Capítulo 122

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Tava tudo correndo na maior perfeição, pagodinho rolando, churrascada e muita curtição. Até o Lorenzo, filho do meu pai com a Amanda, estava aqui, o que me surpreendeu demais já que ele vive distanciado da gente mesmo depois de grande.

L7: Vitão não vem mesmo? -neguei revirando os olhos-
- Cansei de discutir com aquele neandertal! Ele tá lá pelo Alemão mão com a rapaziada dele... -falei ironizando- Falou que não é bem-vindo aqui.
L7: Se não fosse eu não tinha nem chamado!
Guto: E por isso vc vai ficar aí igual uma velha?
- Aham! Sou uma mãe exausta, me respeita. -rimos-

Acabou que eu levantei pra circular um pouco e socializar, meu pai ficou se exibindo com o filho que eu fiz pra quadra inteira, quem diria seu L7 casca grossa um avô babão desse jeito. Não tava nem um pouco afim de sambar nem nada, então fiquei de canto vendo as meninas se acabarem bebendo meu bom refri.

Bia: Seu pai cadê? -se aproximou com o Arthur no colo-

Apontei pra onde ele estava, falando ao telefone enquanto olhava pro Isaac fazendo careta, e nós rimos.

Bia: L7 sempre foi um pai babão mas sendo avô tá surreal.
- Percebi. -ri trazendo o Arthur pro meu colo- Depois de tudo o que passamos, isso é tudo o que eu quero pra sempre! -ela sorriu-

Os meninos vieram na nossa direção fazendo gracinha.

Paulinho: Quero saber quando vai começar o 150bpm pra eu ver as danada rebolar pra mim. -rimos-
- Aqui é uma festa de família, garoto, se manca! -ele me deu língua-
Henri: A família tradicional brasileira tá diferente, né? -debochou-

Ficamos conversando por um bom tempo, eu e minha mãe ficamos ouvindo as ladainhas deles rindo abessa, acompanhei com o olhar meu pai falar algo com um soldado, que olhou na nossa direção e assentiu, e logo em seguida sair da quadra com a expressão séria. O tal soldado veio até nós.

Guto: Qual foi, Furacão? -encarou ele-
Furacão: Patrão pediu pra avisar que vai levar teu moleque ali embaixo e já tá voltando... -me olhou-
- Moleque não, o nome do meu filho é Isaac!
Furacão: Enfim, o recado tá dado! -deu os ombros e se afastou-
- É feio ainda é abusado, agora tu vê?! -olhei pro Junin, que riu negando- Onde ele deve te ido?
Paulinho: Deve ter ido resolver algo.
Bia: E levou meu neto pra que? -cruzou os braços-
Paulinho: Calma, tia, eu também não sei de nada. -ergueu as mãos em sinal de rendição e nós rimos-

Depois de uns minutos vejo meu pai entrar com o Isaac e, ninguém mais ninguém menos que, o Thiago. Sim, o meu Thiago! Ver a carinha amarrada daqueles três homens que eu amo tanto encheu meu coração de alegria.

L7: Agora sim tá geral aqui! -falou se aproximando-

Thiago foi cumprimentando os meninos e a minha mãe e logo depois veio até mim.

- Então se eu peço pra vc vir, vc nega, mas se meu pai pede, vc vem? -cruzei os braços-
L7: Ameacei levar vcs com a gente, por isso que ele veio logo! -rimos-
Paulinho: Aliás, vcs vão quando?
Bia: Amanhã a noite... L7 ainda precisa resolver umas coisas. -encarou ele-
Guto: Vish... Aí tem coisa!

E não deu outra. Meu pai convocou todo mundo pra ir pra casa pq ele queria dar um recado importante, a gente já até imaginava o que é mas a curiosidade ainda nos percorria.

Henri: Eai? Chamou a gente pra tomar chá da tarde? -se jogou na poltrona-
L7: É, seu retardado, chamei sim! Quer biscoitos também? -gargalhamos- Então, amanhã eu tô metendo o pé com a Bia e com o Arthur... Quem é que quer ser dono do morro?

Do Asfalto ao Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora