/20/

67 12 6
                                    

Pov.Anne

Os dias foram passando e infelizmente o dia de fazer o trabalho chegou.
Ía ser um tanto constrangedor têr que falar sobre isto com um rapaz que anda sempre com os pensamentos á volta do assunto.

Tentei convencê-lo a mudar de opinião e aceitar fazer o trabalho sobre o outro tema mas ele foi mais teimoso que eu e eu acabei por ceder.

Estava neste momento a caminhar até á morada que o Jack me mandou durante as aulas e solto um suspiro em antes de bater na porta da tal instituição.

-És a Anne não és?- vejo uma menininha com os seus 6 anos correr até mim quando a porta se abre e eu sorrio para a mesma.

-Sou!! Como é que sabes o meu nome?- pergunto curiosa.

-O tio Jack contou-me ihihi.- a loirinha fala abraçando a minha perna e eu acaricio o cabelo da mesma.

-Oh Olá Anne. Chegaste mais cedo.- vejo o Jack e olho em volta.

Era um edifício grande , com dois andares e ouviam-se vozes ao fundo do corredor principal.
Logo há entrada via-se uma cozinha do lado esquerdo e do lado direito uma grande sala com sofás , jogos e alguns armários.

-Hm , anda por aqui. Helena deixa a Anne em paz.- o Jack pede á criança que ainda estava amarrada á minha perna.

A Helena saiu a correr até á sala e o Jack fez-me um sinal para o seguir.

-Não te importas que seja no meu quarto? Se quiseres que seja na sala ou assim eu não me importo.- o Jack pergunta e eu franzo as sobrancelhas ao ver um Jack totalmente diferente , mas provavelmente era tudo impressão minha.

-Não , pode ser no teu quarto.- encolho os ombros e repito os passos do Jack , subindo as escadas.

-Eu arrumei-o de propósito. Mas cheguei á conclusão que nem arrumar sei.- ele ri e eu faço o mesmo.- Isso foi um riso sincero?- ele pergunta surpreso e eu encolho os ombros.

-Tava-me a rir da tua desgraça por isso não penses que já há progressos.- falo como se fosse óbvio e o Jack abre a porta do fundo do corredor , revelando um quarto não muito grande , mas muito acolhedor.

Só de pensar em quantas raparigas devem ter passado por aqueles lençóis já me dá vontade de vomitar , mas tirando isso o quarto estava mais arrumado do que o meu.

-Que tal? Está mau demais?- ele pergunta enquanto coçava a parte detrás da cabeça e eu nego.

-Não , está melhor do que eu esperava.- rio.- Vamos começar o trabalho?- mudo de assunto.

-Ok, podes começar a despir-te então.- ele goza e eu reviro os olhos.

Já cá faltavam as piadinhas dele.

Sem dizer nada, ele pegou no seu computador e colocou-o em cima da cama.

-Podes sentar-te se quiseres. Os lençóis estão lavados.- ele ri maliciosamente e eu atiro-lhe com uma almofada que estava na cama.-Ou , eu arrumei o quarto hoje.- ele resmunga colocando a almofada no sítio que estava antes.

-Bem , vamos começar ou não?- pergunto impacientemente e ele liga o computador.

-Estás ansiosa para falar do assunto? Eu entendo , se estivesse no teu lugar também estaria.- ele goza.

-Estou ansiosa para acabar o trabalho.- sorrio falso.

-Quanto recebes á hora?- ele pergunta com o mesmo tom de gozo.

-Recebo 10 euros por estalo. Se quiseres levar um garanto-te que vais gostar.

-Não sejas agressiva , pelo menos por agora.- ele sorri de lado.

-Ai Jack , ás vezes tás tão bem calado.- tiro o porta lápis e uma folha da minha mochila e preparo-me para começar a escrever.

_______

Changes | Jack G. Onde histórias criam vida. Descubra agora