- Uhum. -mumurrei- Vcs vão tirar ele daqui? -falei mais baixo ainda-
Vt: Eu vou resolver a situ... -ele parou de falar- BORA PORRA, TÁ ESCUTANDO NÃO?! -falou com alguém- Eu vou resolver tudo, fica tranquila e mete o pé. Beijo! -desligou-

Eu não tava em condições de dirigir até em casa e muito menos queria sair dali do lado do meu homem, mas era necessário, eu não sabia o que ia acontecer ali se eu continuasse ali.

VT narrando

CARALHO, QUE FILHO DA PUTA DO INFERNO!! Paguei o arrego desse desgraçado tem dois dias e agora ele mete essa, tá querendo morrer né?! Minha mente já trabalhava a milhão, eu já estava puto com umas paradas do morro agora essa porra pra acabar de vez com meu dia.
Mandei o PL correr atrás dos de fé pra gente poder ir atrás do cuzão do Meirelles, se ele tirasse onda com a minha cara é hoje que eu ia meter uma bala na cara daquele filho da puta. Peguei a moto e voei pro salão atrás da Letícia, de longe ela já ouviu o barulho da minha moto e levantou da cadeira desfazendo o sorriso.

Do Asfalto ao Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora