Capítulo 16

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Terminei de comer e subi pra tomar um banho, me arrumei bem cheirosinho pra minha loira, peguei a glock e a chave do carro na gaveta e saí do quarto.

- Quem vem? -falei passando por elas-

Elas levantaram e ficaram no portão esperando eu tirar o carro da garagem, assim que elas entraram o Gustavo passou de moto.

Guto: Ih, tá levando a pirralhada pra dar rolê? -afirmei rindo-
- Tô indo lá na tua mãe, passa um rádio pro Vt e fala pra ele passar o olho na boca pq não vi ele o dia todo lá. -ele assentiu e meteu o pé-

Dei a partida com o carro, passei pela entrada cumprimentando os mlk e fui em direção a clínica que ela estava, o trânsito tava calminho então até que chegamos rápido. Eu não aguetava mais ouvir essas garotas ficarem fazendo fofoca no meu ouvido.
Deixei o carro no estacionamento, entramos na clínica indo nos identificar na recepção, a recepcionista liberou nossa entrada e nós fimos direto pro quarto, assim que entramos encontramos a Nanda e o Dimenor no quarto com ela.

Bia: Pensei que não iam chegar nunca! -deu um sorriso-
- Fiquei enrolado com umas paradas na boca -beijei ela- Tava morrendo de saudades sua.

Modéstia parte, pode se passar anos e anos mas minha mulher só consegue ficar mas bonita que antes. Eu me reapaixono por ela a cada dia que eu chego aqui e ela me recebe com esse sorriso imenso mesmo sempre estando com dores e os crl. Não consigo ver minha vida sem ela.

Helô: A dona Zélia outro dia tava reclamando que faz tempo que vcs não levam o Davi pra ver ela. -riu-
Dimenor: Ela me ligou hoje de manhã falando abessa no meu ouvido mas já falei que vou tirar um dia pra ir lá, a empresa tá mó loucura.

Tenho maior respeito por esse mlk. Saiu da vida errada pra fazer a mina dele feliz, estudou pra caralho, se virou do avesso pra conseguir um canto pra morar com ela, agora tá aí, venceu na vida, tem uma puta grana e uma família linda. Mlk responsa demais!!!
Ficamos conversando um bom tempo, colocando os assuntos em dia até a doutora chegar no quarto.

Dra: Opa, boa tarde. -fechou a porta- Dia de muitas visitas né
Bia: Eles não conseguem viver sem mim doutora. -rimos-
Helô: Eu tô muito suave sem minha mãe em casa -zoou- e tu, pai?
- Melhor impossível!!

A Bia largou um tapão no meu braço e nós rimos.

Dra: Bem, já que é assim, acho que a notícia que eu vim dar não vai agradar muito vcs.. -ficamos em silêncio-
Bia: Ai, pelo amor de Deus, diz que minha alta tá pra sair?!
Dra: Amanhã é seu último dia aqui! -comemoramos- Os remédios tem feito bastante efeito e sua pressão já regulou totalmente. Só que vc vai ter que ficar de total repouso e tomar seus remédios no horário certo.
- Ela não é nem doida de descumprir a ordem da doutora -olhei pra ela-

Passamos o resto da tarde inteira lá com ela, a Nanda e o Dimenor foram embora mais cedo pq tinham que buscar o Davi na escola, a doutora passou uma pá de remédio pra Bia e disse que amanhã ela não estaria na clínica mas que a alta dela estaria na recepção.
Saímos de lá já eram umas 19h, enrolamosum pouquinho lá pq a Bia chorou, falou que a gente tava abandonando ela... Essas parada de hormônios de gravidez é uma merda. Chegamos no morro, deixei as meninas em casa e indo pra boca pra ver se tava tudo certo, hoje o baile seria na rua principal na divisa do morro, se tudo ser certo, o baile vai parar de ser na quadra pq eu tô querendo reformar lá pra criançada do morro. 
Desci do carro e já vi o Vt organizando os pontos de venda de droga pelo baile com os vapores.

Do Asfalto ao Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora