Capítulo 107

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Helô narrando

Acordei assustada com o Carioca me puxando da cama brutalmente.

- Para com isso. -falei alto tentando me soltar- O que tá acontecendo?
Carioca: Algum filho da puta chamou a polícia e vc quem vai pagar caro por isso!

Ele me arrastou pelo cabelo do quarto até a sala enquanto eu implorava pra ele não fazer nada comigo, mas parecia que ele tava estar transtornado. Uma eletricidade de medo percorria meu corpo e eu já sentia meu rosto se encher de lágrimas.

Depois de toda luta que foi pra ficar com o Thiago, não imaginei que terminaria assim... Parece que no final meu pai estava certo, única coisa que me enche de pavor e ter que passar por isso com meu filho no ventre.

Carioca: Ajoelha, desgraçada! -me jogou no chão apontando a arma pra mim-
Xx: Patrão, a mina tá grávida...
Carioca: Tá cheio de polícia lá fora por causa dessa piranha! -gritou nervoso-
- Eu não chamei ninguém... -falei no meio do choro- Eu juro! Por favor, não me mata.

Nesse instante a porta foi arrombada e alguns policiais da polícia federal entraram.

Xx: Larguem as armas, vcs estão cercados!! -um dos policiais falou apontando a arma pro Carioca-
Carioca: Se alguém atirar eu estouro a cabeça dessa vadia. -destravou a arma-
- Eu não tenho nada a ver com isso. -chorei- Eu tô grávida, por favor, não faz isso!
Carioca: CALA A BOCA, PORRA!! -gritou-

Eram três policiais contra quatro bandidos, não tinha como aquilo dar certo, eu só rezava para aquilo terminar logo.

Xx: Vc não tem saída, deixa a garota ir e a gente vê o que pode fazer por vcs. -o policial falou calmo-
Carioca: Ou vcs me deixam sair ou a bonitinha morre! -falou encarando ele-

Senti uma dor forte no pé da barriga me fazendo ir para o chão gritando de dor, logo senti um líquido quente escorrer entre as minhas pernas.

- Não, não, não! -falei em desespero-

Aquela dor era o insuportável, eu ouvia eles conversarem mas não entendia nada pq um zumbido no meu ouvido me impedia. Eu só rezava pra aquela dor passar e pra toda aquela dor passar logo, sentia minhas forças se esgotando de tanto que eu tentava resistir aquilo.

Foi quando o vidro da janela foi atingido por um tiro e vi o Carioca cair com um tiro na cabeça bem na minha frente, uma troca de tiros começou e eu me encolhi no chão me contorcendo de dor e tentando não ser atingida. Minha vista começou a embaçar, acabei perdendo os sentidos e apaguei.

(...)

Acordei sentindo meu corpo dolorido morrendo de dor no pé da barriga.

- AAAAA. -gritei-

Abri os olhos e reparei que estava dentro de uma viatura com alguns policiais a minha volta.

- Pelo amor se Deus, pra aonde vcs estão me levando? -falei em desespero-
Xx: Pro hospital, né?! Pra onde mais seria? -o policial que estava no banco do carona falou-
Xx: Fala direito com a garota, o avô dela é um magnata! -o que estava dirigindo o repreendeu-

Apertei os olhos tentando não berrar com mais uma contração e não ligar para aqueles imbecis.

Xx: Agueta firme, já estamos chegando. -o policial que estava do meu lado segurou minha mão-
- Eu quero minha mãe! -chorei-
Xx: Ela já está a caminho de lá.

Do Asfalto ao Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora